1968-05-06 - O importante papel das elites a serviço da sociedade.O poeta francês Paul Claudel disse que a juventude não foi
feita para o prazer, mas sim para o heroísmo. O mesmo se deve dizer com relação
às elites - Apelo à defesa dos valores básicos da tradição, família e
propriedade, atacados de tantas maneiras
1970-01-15 - O Campanário da
Tradição
- Conferência de encerramento da
II Semana Especializada para a Formação Anticomunista (SEFAC) . "Mas
vós sois o campanário que toca, que toca no escuro e
na cacofonia, que toca no meio de toda a confusão dando o som da Tradição, dando
o som do passado católico e elevando esse som para os primeiros dias do Reino de
Maria".
1973-01-21 -
A Cruzada da Ufania:"Ufania. O que significa
ufania? A ufania é, sem dúvida e antes de tudo, um sentimento, um estado de alma
pelo qual a pessoa tem uma fé que não duvida de nada, um enlevo que não tem
nenhuma divisão. O Cavaleiro andante quando partia para suas expedições, para
fazer a justiça, defender os pobres, defender as viúvas e os órfãos, e fazer
reinar a Lei de Cristo, ele partia cheio de ufania. O Cruzado, quando partia
para a guerra, quando partia para a Cruzada, partia cheio de ufania. Ufania de
ser cruzado, ufania de ser cavaleiro andante".
1976-02-01 - Encerramento da XXVII Semana Especializada
para a Formação Anticomunista (SEFAC) / Ide e defendei-vos contra
as insídias dos filhos da “cidade da terra”, dos que vão atrás do gozo, do
dinheiro, do trabalho transformado num ídolo e numa mania, de prazer
transformado numa fonte contínua de imoralidade. Porque eles representam o mal
que tem que ser derrotado; elescriam a atmosfera dentro da qual o comunismo se
desenvolve tanto que parece até irresistível. O comunismo não é irresistível se
encontrar homens como vós para resistir a ele! Homens que confiam em Nossa
Senhora! E que sabem que é graças a Nossa Senhora Rainha, no Reino de Maria e
pelo Reino de Maria, que o comunismo sofrerá a derrota humilhante que, por menos
numerosos que sejamos, lhe daremos! Porque Nossa Senhora é apresentada e é a
Imaculada Conceição que, com Seu calcanhar, esmaga a cabeça da serpente!
1984-06-21 -
Sessão de abertura do Encontro de Correspondentes-Esclarecedores - O
panorama do mundo é sombrio: temos que vê-lo de frente para poder combater os
inimigos da ordem * O que é a ordem? Quais seus elementos constitutivos? O que é
a paz? * A meta da Revolução é a anarquia * Análise do mecanismo por onde a
Revolução foi se espraiando: em que ponto estamos? * Ai dos povos para os quais
o pesadelo se chama dever! Porque eles cairão no pesadelo vivo e não terão a
alegria, a glória de ter cumprido o dever * Sejamos inconformes: a vitória será
nossa. A história contará um dia que as explosões de fé, de
amor à Nossa Senhora e à Igreja venceram mais do que as explosões da bomba
atômica!
1986-02-11 - Conferência de
encerramento do VI Encontro Nacional de Correspondentes e Simpatizantes da TFP -
Enfrentar o respeito humano - [Áudio e texto]"(
...) no mundo de hoje, e em todas as épocas, se
constitui uma falsa ótica pela qual aquele que segue
a Nosso Senhor é objeto de desprezo, riso,
ódio. E esse desprezo tem o poder de desviar de tal
maneira o julgamento humano, que muitas vezes o
próprio católico se sente inferiorizado,
marginalizado e tem vergonha de ser católico. A
atitude interior deve ser da maior repulsa: esse
desprezo é dirigido a Nosso Senhor Jesus Cristo,
porque quem a nós persegue porque estamos seguindo a
lei dEle, é dEle que caçoa, e nosso primeiro ato
deve ser um ato interior de reparação. Mas não basta
compaixão, é preciso outra coisa, a injustiça traz
consigo uma indignação santa. E não há verdadeiro
sentido de justiça ultrajado se não é seguido de
indignação. Diante desse ultraje, compaixão para com
Ele, indignação: eu não me conformo!"
1992-01-03 -
Discurso de encerramento do Desfile da Fidelidade
- Discurso de encerramento do imponente "Desfile da
Fidelidade", no centro de São Paulo, que antecedeu ao início do VIII Encontro de
Correspondentes e Simpatizantes da TFP. - ( Versão
em texto e áudio - excertos ) -
"A Tradição que nós representamos é a tradição católica, é
a tradição cristã, é uma tradição cheia de vida. Uma vida natural e sobrenatural
ardente. E essa vida quer abrir caminho para si na História e está abrindo
inclusive nesta passeata do dia de hoje".
1993-01-17 - A Família Imperial e a opinião pública
brasileiras/ Balanço do período imperial, com dados históricos
comprovadamente sérios e irrefutáveis: saldo experimental positivo enorme. O
homem contemporâneo dá muito valor à experiência. Ele quase só acredita no que é
experimental, no que foi tocado, no que foi sentido. Resultados do período
republicano... A TFP é "radical"? E a esquerda é radical?
1963-07-02 -
Comentários ao Magnificat, lógico e triunfal hino à grandeza de Deus/ Noção
verdadeira de humildade / Nossa Senhora, Sede da Sabedoria: exemplo de
ponderação em tudo quanto reflete e diz / Através do Magnificat se
conhece a escola de vida espiritual conforme a Mãe de Deus.
1964-02-22 -
Cátedra de São Pedro: festa que celebra o Papado enquanto Cátedra infalível que
se dirige ao mundo -
"A festa da Cátedra de São Pedro tem em vista este objeto
[o trono de São Pedro],
mas tem, muito mais do que esse objeto, em vista o fato de Roma ser a Cátedra de
São Pedro, e o fato de Nosso Senhor Jesus Cristo ter dado a São Pedro uma
Cátedra infalível, e o fato dessa Cátedra governar a Santa Igreja Católica
Apostólica e Romana."
1964-05-21 -
Nossa Senhora demora para conceder as grandes graças às almas a quem mais ama
/ Se
Ela atendesse todos os nossos pedidos imediatamente, a Terra se transformaria
num paraíso e os sofrimentos desapareciam... Ora, umas das maiores graças que
Nossa Senhora nos dá são as cruzes, são os sofrimentos. E muitas vezes Ela tarda
a fim de nos dar a graça e o mérito do sofrimento
1964-05-25 -
São Gregório VII, a supremacia do Papa em 27 afirmações: o “Dictatus Papae”
/
De um lado, o poder temporal deve governar de modo independente
conforme o direito natural. De outro, o Papado deve vigiar que isto se dê
efetivamente. Neste sentido, os dois poderes são diversos e independentes.
Fora desta concepção não há concepção política, nem social, nem econômica que
resolva nada, que adiante de nada.
1964-06-09 -
Santa Margarida da Escócia: o maravilhoso na Idade Média como algo realizável- "e daquele meio floresce tal
flor. É uma princesa que vem trazendo sangue do mais ilustre para a Escócia, que
vem trazendo consigo toda a flor da civilização ocidental, ao mesmo tempo que é
uma rainha maravilhosa, que deixa vários filhos em estado de perfeição, ilustres
por sua virtude, que intercedeu a favor do povo, e tudo isto, sempre ungido pela
coroa real, dá uma idéia tão completa da realeza, mas também de um mundo
concreto onde maravilhas são possíveis que acaba sendo uma espécie de plenitude
do princípio axiológico; daquela afirmação de que as coisas podem encontrar
ordem"
1964-09-11 -
O Santíssimo Nome de Maria e o zelo pela glória de Deus - "O
Nome de Nossa Senhora é a afirmação desta glória interior, a afirmação destes
predicados interiores. E, por causa disso, o Nome de Maria seria a manifestação
– simbólica é claro – de tudo quanto há de excelso em Nossa Senhora. Festejando
este Nome, festejamos a glória que Nossa Senhora teve, tem e terá no Céu, na
terra e em todo universo."
1964-10-07 -
Nossa Senhora do Rosário e a devoção do Santo Rosário -
"O
Rosário cotidiano é a grande garantia da perseverança final. Se
diminuísse no "Grupo" a devoção ao Rosário, tenho a impressão que ele se
desintegraria. E que o mau espírito pulularia dentro dele, as discórdias, as
desconfianças, as desavenças, tudo pulularia dentro dele e, de um momento para
outro, ele desapareceria."
1964-10-23 -
São Rafael Arcanjo / A vida na terra deve tender a se assemelhar à da
Corte celeste. O indispensável tônus aristocrático mesmo nas autênticas
democracias
1964-10-23 -
Santo Antônio Maria Claret: missionário popular, Arcebispo de
Cuba, confessor da Rainha da Espanha, participante do Concílio Vaticano I... por
todas as partes operava conversões despertando ódios mortais. A títulos
diversos, patrono dos contra-revolucionários
1964-10-24 - Novena de Cristo Rei e a "Bagarre"
/ Se quisermos fazer ideia do que é o extremo oposto do reino de Nosso
Senhor Jesus Cristo, podemos imaginar uma cidade completamente futurista, com
“arte” moderna, com tudo organizado segundo os métodos mais tirânicos da técnica
moderna: sem alegria, materialismo completo, imoralidade e amor livre completo,
nenhuma esperança do Céu, nenhum apreço pelos valores do espírito, nenhuma
compostura nem dignidade nas próprias autoridades. - Dias maus e péssimos virão,
e cada vez mais será a esperança do Reino de Maria e do Céu que dará alento aos
contra-revolucionários.
1965-02-19 -
Jacinta de Fátima: sem o sofrimento nada de grande se faz, mas é preciso saber
sofrer. Ou seja, muitas vezes isto consiste em arrostar a opinião dos
outros, aceitar de ficar posto em situações difíceis, contrafeitas,
contraditórias, enfim todo o sofrimento da batalha mais intrépida, mais ousada e
mais cheia de iniciativa.
Tudo isso é sofrer e até sofrer por excelência.
1965-05-19 -
Comentários à "Salve Rainha" - I. A suprema majestade de Nossa Senhora
/ Tudo quanto se diz na "Salve Rainha" decorre do fato de Nossa Senhora ser
Rainha e ser Mãe. - Até Talleyrand compreendeu a beleza da "Salve Rainha"... o
que tanta alma piedosa, por falta de formação, acaba não percebendo.
1965-06-12 -Santo Antonio de Pádua: “Arca do Testamento” e
“Martelo dos Hereges”
- "
(...) E Santo Antônio, conhecido como o “Martelo dos
Hereges”, como polemista, como homem que era capaz de discutir - não de
"dialogar" (no sentido irenístico do termo *)
- era capaz de entrar em debate com os hereges, de achatá-los - não havia
ninguém como ele - e ainda coberto com os milagres que completavam sua pregação
e faziam com que fosse o terror dos hereges".
