Plinio Corrêa de Oliveira
Para que viver?
Auditório São Miguel, Conferência de 7 de setembro de 1981 |
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A D V E R T Ê N C I A Gravação de conferência do Prof. Plinio com sócios e cooperadores da TFP, não tendo sido revista pelo autor. Se Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:
Nós devemos tomar em consideração o que diz São Tomás de Aquino a respeito da paz. Os senhores ouvem por toda parte no mundo de hoje se falar a respeito de paz. Internamente se quer a paz entre os indivíduos e se deseja essa paz. Se quer a paz entre os partidos políticos, se quer a paz entre as nações, se quer a paz internacional. Mas, por que se insiste tanto a respeito de paz? É curioso, mas os que mais obcessivamente falam de paz são aqueles que estão mais perto da guerra, são aqueles que estão mais na desordem, que estão mais no caos, que insistem mais a respeito de paz. É mais ou menos como um homem que respira bem: ele não pede ar, ele está respirando, ele não pede ar. Mas, quando ele começa respirar mal porque ele está com asma ou porque o colarinho está apertado, sei lá porque, ele começa: Ar, ar... porque está lhe faltando ar. Quem tem a paz fala dela normalmente, naturalmente, de vez em quando como um tema agradável e importante entre outros, mas não ficam com a cabeça girando em torno da paz. Quem, pelo contrário, fala muito de paz, está obcecado pela paz, é aquele que não possui a paz. E não possuindo a paz nós podemos perguntar por que é que ele não tem a paz. Os senhores veem, abram qualquer jornal, de todo momento os senhores têm notícia de que a paz está rompida em algo. Ou são atentados terroristas, ou são revoluções, ou são polêmicas, ou são guerras, ou são ameaças de guerra, mas por toda parte os senhores têm estrondos, os senhores têm inquietação. Por quê? O que é que é essa paz que falta tanto a todo o mundo? Por que é que todo o mundo fala dela? O que é que nós devemos pensar a esse respeito? São Tomás de Aquino define muito bem a paz: “A paz é a tranquilidade da ordem”. Quando uma certa coisa está em ordem nasce daí uma tranquilidade, essa tranquilidade se chama paz. Quando uma coisa está em desordem, pode haver tranquilidade, mas essa tranquilidade não é paz. Eu vou dar aos senhores uma aplicação em que o meu pensamento facilmente se tornará inteligível aos senhores. Os senhores pensem na respectiva mão: é a última coisa em que iriam pensar durante uma reunião da TFP é na própria mão... Anda aqui. Por que é que os senhores não pensam nela? Porque ela está tranquila. Por que é que está tranquila? Está em ordem. Mão saudável. Está em ordem, é paz, é ordem na mão. Isso é paz. Todos os ossos no lugar, todos os músculos estão no lugar, o sangue está circulando normalmente, não há nenhuma doença na pele. Há paz na mão. Resultado, a gente nem pensa na mão, a gente cruza a mão e está pensando em outra coisa. É paz, é a tranquilidade da ordem. Donde é que vem uma mão que esteja em desordem pode ter tranquilidade? Uma aparência de tranquilidade pode ter. Se um rapaz quebra um osso ou tem uma torcida muscular muito forte, está com uma dor muito violenta, o médico pode começar, no pronto-socorro, por meter uma injeção. A injeção anestésica suprime a dor. Tem paz naquela mão? Não. Está indolor, não é paz, porque não se compara, a sensação que tem um homem com a mão anestesiada, com a sensação que lhe dá a sua mão normal. A mão normal não dá sensação, aqui está. A mão anestesiada... desagradável, pesadona. Ela não dói, a dor foi supressa, ela não tem a verdadeira paz. A paz é a tranquilidade da ordem. Se a paz é a tranquilidade da ordem, nós não procuramos a paz para o mundo e não a encontramos enquanto não procurarmos e não