1965-06-24 -
Comentários a invocações da ladainha do Sagrado Coração de Jesus - "Santo Agostinho diz o seguinte: “Onde está a humildade, aí está a
majestade” (ubi humilitas, ibi maiestas – Sermão 14), ou seja que as duas
coisas são inseparáveis.
Daí concluímos que o Coração de Jesus, que é um abismo de humildade, é por
isso mesmo um firmamento de majestade. Eu gostaria de ser artista e saber
representar a figura de Nosso Senhor para tentar exprimir exatamente não
só a majestade, nem só a humildade, mas Nosso Senhor numa dessas
apresentações em que a gente vê, num só relance, aquilo que a majestade
tem de comum com a humildade, ou aquilo que a humildade tem de comum com a
majestade, e que é aquela esfera superior de virtude onde essas duas
virtudes particulares como que se encontram e se fundem".
1965-07-07 - São Cirilo e São Metódio, Padroeiros
da Europa/ O extraordinário trabalho dos santos
fundadores de povos. - Com o início da Revolução, houve uma retração de
graças e Deus não mais suscitou tais santos... até que venha o Reino de
Maria.
1965/66-09-15 -As sete dores de Nossa Senhora - "Nosso
Senhor, tendo amado com amor infinito ao Seu Verbo Encarnado, Nosso Senhor Jesus
Cristo, e tendo amado com um amor inferior a esse, mas superior a todos os
outros amores, a Nossa Senhora, lhes deu tudo quanto há de bom. E por isso lhes
deu aquela imensidade de cruzes que é representado pelo número sete. São sete
dores, quer dizer, são todas as dores. E Nossa Senhora das Dores poderia ser
chamada perfeitamente Nossa Senhora de todas as Dores, porque não houve dor que
Ela não tivesse. "
1965-09-18 - Nossa Senhora de La Salette e as profecias
de castigos - "Nessas três aparições (Salette, Lourdes e
Fátima) Nossa Senhora se manifestou profundamente entristecida com o estado
da humanidade e preconizou um castigo tremendo que deveria vir em um
determinado momento. (...) Faz parte de todas as épocas que vão muito mal, que
quando se lhes avisa que vão mal elas não dão ouvidos, e é isso exatamente o
porquê das grandes catástrofes da História. Porque se elas dessem atenção,
se nessas épocas os homens dessem ouvidos [aos avisos], se emendariam e a
catástrofe não viria."
1965-09-21 - São Mateus,
Apóstolo e Evangelista / Os leigos também – conservando-nos embora no
nosso papel de membros da Igreja discente – devemos anunciar a Boa Nova, de modo
altaneiro, corajoso e intrépido
1965-09-23 - São
Lino, 2° Papa, e mártir / O "sensus Ecclesiae" (o sentir da
Igreja) e as verdades muito clarinhas, muito lisinhas, muito demonstradinhas,
muito palpaveizinhas.
1965-11-09 -
Dedicação da Basílica de São João de Latrão - "Então
está ali a Basílica na sua dignidade, na sua distinção de rainha, mas de rainha
muito materna, muito autêntica. Ao lado, um corre corre de lambretas, de
automóveis, um ruído de motores de explosão, um formigar de vida moderna, uma
passagem de europeus e turistas do mundo inteiro, mas que pouco olham para a
Basílica, (...)".
1965-11-18 - Festa da dedicação das Basílicas de São
Pedro e São Paulo, em Roma - Ninguém é o senhor feudal de Deus!
Como os Apóstolos deveriam ver uns aos outros: simplicidade e admiração. Deus
cobra humildade de seus privilegiados. Os vários talentos, as várias
capacidades, as várias dedicações compõem uma harmonia.
1965-11-21 - Comentários
às reflexões de S. Francisco de Sales para a festa da Apresentação de Nossa
Senhora no Templo - "Então,
pode-se imaginar outra coisa: é Nossa Senhora cantando e os Anjos ouvindo... Por
que? Porque eles ouviam as harmonias de alma com que Ela cantava. E essas os
extasiavam. E assim como se compara o Céu a uma cidade - a Jerusalém Celeste - ele
dizia quedos “alpendres”, dos “terraços” da Jerusalém Celeste, os Anjos
se debruçavam para ver Nossa Senhora cantando pelos caminhos da Judéia. E isso
era para eles um gáudio inexprimível, embora os homens ignorassem aquele canto.
Eu confesso que não conheço pensamento mais apropriado nem mais bonito para essa
circunstância. Acho que um pensamento mais belo do que esse só poderia haver
no momento em que se imaginasse Nossa Senhora entrando no Templo..."
1965-12-18 - Requinte e santidade no trato
/ Definindo conceitos - Somente a civilização católica engendrou trato e
maneiras requintadas - Pode haver pessoas não santas que tratem os outros
eximiamente? Um santo pode ter menos boas maneiras do que um outro que não é
santo?
1966, mas s/d - O castigo de Jerusalém – Profecia de
Ezequiel / A beleza moral da alma que tem uma vocação pode ser
uma beleza perfeita, mas é uma beleza que provém da vocação que Deus pôs na
pessoa. Esta é a história de toda vocação.
1966-02-09 -
São Luís Gonzaga e a educação das crianças: -
"Maturar é o próprio da criança.
Em vez de colocá-la em estágio superior, onde ela procure acelerar sua busca de
um estado mais alto, faz-se, ao contrário, uma educação para comprimir. A
criança fica infantil durante um longo tempo, e quando acaba isto é educada
junto com as meninas: a co-educação. É o risco de dar um elemento híbrido, nem
adulto nem infantil e de espírito nem másculo nem efeminado".
1966-02-10 - São Gregório II, Papa: A condenação firme da
heresia é compatível com o "espírito ecumênico" de nosso tempo? O
exemplo de São Gregório II, condenando firmemente o iconoclasta Imperador Leão
III, ol Isáurico, nos mostra que sim: "O Papa então acaba dizendo ao imperador
todas as verdades, como quem se dirige a uma pessoa que quase não tem mais
salvação. (...) E vem uma linguagem que mostra bem como um santo pode ter, em
relação aos hereges, as disposições de alma que no Catolicismo se inculcam.
(...) Que São Gregório reze amanhã por nós e que Nossa Senhora de Lourdes nos dê
as graças necessárias para termos até o extremo limite aquele espírito de
combatividade, de discriminação, de discernimento e oposição entre a verdade e o
erro, o bem e o mal que é, exatamente, uma resultante da intensidade da fé, que
tanto e tanto os inimigos da Santa Igreja querem eliminar, substituindo-o pelo
relativismo que, em última análise, acaba sendo a morte da Fé."
1966-02-28 -
Comentários aos Salmos Penitenciais: Salmos 37 e 50: - "Qual é o
valor universal desses salmos? ... é que passaram a ser a própria expressão da
alma pecadora, que reconhece o mal que fez, reconhece o quanto Deus é justo em
castigar; mas reconhece, por isso mesmo, a misericórdia. Porque a misericórdia
existe em função de mal grave efetivamente cometido, reconhecido com dor. E com
uma dor que envolve uma humilhação pessoal: eu lamento a culpa que tive,
reconheço a culpa que tive, reconhecendo que a raiz do pecado está em mim, que a
raiz do pecado sou eu, tenho tristeza de que em mim haja essa raiz de pecado.
Então eu confesso isto a Deus com a humildade".
1966-02-28 - 2a. parte -
Comentários ao Salmo "De Profundis 9 (129)" - Um salmo que é "um ato de
confiança (...) sempre ao alcance de minha mão, que eu posso puxar. Eu posso
pelo menos pedir de ser ouvido, uma pontinha da misericórdia está sempre ao
alcance de cada um, mesmo do mais miserável, mesmo do aflito em condições
inimaginavelmente perdidas, mesmo da alma do purgatório mais condenada"
1966-04-04 -
São Vicente Ferrer: pregador extraordinário, quiçá jamais superado /
Denomina-se a si mesmo “Anjo do Apocalipse” - Assemelha-se a um profeta do
Antigo Testamento e anuncia a derrocada da Cristandade e o começo da Revolução
1966-05-12 -
São Roberto Bellarmino: catequista zelosissimo, arauto da ortodoxia e
increpador do erro, apóstolo rico em êxitos, ourives de almas, guia de São Luis
Gonzaga...
1966-05-19 -
Nossa Senhora Auxiliadora:
O Menino Jesus em seus braços representa um donativo infinitamente precioso aos
homens -
"Imaginem o que significa a Santíssima Virgem brincar em seu colo com o próprio
Deus, cuja majestade e santidade são imensas, mas refletidas num menino. Tal é a
bondade d’Ele, tal é a pequenez que Ele intencionalmente assume para depender
d’Ela e por Ela ser apresentado aos homens! A infância de Jesus é um donativo
infinitamente precioso de Nossa Senhora aos homens. Quem brinca com o próprio
Deus no colo, obtém tudo quanto Ele pode dar. Evidentemente, nesse exemplo, a
onipotência suplicante da Santa Mãe de Deus se fundamenta de modo esplêndido.
Tais considerações são úteis para compreendermos o quanto Ela pode nos
auxiliar".
1966-09-20 - Santa
Hildegarda: profetisa dos primórdios da Revolução -
“Os vales
queixam-se das montanhas, as montanhas tombam sobre os vales, porque os
súditos não mais sentem temor de Deus. Estão
como que impacientes por subir como que ao cume das montanhas para acusar os prelados, em vez de acusar os próprios pecados.”
1966-12-09 -
Festa da Transladação da Santa Casa de
Loreto / “Jesus Cristo deu mais glória a Deus Pai pela sua
submissão a Maria durante trinta anos, do que lhe teria dado se convertesse toda
a terra operando os maiores prodígios!” Voltemos nossa atenção para esse fato,
para compreendermos de um modo mais vívido, mais interno e mais profundo toda a
sujeição que devemos a Nossa Senhora.
1966-12-22 -
Filha de Luís XV, Princesa Luísa de França, carmelita / Combateu a
Revolução quando vivia na Corte e depois no Carmelo. Morreu envenenada pelos
revolucionários, mas seu holocausto continua a dar frutos até hoje. Seu processo
de beatificação está em curso, tendo recebido do Bem-aventurado Papa Pio IX o
título de Venerável.
1967-01-19 - São
Sebastião, verdadeiro herói católico -"Eu
não posso tratar do assunto São Sebastião sem me lembrar - (...)[d]a imagenzinha de São Sebastião que foi colocada na
igreja onde comungamos, (...) Aquilo não
daria nunca um chefe de coorte imperial, não daria nunca um legionário
romano, é um bobinho imberbe, fraco, com um arzinho de dodói, com ar de
quem vai ser morto sem saber porque(...). É o São
Sebastião da iconografia corrente.