encontrarmos a ordem. Não adianta! Se as pessoas estão em desordem, não haverá paz entre elas. Pode haver uma pessoa muito agradável que distraia os outros, anestesie por assim dizer os outros. Uma pessoa é divertida, é interessante, a gente presta atenção nela, naquela hora não briga. A pessoa deixa de estar lá, começa a briga. Se uma pessoa é muito mandona, os outros podem ficar quietos de medo, mas aquilo não é paz, aquilo é paz de prisão, está cada um na sua prisão. Abre as portas todo o mundo sai correndo. Numa prisão não há paz. Anestesia em geral para a ordem de hoje, os senhores sabem como chama? Televisão. As pessoas não se entendem e não sabem mais conversar, o resultado é que a primeira coisa que fazem quando estão juntos, toca uma televisão. Quando corta a televisão começam a se olhar uns para os outros e não tem o que conversar. Se tem que conversar é contar piada, dizer imoralidade ou brigar. Pelo menos se a conversa não é o tempo inteiro essa, com que frequência neste ou noutro ambiente entra isso. Peguem rapazes da idade dos senhores: Quando estão juntos se não tem televisão ligada o que mais ou menos sai é isso. Por quê? Porque não há ordem. No que consiste a ordem? Aí os senhores estão vendo que se impõe um problema em que ninguém pensa, porque hoje está se perdendo o hábito de pensar. Quase ninguém pensa, todo o mundo fica continuamente com a cabeça no mundo da lua e não raciocina e não querem que a gente raciocine. Não haverá paz, não haverá bem-estar, nós não seremos no convívio dos outros como são os dedos com a mão, enquanto nós não tivermos ordem. O que é que é a ordem? O que é ordem? O que é ordem dentro de minha mão, para voltar a falar da mão? A ordem na minha mão consiste em que cada elemento constitutivo da mão, portanto, cada dedo, cada músculo, cada osso, cada vaso sanguíneo, tenha uma colocação e uma disposição de acordo com o seu fim. O fim de nossos dedos é pegar as coisas, convém que tenha unha na extremidade para uma certa proteção. Por isso, Deus criou o homem com unhas na extremidade. Mas, como o homem não é uma fera, convém que ele não tenha garras. Como pode um homem que tenha garras como uma simples fera tomar um copo e beber? Mas como pode uma fera que não tem inteligência fabricar um copo para beber? O homem que é inteligente sabe produzir um copo e sabe pôr água e saber beber. Para o copo que ele usa porque é inteligente, ele não precisa de garras, ele precisa ter unhas fáceis de aparar, delicadas. Imaginem ir a um ferreiro cada vez tem que cortar as unhas, não acaba mais! Que pesadelo uma casa com alicate de cortar garras. Não vai, não funciona! É preciso saber cortar, aparar, na hora certa, no momento certo, com a forma certa, presta serviço. Agora os senhores imaginem um dedo voltado ao revés: as unhas dele crescem aqui a essa parte mais grossa do dedo deu aqui. É um aleijão! A mão dele não serve para nada. A mão para ter paz precisa ter ordem; a ordem é que cada elemento da mão, cada elemento do dedo esteja disposto de acordo com o seu fim. É claro. O olho, por exemplo, os senhores sabem que quando – não foi no mesmo século – se descobriu a fotografia e se fizeram estudos de medicina adiantadíssimos que serviram para estudar a vista humana como nunca se tinha estudado antes. Quando se estudou bem a vista humana, verificou-se que ela funciona de um modo muito parecido com uma máquina fotográfica. Quer dizer, tudo é tão bem disposto que leva uma fotografia, uma como que fotografia, uma imagem perfeita da coisa para a retina e a retina leva para o conhecimento do cérebro. A finalidade de cada elemento dentro do olho é produzir esta imagem perfeita que toca a retina e que me dá a mim o conhecimento daquilo que eu estou vendo. Quer dizer, é