(...)
Devemos formular no nosso espírito o vulto de um legionário romano
clássico, com tudo aquilo de virtudes militares que tornou exatamente o
exército romano invencível. E devemos imaginar a fé então habitando uma
tal alma e um tal corpo, e inspirando a essa alma e esse corpo lances de
heroísmo de que nunca o Império Romano tinha sido capaz no seu exército,
entretanto um exército indômito. Aí nós temos a idéia do que foi esse
grande santo."
1967-02-18 -
Fra
Angélico: o "São Tomás" da pintura -
"Toda
forma de ordem, de beleza, de virtude que existe num plano, é susceptível de ser
revertida num outro plano. Por causa disso, se houve um Tomás de Aquino
na ordem da filosofia e da metafísica, deve haver um Tomás de Aquino na
ordem da pintura, como deve haver um outro na ordem da música e em todas
as outras ordens. Isto por causa de um princípio, que é o
princípio monárquico do universo, de que todos os talentos devem se
reduzir ou sublimar em um talento supremo; que todas as obras devem encontrar
seu ponto de encaixe em uma obra suprema e que, portanto, deve haver supremos em
todas as ordens e direções. E supremos cuja supremacia obedece aos mesmos
princípios que estão nas ordens do ser."
1967-03-11 -
São Gregório Magno: as sementes da Idade Média - ( No atual calendário
esta festa se celebra a 3 de setembro ) - "Assim, pode-se
dizer que todos os problemas do tempo passaram pela mente desse grande homem.
Ele os analisou, ele os enfrentou, e ao mesmo tempo, escreveu obras que foram
obras pilares do pensamento medieval. Vida riquíssima, vida admirável, toda
voltada ao serviço da Igreja Católica e da Civilização Cristã."
1967-03-18 - As
glórias incomensuráveis de São José, inclusive das recusas e perseguições por
amor à justiça / O grande apego dos homens não é à grandeza e nem
sequer à grande riqueza, mas à mediocridade. - Comentários a notas de Ernest
Hello sobre a frase do Evangelho: “Não havia lugar para eles nas hospedagens”. -
Algumas imagens que representam a São José são uma espécie de "calúnia
iconográfica".
1967-04-10 - São
Leão Magno, precursor da Inquisição - "São
Leão I, o que diria das heresias soltas hoje em dia? Se, de repente,
ressuscitasse e encontrasse a Santa Igreja Católica na situação tristíssima em
que se encontra, o que falaria? Ele proporia imediatamente a restauração da
inquisição."
1967-05-01 - Atitude de
alma durante o mês de Maria - "Nós devemos dizer que nos lembramos de todas as razões
perenes de alegria que Ela é para todos os católicos, em todas as
circunstâncias. Nossa Senhora é de tal maneira causa nostrae laetitiae, (...)
que Ela foi razão de alegria para nós, até mesmo na mais triste das situações,
que foi quando Nosso Senhor Jesus Cristo morreu. (...) Agora, de outro lado,
(...) compreender que uma atitude de mera comemoração festiva não tem propósito,
e que nós devemos, à rememoração de toda alegria que Ela nos dá, juntar a
consideração de toda a tristeza que Ela tem nas circunstâncias atuais, (...)
pela conjuração contra a Santa Igreja"
1967-06-19 - São
Silvério, Papa, perseguido e morto por hereges que o caluniaram e traíram
/ Como é tolo pretender que gente cheia de insídias, seja possível convertê-las
por meio de ditos ecumênicos, querer imaginar que gente tão péssima,
simplesmente por sorrisinhos e pequenas amabilidades, possa ser trazida à fé
católica.
1967-06-23 -
São João Batista: austeridade e intransigência -
"E aí nós temos a morte, ao mesmo tempo indignada e enlevada
de São João Batista. São João Batista e sua luta contra Herodes, contra Salomé,
mártir da castidade! O
homem que sabe enfrentar a impureza num trono e que sabe perder sua vida para
dizer a verdade como ela é. Ele foi detestado, tirado dessa vida, mas tirado num
ato de supremo amor. É evidente que quando ele morreu estava pensando no
Cordeiro de Deus que tinha visto e no canto do Magnificat que tinha ouvido. Foi
nesse enlevo que sua alma se desprendeu do corpo e que foi esperar Nosso Senhor
no Limbo".
1967-06-29 -
São Pedro e São Paulo: a rede e o anzol -
"Devemos nos lembrar disso. Se tivermos isso bem em mente, estaremos
fazendo como São Pedro, que pediu o auxílio de Deus e a rede estalou de
tão cheia. Se não tivermos isto em mente nosso apostolado corre o risco de
ser minguado, corre o risco de ser um apostolado ilusório. Por quê? Porque
exatamente a graça de Deus não veio. Então, a referência à pesca milagrosa
vem muito a propósito para termos isto em mente; para termos, ao longo de
nosso apostolado, aquela humildade, aquele espírito sobrenatural, para
compreendermos que de nós para nós não somos coisa nenhuma e que na ordem
sobrenatural não conseguimos nada; na própria ordem natural precisamos o
auxílio de Deus".
1967-07-02 - Santa Pulquéria,
virgem, imperatriz do Oriente aos 15 anos, muito devota de Nossa
Senhora, conteve os bárbaros e as convulsões internas, ao mesmo tempo
que sustentava a ortodoxia
1967-07-25 -
São Tiago Maior: brado de guerra da Espanha: "E
sua memória vai ficar, não como um sinal de conciliação, mas como um brado de
guerra. E que os bravos, no momento de arriscarem sua vida e de arriscarem tudo
pela causa católica, vão ter nos lábios o nome dele, como um símbolo de luta,
como um símbolo de batalha e como um símbolo de vitória".
1967-07-28 -
A convocação da 1ª Cruzada pelo Bem-aventurado Urbano II: "[Há
no Concílio de Clermont] uma miniatura maravilhosa da Igreja Católica, no
esplendor de sua verdadeira beleza. É uma assembléia em que está o Vigário de
Cristo, um Santo; em que estão os padres conciliares, padres movidos por um zelo
autêntico pela glória de Deus e que se reúnem em torno dele numa atitude
parecida com os anjos reunidos em torno de Deus; depois, a multidão dos fiéis
fervorosos, entusiasmados, em cujos olhos se vê o espírito de luta e de
sacrifício dos homens que vão para a cruzada".
1967-09-01 -
Festa dos Bem aventurados Mártires da Revolução Francesa
- Comentário sobre o Santo do Dia - Os Bem aventurados
Mártires da Revolução Francesa ( Eclesiásticos massacrados nos primeiros dias
dos chamados "Massacres de Setembro" da Revolução Francesa ). Ou de como almas,
às vezes relaxadas, tocadas pela Graça perseveram diante das maiores atrocidades
e, com isso, ganham a palma do martírio.
1967-10-03 - Santa
Teresinha queria ser ao mesmo tempo carmelita, mártir, apóstolo, cruzado,
missionário... Sofreu e morreu por isso -
"Há um desejo de fazer tudo; há um desejo
de estar por toda parte, de dizer tudo, de mexer com todo mundo, de realizar
todas as obras possíveis e imagináveis, de zelo, em todos os tempos e em todos
os lugares até o fim do mundo. E a insatisfação desse desejo pode ser, para
certo tipo de alma, um verdadeiro martírio. Santa Teresinha do Menino Jesus
sofreu esse martírio."
1967-10-30 -
Santo Afonso Rodrigues: acontemplação da
Grandeza de Deus e o
carisma da conversa espiritual
-
"... o modo pelo qual este Santo foi chamado a
contemplar a Deus Nosso Senhor. Como este modo, por exemplo, à minha
alma fala. Considerar a grandeza de Deus! Deus infinitamente grande,
infinitamente majestoso, infinitamente sábio, transcendente a tudo,
excelente, magnífico, grandioso, sublime, radioso, absoluto em toda a sua
essência, misterioso, insondável, como isto, por exemplo, à minha alma
fala! Quando a gente percorre com o olhar tudo que vê, tudo que analisa,
acaba descobrindo em tudo uma tal insuficiência, uma tal debilidade que,
ou tudo vale porque é um reflexo de Deus, ou tudo não é absolutamente
nada".
1968-06-14 -
São Francisco de Borja: o cordeiro que se fez forte com a fortaleza do Leão de
Judá / Como posso pretender ter espírito católico se não for sequioso de
almas? - A expressão fisionômica está para os traços da cara como a vida está
para o corpo - Não existe um determinismo: nasceu com tal rosto, é bom; com tal
outro, é mau.
1968-08-10 - A
glória extraordinária da Assunção de Nossa Senhora
-
"E esta foi a grande glorificação dEla
nesta terra [a Assunção], prelúdio da
glorificação dEla no Céu; porque no momento em que Ela subiu ao Céu, foi coroada
como Filha dileta do Padre Eterno, como Mãe admirável do Verbo Encarnado e como
Esposa fidelíssima do Divino Espírito Santo. Ela teve uma glorificação na terra
e depois uma glorificação no Céu."
1968-10-10 -
São José de Cupertino - I / como um rebotalho humano tornou-se insigne
santo. Amou a Deus e cumpriu sua missão: isto é ser grande, feliz, eficiente e
bem sucedido na vida!
1968-10-25 -
São José de Cupertino – II / Heróica despretensão e extremada
confiança em Deus e em Nossa Senhora. Cada episódio de sua vida é uma lição para
nós
1968-10-26 -São José de Cupertino - III / Admirado por todos católicos, no que deve ser
imitado? Atmosfera medieval que seus dons sobrenaturais evocam
1968-11-05 - O
"menino de ouro" contemplando a rainha da Inglaterra /
Significado da frase de Nosso Senhor "se não vos converterdes e não vos
tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus": o conceito
de infância espiritual. O contrário de Calvino com sua barbinha escorrendo
dúvida, objeção e mau humor.
1968-11-23 -
Aplicações
concretas de duas máximas de São João da Cruz: “Das pequenas
coisas chega-se às grandes e o mal, que a princípio parecia pouco considerável,
torna-se depois muito grande e sem remédio”. - “Há muitos que fazem grandes
coisas, mas elas de nada lhes servem porque procuram a si mesmos e não a glória
de Deus”. Descrição da mentalidade dos bonachões, otimistas incorrigíveis que
não prevêm e não se preparam para as adversidades a fim de vencê-las. - Tem-se
nojo do imprevidente, porque se tem asco do cretino, sobretudo quando é uma
estupidez voluntária. Quando, por preguiça, o homem diz: “Cretinice, tu és minha
mãe!” e a abraça, essa falta de sabedoria dá nojo!
1968-12-14
- Discurso do Prof. Plinio por ocasião das
solenidades de seu 60º aniversário / Qual o ensinamento que eu
deveria enunciar nesta noite de hoje e que representasse algo que pusesse em
movimento vossas almas, que desejam não só andar, mas correr e não apenas correr
mas voar rumo à implantação do Reino de Maria?
1968-12-28 - Natividade - "Quando a noite de Natal se anuncia, todos os homens
sentiam como que uma paz que baixava sobre a terra e sentiam como
uma aliança do céu com a terra que se renovava. De maneira tal que todo mundo
caminhava com placidez, com alegria, com normalidade junto ao santo Natal, ao
presépio. E havia uma espécie de desmobilização dos espíritos, um aumento
recíproco e cristão do afeto entre todos os homens. É claro que nós não podemos
ter isso com os filhos das trevas. Mas é bem certo que nós devemos ter isso
entre nós. A noite de Natal deve fazer com que nós nos sintamos mais do que
nunca filhos de Jesus, filhos de Maria, filhos de São José, filhos adotivos da
Sagrada Família, portanto, irmãos uns dos outros. E portanto desejosos de, nessa
noite, termos um acréscimo do afeto recíproco, termos um acréscimo desses
vínculos que patentemente a Providência quer instituir entre nós, e que são
vínculos que nos levam ao perdão recíproco, nos levam à generosidade, nos levam
ao esquecimento das faltas, nos levam a renovar toda a nossa boa vontade para
com os outros, talvez um pouco cansada pelos desgastes dos dias, dos anos e dos
trabalhos".
1969-03-12 -
Outras características da pessoa pretensiosa
e a despretensiosa / O despretensioso
naturalmente é benévolo, tem alegria pelo bem dos outros, tem tristeza pelo mal
dos outros e tem interesse por todo mundo. Mas qual o meio de ser despretensioso
a não ser amando a Nossa Senhora? Eu não conheço! Os frutos da pretensão na
atitude do homem para consigo mesmo: interessa-se única e exclusivamente com
sua pessoa; indiferença para
com doutrinas e princípios.
1969-05-28 - Santo Agostinho de Cantuária (Canterbury),
apóstolo da Inglaterra / Nunca a pessoa é derrotada quando luta
por Nossa Senhora, porque Ela recompensa sempre! O derrotado é aquele a quem foi
permitido fazer o crime de derrotar os bons. A maior vitória das campanhas
da TFP não é ter vencido aos olhos dos homens, mas em fazer a vontade de Nossa
Senhora, qualquer que seja o resultado.
1970-01-15 -
A vocação de ser um campanário da Tradição que anuncia o Reino de Maria
- Nossa Senhora quer que chegue um determinado momento em que a glória dEla se
faça sentir: quando os últimos sinos ainda tocam, mas o número deles se vai
tornando tão pequeno que quase ninguém mais os ouve no meio da confusão geral: é
esse o momento em que Nossa Senhora intervém. E no meio desses brados de
angústia que saem do pecado, desses brados de revolta que se evolam da luxúria e
do egoísmo e do orgulho, no meio de tudo isso Nossa Senhora dota esses sinos de
sonoridade sobrenatural. Começam eles então a encontrar eco. Aqui, ali, e acolá
uma ou outra voz impressionada diz: “isso não pode continuar! Há um sino que me
convida para algo de diverso dessa cacofonia; dar-me-ei à voz desse sino! Eu ali
encontrarei um caminho para mim! / Somos o eco que no meio da batalha prolonga a
voz do sino. Fiel até mesmo – oh dor! – quando o sino se calou, porque o eco
continua quando o sino silencia; fiel mesmo quando o sino se põe a repicar
loucamente, traindo a sua vocação de sino. (Versão
em texto e áudio - INTEGRAL)
1970-01-26 -
Louis Veuillot e “confissão” em muro de igreja de Roma / Vencer os
próprios defeitos com a ajuda da graça tem o perfume das catacumbas romanas: o
heroísmo -
Dirijam-se a Nossa Senhora sempre, em todas as ocasiões. Eu lhes garanto que se
Ela demorar é porque está preparando um dom muito maior do que os senhores
poderiam imaginar.
1970-03-19 -
São José e o caráter
hierárquico da Igreja - "É uma coisa verdadeiramente insondável. E
qualquer coisa que São José tenha dito, qualquer coisa que ele tenha feito, não
nos dá uma idéia do que ele foi, como esta simples idéia: Pai do Menino Jesus e
esposo de Nossa Senhora; quer dizer, fica acima de todo elogio e de todo feito.
E então, – e aqui é que entra a coisa bonita – a gente vê que a Providência quis
constituir, a respeito de Nossa Senhora e São José, os fundamentos do culto
com base num raciocínio teológico, porque é o raciocínio teológico, que nos
pinta o perfil moral destas pessoas excelsas. Sem o raciocínio teológico, nós
não conheceríamos o perfil deles adequadamente, e prova por aí como a
Providência não quis apenas uma Igreja baseada na Revelação imediatamente
inteligível, mas que Deus quis una Igreja teológica. Uma Igreja constituída
por fiéis, que refletem e refletem a fundo a respeito dos dados do Magistério e
tiram dos dados do Magistério a teologia, como a abelha tira o mel de dentro da
flor".
1970-05-27 - São Beda, o Venerável: a seriedade na
raiz
da venerabilidade - "É o próprio exemplo da estabilidade, da
seriedade, da profundidade de vistas da alma patriarcal, do espírito varonil
desses homens que não tem prole material mas tem prole espiritual infinda e cuja
figura se impõe à veneração de todos os séculos. Esta é a venerabilidade.
Ela, como eu disse, tem como fundo a seriedade, ela tem como prolongamento a
força, e ela tem como ponto terminal a abnegação. Quem é serio, quem é
forte, quem é abnegado, este é respeitável".
1970-05-28 -Corpus
Christi: grande
lição de combatividade da
Igreja - " ... esses padres do Concílio de Trento entenderam
que era preciso fazer o contrário. E em oposição ao protestantismo, acentuar
o culto do Santíssimo Sacramento. Então instituir uma festa para a adoração
do Santíssimo Sacramento. Fazer uma procissão em que o Santíssimo Sacramento sai
à rua, adorado por todos, para ver que as multidões todas O adoram de joelhos
postos em terra, reconhecendo que debaixo das aparências eucarísticas, ali está
Nosso Senhor Jesus Cristo. E impulsionar o culto do Santíssimo Sacramento,
chegando a essa plenitude que era a adoração perpétua do Santíssimo Sacramento,
instituída por São Pedro Julião Eymard. A festa de Corpus Christi é a festa
do Santíssimo Sacramento. Mas ela é uma grande lição de combatividade.
Aprendamos essa lição, e procuremos ser cada vez mais combativos por amor a
Nossa Senhora e por adoração ao Santíssimo Sacramento".
1970-07-25 -
Poligamia, Divórcio e a Misericórdia de Deus - "O auge da misericórdia
de Deus não consiste em permitir que o homem viole a lei natural secundária, mas
consiste em dar ao homem tanta força que ele possa não violar a lei moral
secundária. Isso é, evidentemente, o auge da misericórdia".
1970-09-08 -
A Natividade de Nossa Senhora e suas múltiplas invocações - "Quando
Nossa Senhora nasceu (...) temos exatamente isto: todas essas grandezas nascem
ao mesmo tempo, porque n’Ela está a raiz de tudo quanto d’Ela depois se disse,
todas essas perfeições nasceram ao mesmo tempo. Ela foi perfeita desde o
primeiro instante de Seu ser, não só porque foi concebida sem mancha de pecado
original, mas porque foi desde logo constituída por Deus – no primeiro instante
de Seu ser – num grau de graça inimaginável por nós! "
1970-10-12 -
Nossa Senhora Aparecida e a Imaculada Conceição -
"Ser
favorável à Imaculada Conceição era um sinal, um distintivo de ultramontanismo
daquele tempo, e o Brasil foi colocado sob o patrocínio desta devoção, então
ultramontana, exatamente a partir daquele tempo. Isto indica certa vocação
ultramontana do Brasil, que nós não podemos deixar de notar, e de notar com
reconhecimento a propósito desta festa".
1970-10-31 -
O
Culto a Todos os Santos
-"As almas que morreram na
Vandéia, as almas que morreram na insurreição carlista, os sanfedistas que
lutaram contra a Revolução no sul de Nápoles, os zuavos pontifícios que há cem
anos atrás lutavam heroicamente para impedir que os Estados Pontifícios caíssem
nas mãos dos garibaldinos, os carlistas, os cristeros e quantos outros, são
almas irmãs das nossas. Eles se encontram no céu, eles rezam por nós
especialmente, como nós no céu, quando lá estivermos, vamos combater e rezar
especialmente por aqueles que combaterem a Revolução na terra"
1971-02-18 - O
verdadeiro heroísmo católico não provém de sensações nem de impulsos, mas
da convicção- Os diversos tipos de heroísmo ou "heroísmo": o
francês, o alemão, o japonês, o nazifascista, o comunista
"Neste
modelo de heroísmo, os senhores tem no centro
uma convicção. Estou tratando em termos humanos... Nosso Senhor Jesus Cristo
tinha uma convicção profunda, na sua humanidade, de tudo aquilo quanto a Sua
divindade sabia: que tinha que fazer a vontade do Padre eterno; que
queria realizar a vontade do Padre eterno. Em conseqüência desta convicção
inabalável, uma vontade inabalável, um domínio invencível sobre as paixões.
Em conseqüência, o martírio que chega até o fim. Aqui os senhores tem
o esquema, a explicação do que há de mais recôndito no heroísmo de Nosso Senhor
Jesus Cristo".
1971-05-15 - São João Batista de la Salle e os
esplendores da Santa Igreja Católica / Entre um homem passar a
vida procurando defender exclusivamente os seus legítimos interesses e não fazer
apostolado, ou ele fazer apostolado - ainda que seja o modesto apostolado com
crianças para ensinar catecismo - de algum modo trabalhou pelo Reino de Deus,
salvou almas. Fez, portanto, muito melhor porque trabalhou para a eternidade, do
que se tivesse meramente acumulado fortuna, honras desse mundo, que são coisas
que os vermes da terra hão de comer. Quando morrermos, não levaremos nem nossas
honrarias, nem nossas fortunas; levaremos nossas boas obras. - Para estudar a
vida de um Santo, deve-se conhecer sua mentalidade, suas intenções e, para tal,
se conhecer o verdadeiro alcance da obra que fundou. - "A Igreja suscitou a TFP
porque todas as idéias que estão na minha mente decorreram de minha fidelidade à
Igreja". A missão de um professor primário, sobretudo quando se ensina
Catecismo, é sublime: é como um Anjo que abre a porta do Céu de par em par a fim
de que outros nele possam entrar!
1971-07-09 -
São Valeriano, oficial do imperador, guerreiro e mártir/ Devemos
considerar a beleza deste fato: o maior império da terra, o maior potentado do
mundo, governado por um santo e temos que constatar como a índole dos tempos
mudou e como isto seria completamente impossível em nossos dias. - Em outras
épocas em que a Providência está contente com os homens, Ela dá santos para
todas as coisas. Quando os homens se retraem da Providência, Ela castiga
retraindo-se e os santos vão como que se fechando dentro da Igreja. A Igreja vai
se fechando ao mundo. E se o castigo dos homens persevera, os santos vão
rareando na própria Igreja. E há determinado momento em que na Igreja, mesmo nos
lugares culminantes, se tornam raros os santos...
1971-10-25 -
Nossa Senhora do Divino
Amor: verdadeira alma do apostolado
- "O amor de Deus é o primeiro
de todos os Mandamentos, a virtude áurea. Só entra no céu quem tem amor de Deus,
e no céu nós estamos praticando um eterno ato de amor de Deus. Nossa Senhora
do Divino Amor é Nossa Senhora enquanto nos obtendo a mais alta virtude que
ela pode obter para uma criatura. Assim, para todos os problemas de nossa
vida interior, nós temos que pedir antes de tudo o amor de Deus e não podemos
fazer a Nossa Senhora um pedido mais agradável do que pedir a Ela o amor de
Deus. A repercussão disso sobre o apostolado é enorme, porque o ato de
apostolado é um ato pelo qual se comunica a outra pessoa o conhecimento de Deus
através da fé. E o amor de Deus, através do bom conselho que acende na pessoa o
amor de Deus. Portanto Nossa Senhora é condição fundamental da fecundidade de
meu apostolado. Ela é também Nossa Senhora do apostolado vitorioso,
porque apostolado é transmissão de fé e de amor de Deus. E essa transmissão só
se pode fazer em união com Ela que obtém a graça dessa transmissão" [Texto
e áudio].
1972-01-07 - Como
estudar? Entender, analisar, concluir / Como se percebe que se
entendeu - O exercício transforma o homem em mestre - O esquema escrito - Por
onde começar.
1972-09-09 -
Nossa Senhora de Czestochowa -
"O Menino Jesus aponta para Ela, como quem diz: "Se quereis qualquer
coisa de Mim, pedi à Minha Mãe. Vede o estado de dependência voluntária em que
Me coloquei em relação a Ela. Vede como Eu desejei fazer-Me uma criança nos
braços d'Ela. Para que Ela seja medianeira e a glória passe por meio d'Ela, como
a graça também. Então, olhai para Ela".
1972-09-23 -Santo
Odilon - II, Modelo de sacerdote e de varão plenamente católico: a
benevolência aliada à autoridade, o respeito para com os outros e para com si
próprio
1972-09-25 - Santo
Odilon - III, O exemplo vale mais do que o ensinamento
1972-09-29 -Santo
Odilon - IV, Os verdadeiros conceitos de alegria, felicidade, temperança,
moderação e discrição
1972-10-02 -Santo
Odilon - V, O dever dos grandes de serem benfazejos para com os inferiores, e
destes serem respeitosos para com os superiores
1972-10-9 - Santo
Odilon - VI, Uma alma feita de equilíbrios capazes de todas as audácias e de
audácias capazes de todos os equilíbrios
1972-10-13 -Santo
Odilon - VII, Escravo de Nossa Senhora, na raiz de todos os esplendores da
Idade Média, mantenedor da ordem e defensor dos direitos de Deus
1972-11-17 -
São João Batista e a virtude da severidade - "Agora, qual era a
fisionomia moral, qual era a fisionomia física, o aspecto físico quer dizer, e a
fisionomia moral deste homem? (...) São João Batista representava a penitência,
representava por tanto o jejum, a flagelação, a solidão no deserto, representava
a mortificação. (...) Ele era também a própria representação da severidade. Era
uma severidade cheia de bondade, mas era um homem todo cheio de severidade. Ele
passava por toda parte dizendo: "fazei penitência, porque o Senhor está
próximo!" E só falava a respeito da missão dele. E a missão dele era só uma: era
levar as pessoas a fazerem penitência" (Áudio e texto!).
1973-08-27 - Os sete Santos ressuscitados e a beleza da
mentalidade medieval / Qual é a grande e fundamental lição que está
por detrás de tanto pitoresco e de tanta coisa encantadora que não se pode
deixar de sorrir maravilhado com tanto frescor de alma? - "Uma das melhores
formas de penitência é..."
1974-03-04 - O simbolismo das Catedrais: idéia e esperança do Céu -
"Ao entrarem em uma catedral lembrarem: 'vou passar pelas portas do Céu (...)
estarei inundado da luz de Deus como estou inundado pela luz que entra (...)
dentro da Igreja'!... Ou seja, a presença da igreja deve aumentar em nós a
alegria e a esperança dos grandes triunfos do Céu. Quanto mais na terra a pessoa
se sentir opressa, perseguida, objeto de ódio, tanto mais deve voltar seus olhos
para o Céu e ter a apetência do Paraíso, aonde essas misérias acabam".
1974-05-23 - Proeza
- "É a plena realização [da ação] com o maior dos esforços, para o maior dos
ideais, com meios apenas suficientes; (...) Até é mais bonito quando é com meios
parcialmente insuficientes, mas Nossa Senhora intervém e dá [a vitória]".
1974-05-31 -Nossa
Senhora Medianeira de todas as Graças e Rainha dos corações-"Rainha
dos corações é a Rainha das convicções e rainha das vontades dos homens. Isto é
que é Nossa Senhora Rainha dos Corações. E ela é rainha dos corações exatamente
por isso, não é só por isso mas também por isso: como é através dela que sobem
todas as preces e descem todas as graças, é o pedido dela que alcança tudo para
os homens. E por esse pedido Ela governa todo o Universo, e Ela governa também
as almas humanas, porque Ela pode nos obter de Deus Nosso Senhor graças enormes
que vençam a nossa fraqueza e dêem ao nosso livre arbítrio de caminhar na
direção do que a fé nos indica, a razão nos indica"[Texto
e áudio].
1975-05-31 -
A Realeza de Nossa Senhora e o Imaculado e Sapiencial Coração de Maria
- Conferência distribuída
pela revista "Catolicismo"
a seus assinantes em Outubro de 1996, no primeiro aniversário do falecimento do
Prof. Plinio - Transcrição em texto e áudio
- "O Sapiencial e Imaculado Coração de Maria é uma
expressão da mentalidade sapiencial e imaculada de Nossa Senhora. E exprime,
entre outras coisas também, a sua bondade inefável, sua doçura inefável, sua
misericórdia inesgotável."
1979-09-29 -
Entusiasmo: o que é? Como obtê-lo? / "O mundo não gosta de
definir os seus conceitos, vive dentro da ambiguidade, lhe agradam as palavras
ocas, fofas, sem conteúdo definido, para que eles digam aquilo que expressamente
não ousariam dizer..."
1979-11-28 -
Comentários ao filme "Le ballon rouge". Convite ao ideal: semi-dedicação
a ele, indiferença, recusa, ódio. Por fim, o triunfo apoteótico do ideal. O
balão pode ser comparado à graça divina que chama cada um para realizar sua
vocação
1982-04-23 - Somos
Arautos da tradição. Quem não sabe de onde vem nem para onde vai, está em crise
/ "O homem contemporâneo não sabe nem o que ele é, nem de onde vem, nem para
onde vai. Ele não sabe nem se orientar, nem mandar, nem obedecer, nem amar, nem
rezar, nem sofrer, nem morrer. Ele está em crise" (legenda à ilustração da pág.
22 da edição francesa de "Revolução e Contra-Revolução", publicada
no Canadá em 1978).
1983-08-20 -
Carta do Além: a falta de seriedade como causa da perdição dessa alma -
"Ela perdeu a Fé não por imoralidade, não por corrupção, mas porque lhe era
incômodo aceitar as verdades da religião. E por causa desse incômodo ela deixou
de lado a religião. Não porque duvidasse de Deu, mas porque Deus era inoportuno!
E ela O expulsou, com a ponta do pé, do panorama de sua vida! Qual foi o mal da
atitude dela? É que ela não quis dar para Deus a pequena faixa de tempo que era
assistir uma missa. Em uma palavra: ela não quis ser séria!"
1984-03-02 -
Quarta-feira de Cinzas: a alegria da penitência - "Os senhores fizeram como fazem todos os auditórios:
quando se fala da misericórdia tem exclamações de encantamento! Eu quisera
que quando se falasse da justiça, os senhores tivessem exclamações não
menores. O homem não foi feito para se entusiasmar apenas diante da
misericórdia de Deus. O homem foi feito para se entusiasmar também diante
da justiça de Deus. O homem deve achar bela a justiça. Ele deve ficar
penetrado de admiração pela justiça. Transido de admiração pela justiça. E
isso lhe deve dar entusiasmo".
1987-04-20 -
O Heroísmo em enfrentar um ambiente hostil à religião - "Houve heroísmo
nessa vida? Houve. No que constituiu esse heroísmo? Em não ter medo da
gargalhada. Em não ter medo de risada, em não ter medo de caçoada.
Enfrentar a caçoada é uma coisa que vale mais do que enfrentar tiro. É
mais herói quem enfrenta uma gargalhada do que quem enfrenta uma lança".
1988-12-23 -
O sublime afeto, isento de sentimentalismo, que Maria Santíssima manifestou a
seu Divino Filho - "Sendo Deus infinito, (...)
é compreensível a série de atos de humildade que Ela manifestou na presença do
Divino Menino. A manifestação d'Ela não foi de uma humildade egocêntrica, mas
teocêntrica. Mais do que ter em vista sua condição limitada de criatura, Ela
levou em consideração a grandeza infinita de Deus. Por isso, na gruta de Belém
seus afetos começam por atos de admiração, manifestando tudo quanto Ela admirava
em seu Divino Filho enquanto Homem-Deus".
1989-07-07 -
Vida interior: em que consiste? - Analisar o que se vê e relacionar com
Deus, a Igreja Católica, Nossa Senhora. Amar a Contra-Revolução e execrar a
Revolução
1990-06-23 -
No que consiste a vocação da TFP e sua relação com a Consagração a Nossa Senhora
segundo o método de São Luis Maria Grignion de Montfort / Nossa vocação
qual é? É agir no foco de onde partiu o erro. Ou seja ficar na sociedade
civil e, dentro dela, enfrentar a fera onde estiver. Outros têm uma vocação mais
elevada do que a nossa, como – por exemplo – o clero. Porém, nossa
vocação é de agir dentro da sociedade civil, e aí combater os seus erros, para
evitar que eles – uma vez mais – pulem para dentro da Igreja. - Eu promovo
campanhas de esclarecimento da opinião pública e outros atos que entram na luta
de todos os dias. E devo fazê-lo! Mas tudo isto só é bom na medida em que,
realmente, estivermos unidos a Nossa Senhora, dependentes d'Ela, vivendo
nossa consagração a Ela. E, por Ela, ao Sagrado Coração de Jesus.
1990-06-23 -
Sem atenciosa leitura do livro de Dom Chautard "A Alma de todo apostolado",
teria sucumbido / Considero que se não tivesse lido o
livro de Dom Chautard, não teria resistido à tentação, porque não compreenderia
o que ele mostra: quem é apegado a algo, sendo apóstolo, é um palhaço. Faz
apostolado, mas está com o coração cheio de ambição, não lhe adianta de nada!
São Paulo compara um apóstolo ambicioso a um sino que toca, mas não diz nada.
1936 -
Curso de História da Civilização, Parte II - Pré-História -
Definição de pré-história - A origem
da vida - A hipótese evolucionista de Darwin - Raças - Civilizações paleolíticas
e neolíticas - Civilizações orientais - Religiões pagãs
1936 - Curso de História da Civilização, Parte VI - Os
fenícios / Comércio fenício - O Mediterrâneo - A Fenícia - Suas rotas
marítimas e terrestres - Mercadorias que negociavam. Eles não elaboraram
civilização alguma; eram um povo numericamente pequeno, que só teve valor na
História pela sua navegação e pelo seu comércio.
1936 - Curso de História da Civilização, Parte VIII - A
civilização na primitiva Grécia / Civilizações pré-helênicas - História da
primitiva Grécia: recentes descobertas; civilização helênica; civilização em
Atenas; falseamento da democracia; características da civilização grega -
Civilização helênica: culto aos mortos; gens, cúria, tribo; exclusivismo do novo
culto; a aristocracia; primeira revolução; segunda revolução; terceira
revolução; quarta revolução - Esparta: classes sociais; a educação; o laconismo;
as mulheres; valor militar de Esparta; escultura; pintura; literatura - Invasões
e migrações na Grécia primitiva - Colônias: causas da colonização grega - A
filosofia grega; período pré-socrático: escola jônica; sofistas; escola italiana
ou pitagórica - Período socrático - Período pós-socrático - A arte grega: estilo
dórico; estilo jônico; estilo coríntio - Resumo: arquitetura; escultura.
1936 - Curso de História da Civilização, Parte X - A
evolução política e dos costumes em Roma/ Política interna:
Primeira revolução; Segunda revolução; Terceira revolução - A reação
aristocrática - Novas conquistas da plebe - A democracia em Roma - O Império
Romano - Costumes e vida social em Roma - O luxo - Depravação sexual - Os
imperadores destroem as tradições e estimulam a imoralidade - Decadência da
família - Dureza dos costumes: os gladiadores; os escravos - A religião:
desordem e decadência dos antigos cultos; os deuses estrangeiros invadem Roma;
ceticismo e incredulidade; a religião agrava a corrupção; a intolerância; o
formalismo religioso. / São tremendas as reflexões que estes fatos sugerem.
Mas, ao mesmo tempo, são confortadoras. Tremendas, porque mostram que se
iludem cruelmente aqueles que querem alicerçar a própria felicidade sobre a
fortuna e os prazeres que a vida proporciona. Confortadoras, porque
mostram aos homens retos e puros que a felicidade não está na concupiscência,
mas na tranquilidade ordenada e metódica de uma vida pura.
1936 - Curso de História da Civilização, Parte XI -
A civilização no Império Romano / Influência da civilização
grega sobre o povo romano: artes; religião; língua; ciências - A família romana
- O direito em Roma: suas características; origem e evolução; divisão do Direito
Romano; codificação do Direito Romano; advogados e jurisconsultos - O instituto
da escravidão entre os romanos: conceito de escravo; fontes de escravos; tipos
de escravos; libertação dos escravos; situação do escravo; consequências da
escravidão - Desenvolvimento das letras em Roma: características - Influência do
Cristianismo sobre o povo romano: transformações sociais; políticas; econômicas.
/ O Cristianismo deu à propriedade privada um fundamento doutrinário.
Afirmou que ela deve existir como doação de Deus, e portanto por concessão do
Estado; mas limitou a propriedade a uma recompensa de Deus ao trabalho honesto.
Sendo assim, não a admitia como meio de diminuir os demais homens. Por
outro lado, afirmava a caridade: é lícito a um homem gozar de suas
rendas, mas deve suprir o que falta ao próximo. Estes conceitos transformaram
completamente os costumes.
1936 - Curso de História da Civilização, Parte XII - Os
povos bárbaros / Os bárbaros se infiltram no império - Suas invasões -
Seus costumes - Sua religião - As leis bárbaras. Com isto, fica claramente
estabelecido que,
se bem que a Idade Média realmente mereça censura quanto aos dois pontos de que
tratei (suas superstições e diversas leis), esta censura não se deve à
influência cristã, mas aos restos de paganismo que, laboriosamente, a Igreja foi
extirpando.
1936 - Curso de História da Civilização, Parte XIII -
Organização social e econômica medieval/ Na antiguidade, o poder
despótico dos reis, a crueldade com que eles o exerciam, a depravação, o excesso
de riquezas, o ócio e o brutal desprezo professado pelas aristocracias em
relação à plebe; o espírito de revolta furioso da plebe, que explodiu em Roma,
na Grécia e na Fenícia em sanguinolentas revoluções populares, o horror ao
trabalho, a indisciplina agressiva e o insopitável ódio das classes pobres
contra toda e qualquer autoridade; a crueldade inenarrável com que aristocratas
e plebeus tratavam os escravos, aos quais era dada uma sorte que nem aos animais
era reservada. Tudo isto, que se nota em todas as civilizações anteriores a
Nosso Senhor Jesus Cristo, é em última análise fruto do egoísmo. Nosso Senhor
Jesus Cristo, pelo contrário, pregou no mundo o amor ao próximo. Sobre esta base
inteiramente nova Ele renovou o mundo, a tal ponto que Ele divide a História em
dois grandes períodos ou eras: a era Cristã e a era anterior ao Seu nascimento.
Qual foi a doutrina política e social de Nosso Senhor Jesus Cristo? Costumam
certos escritores, que não compreendem o Cristianismo, chamar Nosso Senhor Jesus
Cristo de "revolucionário". O Cristianismo não trouxe uma revolução, mas uma
renovação. Em lugar de tomar partido pela autoridade contra a anarquia, ou pelo
despotismo contra os oprimidos, o Cristianismo transformou uns e outros,
oprimidos e opressores, fazendo cair de suas mãos as armas com que se feriam
reciprocamente, e unindo-os num afetuoso abraço de irmãos. / ÍNDICE:
Fatores da civilização medieval: os bárbaros; a civilização greco-romana; a
Igreja Católica - A questão da autoridade - A questão da propriedade - A família
- A paz - A vida dos senhores feudais - Os castelos - Residência - Educação -
Vida de um cavaleiro: a guerra; os torneios; a caçada; os festins - A cavalaria
- Os camponeses e seus costumes - As cidades - A agricultura - A indústria - O
comércio - As letras e as artes - Escritores - Artistas - Progresso técnico.
1936 - Curso de História da Civilização, Parte XIV -
Organização política medieval/Fatores da civilização medieval: o
romano; fator bárbaros; o que é o selvagem; hábitos dos povos bárbaros; fator
cristão ou Igreja Católica; evangelização da Europa não romana - O feudalismo: o
que foi; origem; hierarquia feudal; complexidade da hierarquia feudal; a
política dos matrimônios; prerrogativas do senhor feudal; a hierarquia e a
desigualdade social; o clero; situação da plebe; equivalência de direitos e
deveres; formação do feudalismo; deformações do regime feudal; direitos e
deveres dos senhores feudais; a sociedade medieval; as cortes; tendências
políticas das monarquias europeias.
1936 - Curso de História da Civilização, Parte XV - A Civilização
na Idade Média/ Papel da Igreja Católica na Idade Média: os
problemas medievais; contribuição da Igreja na elaboração da civilização
medieval; contribuição intelectual; contribuição moral e política; contribuição
social; contribuição econômica - Vida intelectual da Europa no século XIII:
estudos na Idade Média; estado da cultura no século XIII; Universidades; As
letras no século XIII - As instituições inglesas na Idade Média: realeza; vida
econômica; nobreza; Magna Carta; Parlamento; o Júri - O islamismo: Maomé; sua
doutrina - predestinação.
1936 - Curso de História da Civilização, Parte XVI -
Idade Moderna e Contemporânea/ A invenção da imprensa: sua expansão;
consequências - Descobrimento da América: Cristóvão Colombo; primeira viagem;
outras viagens de Colombo - Consequências do descobrimento - A Renascença:
Conceito de Renascimento; Causas; Precursores do Renascimento; Renascimento na
Itália; na França; o Renascimento alemão - O regime colonial no século XVIII:
Países colonizadores; O novo conceito de colônia; Companhias de comércio -
Regimes coloniais: Colônias portuguesas; espanholas; holandesas; francesas;
inglesas - Desenvolvimento do Império Otomano; sua formação; o império turco na
Idade Média; na Idade Contemporânea; Revoltas dos sérvios; A Grécia e sua
independência; Guerra turco-egípcia; Guerra russo-turca - A indústria moderna;
formação da grande indústria; a tendência para "criar" necessidades - Desenvolvimento do comércio contemporâneo: Transportes terrestres; marítimos;
Navegação aérea; Conseqüências comerciais; econômicas; sociais; políticas;
Países senhores do comércio mundial - A democracia: origem; conceito; a
democracia na Europa; na América.
1954 -
Idade Média - 05 - O Equilíbrio
legislativo na Idade Média e o contrato feudal:
"Essa idéia da
resistência contra a injustiça está claramente colocada dentro do direito
medieval e dentro da sociedade medieval, sob a seguinte forma: toda a sociedade
medieval está construída à maneira de um conjunto de contratos. É por meio de um
contrato que o rei desmembra do seu patrimônio, de sua coroa, uma terra para
entregá-la a alguém, e esse contrato estipula as obrigações e os direitos do
rei, e as obrigações e direitos do vassalo. O vassalo nobre munido desse
contrato, desmembra novos feudos (...). E assim, por meio de uma cadeia de
contratos, cada contrato um elo, se chega a [inaudível] de toda hierarquia
feudal".
1954 -
Idade Média-06 -
O papel da Igreja na Sociedade Medieval - I: "A Idade Média
também admitia esse princípio. Ela entra em desacordo com o mundo de hoje num
outro ponto. Ela admitia que é manifestamente errado que a Igreja Católica
não fosse verdadeira. Ela tomava a veracidade da Igreja Católica — as provas
que demonstram que a Igreja Católica Apostólica Romana é a única e verdadeira
Igreja de N. S. Jesus Cristo, que N. S. Jesus Cristo é Deus, que a Igreja é a
Igreja Verdadeira — como uma verdade tão certa, tão evidente, como nós tomamos,
por exemplo, a verdade de que o curandeirismo é uma coisa falsa. Equivaliam-se
as coisas".
1954 -
Idade Média-07 -
O papel da Igreja na Sociedade Medieval II - o Papado: -"Os
homens fiéis à Igreja Católica não podem iludir-se sobre a lei natural nem no
seu sentido, nem no seu texto, nem na sua interpretação. Eles têm uma autoridade
que interpreta a lei natural para eles: é só cumpri-la. O Papa, como mestre que
ensina a lei natural, é o fundamento da ordem no mundo inteiro".
1964-06-15 - Considerações em torno de "Revolução e
Contra-Revolução" - I / Diferenças entre mentalidade e doutrina -
Ao lado do orgulho entra uma nova doutrina: o Absolutismo - Histórico do
desencadeamento da Revolução tendenciosa - A atmosfera triunfal da Idade Média
levou ao afrouxamento na prática da virtude - Pode-se aplicar nos problemas de
vida espiritual dos povos os mesmos princípios à vida espiritual dos indivíduos.
Nada de extremo, quer no sentido do bem, quer no sentido do mal, se faz
repentinamente - Deu-se na Idade Média um fenômeno que poderá repetir-se no
Reino de Maria, no momento do triunfo sobre os inimigos da Igreja: o perigo vem
com a vitória - Em menos de dois séculos, todo o corpo social ficou deteriorado
- Uma atitude despreocupada da Cristandade foi a causa da decadência - Não se
deve temer tanto as lutas de conversão (primeira fase) quanto as batalhas de
segunda fase - As profundidades desta crise nas diversas camadas sociais - Os
centros naturais de resistência.
1964-06-15 - Considerações em torno de "Revolução e
Contra-Revolução" - II / É possível tomar-se em relação à
Revolução tanto uma posição tolerante legítima, verdadeira, como também
enganar-se com uma falsa tolerância. - As famílias de alma são a verdadeira
alavanca da História. A teoria do pecado imenso - A Revolução e a
Contra-Revolução são dois blocos compactos? Concepção verdadeira, mas
pavorosamente incompleta. Um grande número de erros de estratégia que têm sido
cometidos, sobretudo pela Contra-Revolução, foram baseados na ignorância do que
tem de incompleto tal panorama. - A luta consiste em atrair a verdadeira
alavanca da sociedade que está, habitualmente, no centro. - Os que se empenham
na luta da Contra-Revolução devem ter um conhecimento muito especial do caráter processivo da Revolução
- Primeiro princípio: da dupla gradatividade (na
natureza e no homem) - Segundo princípio: o da totalidade - Terceiro princípio:
a totalidade está contida no primeiro germe - Quarto: o revolucionário de marcha
lenta e o de marcha rápida - Veracidade e utilidade destas noções: reduzi-las a
moedas bem cunhadas, para depois utilizá-las no combate à Revolução, é tarefa da
maior utilidade para a causa contra-revolucionária.
1964-06-15 - Considerações em torno de "Revolução e
Contra-Revolução" - III / Evolução da tendência para a ideia - o
pecado de espírito. Exemplo com as modas - Revolução e luz primordial. Esta é
uma espécie de espinha dorsal do mecanismo da certeza - A teoria da justificação
do pecado e sua utilidade para a obra da Revolução - A raiz deste processo de
justificação interna - A criação dos vários tipos de mito - Como a Revolução
governa o mundo criando "filosofias" a propósito de realidades ampliadas, desfocalizadas e/ou deformadas a fim de difundir o marxismo... sem espalhar o
manifesto de Marx - A falta de certeza, razão da docilidade à Revolução. As
almas estão reduzidas a um imenso teclado, e sobre ele a Revolução toca a
ária que lhe apraz. É a escravização do mundo contemporâneo à propaganda. -
Idade Média: era de certeza. A Revolução queria que todos se tornassem
comunistas. Não conseguindo isto, provocou o entrechoque das opiniões
contraditórias. - Interpretação contra-revolucionária dos acontecimentos
históricos segundo a psicologia e a moral, à luz da doutrina católica. - O que
de nós deseja Nossa Senhora. Procuremos insistentemente aplicar os princípios
aqui enunciados para que eles se nos tornem familiares, único meio de nos
armarmos para o combate à Revolução, e único meio de a derrotar.
1966 - s/d -
Renascença – Parte I (com ampla documentação indicada) / A
Renascença: primeiro golpe desfechado contra a Cristandade, e, sob certo ângulo,
o mais carregado de malícia - Uma ampla Revolução feita em nome da arte e da
cultura à qual atribuíam um valor supremo - A colocação da cultura como valor
supremo gerou um profundo conflito de consciência: três atitudes de alma,
semelhantes aos grandes problemas que se colocam em nossos dias - O entusiasmo
delirante pelos autores pagãos criou nos homens da Renascença um modo de se
exprimir, que a pretexto de ser completamente clássico, é perfeitamente pagão -
Estranha simbiose entre paganismo e Cristianismo - Nessa "época de cultura",
renasceram antigas superstições e em face delas se procedia com extrema
condescendência, ao mesmo que se era implacável para com as "obscuridades" da
Idade Média - O católico deve ser adorador de Jesus Cristo com toda a alma e
todo o coração. Tem que pertencer à Igreja sem mescla nem heterogeneidade de
coisa alguma estranha a Ela - Para o católico, não é o trabalho intelectual o
que há de mais elevado. É a Fé. Aquele tem seu mérito, mas só se considerado
dentro da Fé.
1966 - s/d -
Renascença - Parte II /
Muito do que se pode dizer da psicologia de uma pessoa, pode aplicar-se também a
uma época histórica. Os rumos das almas é o que mais importa: se está em
ascensão ou escorregando para o abismo - O renascentista estava ainda muito
próximo da Idade Média e tinha no seu subconsciente e nos seus hábitos mentais,
muitíssimas concepções medievais - O homem medieval estava habituado à seriedade
de alma. No que ela consiste? - Mentalidade
renascentista: saciedade da vida medieval equilibrada, séria, dirigida para os
fins últimos e sequiosa do prazer, do divertimento, da alegria -
Sempre que o homem busca
sofregamente a alegria, nasce a tristeza dentro de sua alma,
dessas tristezas pesadas e escuras, que o devoram, que pesam e que conduzem ao
desespero - O renascentista acabou perdendo aquilo que é o corolário
necessário da perda da Fé: a perda da convicção e da confiança na razão. Quando
o homem tem fé, evita a dúvida e é capaz de certezas -
Ao lado do racionalismo, começa o gosto por uma experiência mística que possa
dar aquela certeza que o raciocínio não dá mais - O homem
da Renascença tinha
uma espécie de cinismo
a respeito de todos os assuntos.
1966 - s/d -
Renascença - Parte III (fim) / Misticismo católico, panteísmo
e satanismo - A Renascença é a ausência quase completa de qualquer
misticismo. O homem é naturalista e corta a tendência para o transcendental (diferença
entre as pinturas de Rafael e Fra Angelico, o Moisés de Miguel Ângelo) - A
posição puramente naturalista do homem renascentista teve, como
consequência, um desejo desenfreado de gozar a vida, mas de todos os
modos e por todos os poros - Restos da tradição medieval a serviço do
naturalismo renascentista: entre eles, o apreço pela inteligência - Começa a
decadência: o homem não mais pensa para encontrar a verdade, mas pensa pelo
prazer de fazer brilhantes raciocínios, à busca de bonitos panoramas da vida
intelectual - Fisicamente, também, o renascentista devia ser um homem
perfeito - A superação quantitativa sucede à noção de transcendência:
reflexos na política renascentista e aparecimento do nacionalismo - Em
termos de política interna, esse mesmo espírito não concebe respeito nem
admiração pelos mais fracos - Do estado de espírito olímpico brotou o
absolutismo e veio o ocaso da sociedade orgânica medieval. E com
isto, a igualdade. O homem olímpico detesta toda hierarquia que existe
abaixo dele e é levado, em consequência, a destruí-la, nivelando tudo.
E, por isto, Luiz XIV que, embora tenha sido posterior à Renascença, a
encarna em muitos dos seus aspectos.
1966-06-01 -
A instituição da Família e as Estirpes nas origens da Idade Média -
"Temos
então uma realidade que na família atravessa gerações: a transmissão de um
conjunto de predicados físicos e morais. Essa transmissão é o primeiro núcleo
daquilo que se chama tradição. Tradere significa entregar; é o que se transmite,
o que se entrega. O primeiro dado da tradição é a transmissão de caracteres
físicos e morais."
1967-07 - Diálogo e ateísmo - Conferência do
Prof. Plinio Corrêa de Oliveira ao "II National Wanderer Forum", onde o
conferencista alerta para a nova estratégia de ateização do mundo levada a cabo
pelo comunismo, através de baldeação ideológica inadvertida, por onde o
comunismo procura levar os católicos a uma posição primeira de dúvida e de perda
das certezas da sua fé para daí, através do binômio medo-simpatia, levá-los a
uma posição de inércia ou colaboração efetiva.
1967-09-01 -
Festa dos Bem aventurados Mártires da Revolução Francesa
- Comentário sobre o Santo do Dia - Os Bem aventurados
Mártires da Revolução Francesa ( Eclesiásticos massacrados nos primeiros dias
dos chamados "Massacres de Setembro" da Revolução Francesa ). Ou de como almas,
às vezes relaxadas, tocadas pela Graça perseveram diante das maiores atrocidades
e, com isso, ganham a palma do martírio.
1969-09-05 -
"Uma manifestação de ódio da Revolução Francesa: a festa da razão" -
"A
Revolução Francesa não pode ser vista como uma explosão de loucura que acabou, e
depois dela passaram cento e cinqüenta anos de paz. Mas, pelo contrário, o
espírito da Revolução Francesa foi se tornando cada vez mais radical, cada vez
mais intenso. As suas crueldades foram [se] repetindo nas revoluções engendradas
pela Revolução Francesa."
1973-04-21 - O aviltamento de Luís XVII pela Revolução Francesa. Exemplo de modelagem
de uma alma, transformando-a em símbolo da humanidade nova que os
revolucionários desejavam que viesse. Revolução Francesa: reflexo político de um
acontecimento de ordem moral, religiosa, filosófica que chega ao seu cume. Ela
foi uma ofensiva do monstruoso contra o belo.
1974-08-10 -
Harmonia entre as classes sociais e Revolução Francesa / “Mathiote”, o
limpa-chaminés que numa noite de Natal ajudou o Conde de Plessis-Morambert a
fugir da prisão dos revolucionários. - O dever dos grandes junto aos
pequenos, segundo São Tomás de Aquino.
1974-09-23 - Comparação entre ditos franceses antigos e
modernos / “Tudo aquilo que por um tempo exagerado permanece na
sombra e dorme, se habitua à mentira e consente na morte”. A que situações um
dito deste se aplica? - "É durante a noite que é belo acreditar na luz”. -
“Cantar é minha maneira de combater e de crer; eu penso na luz e não na glória”.
- “Quando o dedo aponta para a lua, o imbecil olha para o dedo”.
1977-03-05 - As psicologias de Condee-Turenne- Turenne era um homem que meditava e
planejava os cercos dele, até o último ponto. Ele era um espírito frio, lúcido,
calmo, meticuloso e que preparava com muita antecedência todos os pormenores.
Condé era muito vivo e podia ser comparado a uma águia. Quando chegava no hora
da batalha, ele se apresentava, tomava conhecimento da situação e tinha um olhar
de relance da situação. E jogava-se como uma águia no ponto principal.
1979-10-13 -
Comentários sobre a Catedral de Notre Dame: "[...]
é a idéia de todas as catedrais góticas do mundo, as que foram construídas
e as que não foram construídas, dando uma idéia de conjunto de Deus. Que
entretanto ainda é infinitamente mais do que isso".
1987-03-26 - Legitimidade
e liderança - "Tudo
aponta para um monarca legítimo, numa época em que o rei era pai do
povo, e o povo se considerava filho do rei. No Imperador algo parece
afirmar: "Eu sou a legitimidade. Embora o Sacro Império esteja extinto, a
liderança de direito, de história e de missão continua comigo". (...) As cores
claras do Imperador Francisco I lembram o Ancien Régime, enquanto os uniformes
dos outros dois apontam mais para a era de brutalidades do futuro que
despontava. São personagens do tipo “napoleônico”, representam mais a força do
que o direito. Dentro do mundo germânico, a
Áustria era o pináculo da civilização. Diante de toda a Europa, estava com a
França na dianteira do mundo civilizado".
1989-07-07 -
Vida interior: em que consiste? - Analisar o que se vê e relacionar com
Deus, a Igreja Católica, Nossa Senhora. Amar a Contra-Revolução e execrar a
Revolução
1992-11-11 - Como o clero, a nobreza e o povo
participavam do governo/O bem comum da nação era alcançado pelo esforço
conjunto das três classes sociais, atuando cada uma delas em sua esfera própria,
mas em harmonia com as demais. O dever da nobreza nos dias atuais.
1992-11-25 -
A
cerimônia do Lavapés na Corte de
Alfonso XIII, Rei da Espanha - "Os
Srs. estão vendo que o ar de grandeza e de corte que eram empregados nessa
cerimônia, visava precisamente fazer entender que, por maiores que fossem
aqueles homens que iam lavar os pés dos mendigos, numa perspectiva do Evangelho
e do exemplo dado por Nosso Senhor, eles – naquela grandeza, sem perder aquela
grandeza, pelo contrário, revestidos dela – deveriam fazer atos de profunda
humildade. Porque é próprio da grandeza humilhar-se diante da dor,
humilhar-se diante da desventura. Isso faz parte do espírito cavalheiresco."
* Sociedade orgânica I - Finalidades das
exposições / "Revolução e Contra-Revolução", "Nobreza e elites
tradicionais análogas" e um livro a respeito de sociedade orgânica constituiriam
um conjunto lógico. - "Tenho a impressão de que sobre a sociedade orgânica
não há nada feito de sério nem de profundo. Procurarei compor um esboço para
vocês completarem". As responsabilidades...
1965-09-24 -
Nasce a Ordem dos Mercedários - "Essa é uma idéia que sempre me foi muitíssimo
simpática. Quer dizer, a idéia de que uma verdadeira Ordem religiosa
tivesse um ramo puramente contemplativo a rezar e a expiar por aqueles que
se consagram à ação, e dar assim à ação uma fecundidade especial. Sempre
fui muitíssimo admirador de uma idéia assim."
1967-02-18 -Fra
Angélico: o "São Tomás" da pintura -
"Toda
forma de ordem, de beleza, de virtude que existe num plano, é susceptível de ser
revertida num outro plano. Por causa disso, se houve um Tomás de Aquino
na ordem da filosofia e da metafísica, deve haver um Tomás de Aquino na
ordem da pintura, como deve haver um outro na ordem da música e em todas
as outras ordens. Isto por causa de um princípio, que é o
princípio monárquico do universo, de que todos os talentos devem se
reduzir ou sublimar em um talento supremo; que todas as obras devem encontrar
seu ponto de encaixe em uma obra suprema e que, portanto, deve haver supremos em
todas as ordens e direções. E supremos cuja supremacia obedece aos mesmos
princípios que estão nas ordens do ser."
1967-04-22 -
O Cruzado: se acontecer qualquer coisa diante dele, sua visão será a da
realidade inteira. Não irá exagerar, nem subestimar, nem torcer a realidade, nem
mentir. Ele vê o que acontece e diz o que vê.
1970-02-21 -
O Escorial: Símbolo do
gênio, da grandeza e da alma do espanhol
- "Há qualquer coisa de um pouco monótono nas fachadas do Escorial.
Mas quando se sabe analisar, nota-se algo da grandeza espanhola. É certa forma
de austeridade, de segurança de si, sem enfeite. Há certa pertinácia na
monotonia, como quem diz: “Sou eu. Sou assim e assim está bem. Eu desafio!”. E
há qualquer forma da grandeza de gentil-homem combatente, que é preciso saber
interpretar para se entender o sabor desse palácio espanhol".
1970-12-25 - Dr.
Plinio comenta a Sede do Reino de Maria. Como analisar uma sala?
Como subir e descer escadarias? - A Sede do Reino de Maria não é um "clubão", e
não somos sócios de um "clubão." Nós temos a honra de servir a Nossa Senhora
numa Sede em que se fez o possível para que esteja à altura dEla.
1973-01-06 -
Carlos Magno e o impulso à cultura católica: a religião é empenhada
próxima e diretamente em promover a salvação das almas, como também favorecer
toda espécie de bem, de beleza, de dignidade de vida e de esplendor da
existência entre os homens. E isto dá glória a Deus e facilita a prática da
virtude.
1973-04-21 -
Aviltamento de Luís XVII pela Revolução Francesa: de eventual sucessor de Carlos
Magno a anteprojeto de hippie / Em um acontecimento, o aspecto
político é sempre secundário, enquanto o pressuposto religioso, filosófico ou
moral é o aspecto principal / A Revolução Francesa foi uma ofensiva do
monstruoso contra o belo / Naquele menino (Luís XVII) realizou-se uma
"cirurgia" psicológica, uma escultura pedagógica. Foi criado um modelo
segundo o estilo da Revolução: menino revoltado contra os pais, obsceno,
"espontâneo", sem controle de si mesmo, sem caráter, sem fidelidade a nenhum
princípio, oportunista, procurando a popularidade.
1974-03-04 - O simbolismo das Catedrais: idéia e esperança do Céu -
"Ao entrarem em uma catedral lembrarem: 'vou passar pelas portas do Céu (...)
estarei inundado da luz de Deus como estou inundado pela luz que entra (...)
dentro da Igreja'!... Ou seja, a presença da igreja deve aumentar em nós a
alegria e a esperança dos grandes triunfos do Céu. Quanto mais na terra a pessoa
se sentir opressa, perseguida, objeto de ódio, tanto mais deve voltar seus olhos
para o Céu e ter a apetência do Paraíso, aonde essas misérias acabam".
1974-06-22 -
O gato, exemplo de calma / Ele é a mais adequada imagem da calma que eu
conheça na natureza. É um misto de vigilância e argúcia, de um lado, e de calma
do outro.
1974-09-13 -
Confiança, palavra que nos acalma / O nervosismo é, no fundo, uma forma
de masoquismo psicológico / O que é impossível até mesmo aos grandes homens, a
Nossa Senhora é possível, porque a oração dEla é onipotente diante de Deus, de
Quem obtém absolutamente tudo o que possa estar nos planos de Deus.
1976-01-03 -
As três profundidades da Revolução Francesa: nas tendências, nas idéias e nos
fatos / O defeito preponderante do "Ancien Régime" é uma tendência para
a vida fácil, despreocupada, otimista, uma diversão contínua; aversão ao
sacrifício e, portanto, uma oposição à lei e à autoridade, produzindo as ideias
liberais da Revolução Francesa que degeneraram em tudo quanto se sabe
1977-01-29 -
Roma "sparita" - A Roma dos Papas no séc XIX: cidade pequena, com
categorias e estilos de vida definidos e harmônicos. – “Sou um grande admirador
da Europa, mais do que de cada país que a compõe”
1977-03-05 - As psicologias de Condee-Turenne- Turenne era um homem que meditava e
planejava os cercos dele, até o último ponto. Ele era um espírito frio, lúcido,
calmo, meticuloso e que preparava com muita antecedência todos os pormenores.
Condé era muito vivo e podia ser comparado a uma águia. Quando chegava no hora
da batalha, ele se apresentava, tomava conhecimento da situação e tinha um olhar
de relance da situação. E jogava-se como uma águia no ponto principal.
1989-08-12 -
Veneza e Florença: duas
cidades, duas escolas de arte - "Veneza é colorista por natureza.
Isto devido a seus palácios e lagunas, recebendo da presença da água o encanto
de um ar colorido. Assim, realça todas as coisas e explica a tendência de seus
artistas a salientar a cor como elemento de arte. Por sua vez, em Florença, seus
artistas — não recorrendo predominantemente à cor como principal elemento
ornamental — valem-se do desenho, cujas obras de arte são o que há de melhor".
/ S. João Bosco: "Meu coração
ficou magoado quando soube que em algumas de nossas casas eram desconhecidas
algumas vezes ou tidas em nenhuma conta as obras que editamos" - As obras
católicas estão sujeitas às mesmas tentações e provações.
1992-11-25 - A
cerimônia do Lavapés na Corte de
Alfonso XIII, Rei da Espanha - "Os
Srs. estão vendo que o ar de grandeza e de corte que eram empregados nessa
cerimônia, visava precisamente fazer entender que, por maiores que fossem
aqueles homens que iam lavar os pés dos mendigos, numa perspectiva do Evangelho
e do exemplo dado por Nosso Senhor, eles – naquela grandeza, sem perder aquela
grandeza, pelo contrário, revestidos dela – deveriam fazer atos de profunda
humildade. Porque é próprio da grandeza humilhar-se diante da dor,
humilhar-se diante da desventura. Isso faz parte do espírito cavalheiresco."
1995-05-24 -
Mãe: amor, afeto, bondade e misericórdia / Mãe é a quintessência da
família, porque é a quintessência do amor, a quintessência do afeto; e, nessas
condições, a quintessência da bondade e da misericórdia.