o normal, é o direito. Bem. Qual é a finalidade então do homem? Para ter paz é preciso ter ordem; para ter ordem é preciso estar disposto em relação ao fim. Qual é o fim do homem? Se nós não soubermos qual é nosso verdadeiro fim, nós não teremos verdadeira ordem, se não tivermos verdadeira ordem não teremos verdadeira paz. É inútil! Por mais que façam discursos, tratados, poesia, música, o que quiser, se não houver isto não está feito. Qual é o fim do homem? Alguém dirá: O fim do homem é gozar a vida. Poucas pessoas dizem isto. A imensa maioria das pessoas vive como se isso fosse verdade. Ainda agora eu me impressionei. Eu fui fazer uma viagem entre Rio e Petrópolis e entrei pela estrada que conduz do Rio a Petrópolis e vi como o Rio tem crescido, à maneira das grandes babeis modernas. Há 11 anos que eu não ia ao Rio de Janeiro. Como – o caminho Petrópolis conheço, estou farto de conhecer – como este caminho era próximo. A gente saía da cidade e entrava logo no mato, uma bonita serrania, com matos etc., agradável. Bem. Agora, não. Fábricas, fábricas, fábricas e armazéns, e depósitos, e não sei mais o que, a cidade estendeu-se enormemente. E eu portanto, para fazer esse percurso, percorri trechos enormes no Rio de Janeiro. Logo mais começava Petrópolis: trechos já grandinhos da Petrópolis que vai crescendo também. Atravessei no meio de gente, de gente e de gente. E, me veio a reflexão: Essa gente que está aqui para que é que está trabalhando, para que é que está descansando, cada um pensa na sua vantagem imediata: vai ter fome, vai se cansar, vai ter frio, então, precisa ter comida, precisa ter uma casa, precisa ter roupa, precisa ter água, precisa ter mais não sei o que. E cada um pensa em satisfazer a necessidade da vida. Depois, procura segurança. Vai ao médico porque está sentindo uma coisinha aqui, tem medo de ficar doente, está doente vai ao médico porque tem medo de morrer. Todo o mundo quer estar seguro, quer estar defendido contra qualquer mal. Ir vivendo, defendido de qualquer mal, é o ideal do homem de hoje. Isso não está, ele não está voltado para seu fim. Porque o fim do homem, o homem não é uma máquina de não fazer nada, de servir-se só a si próprio. Ele tem que servir alguém, tem que estar orientado para um fim. Qual é o fim do homem? Se eu parasse qualquer daqueles homens que eu via transitando pela rua e dissesse a ele o que eu estou dizendo aos senhores. “O senhor tem 15 minutos? Eu lhe pago uma cerveja no bar, vamos lá, eu quero lhe falar a respeito de paz, de ordem e de fim”. Talvez para beber a cerveja ele fosse comigo. Mas, assim que ele tivesse bebido o último gole da cerveja gratuita, ele ia embora. Porque não querem pensar, não querem refletir, não querem pensar nem o que é a verdadeira paz, nem o que é a verdadeira ordem, nem qual é o verdadeiro fim. Qual é o fim do homem? É gozar, gozar, gozar para depois estourar e morrer? Então nossa vida é esta? Eu vivo, vivo longamente, mantenho esse corpo longamente. Qual é o fim desse corpo? De repente morrer, sou levado para o cemitério e eu mesmo que tanto comi para me manter, vou ser comida de verme?! Então eu fui criado para os vermes? Esta a minha finalidade? Alimentar os vermes que vão me comer? Os vermes que vão me comer se pudessem pensar, pensariam isso: esse homem viveu para comer. Como nós pensamos – não sei - de uma laranja. Nós vemos laranja na ponta de uma árvore, cortamos e comemos a laranja. Para que é que a laranja existe? Para eu comer. A laranja é um ser que não pensa, e portanto, existe para um outro ser que pensa. Eu penso, a laranja não pensa, a laranja existe para mim. Está certo. Mas, eu que penso, para quem existo? Tenham a bondade de me dizer: Para quem existo eu que penso? Se eu tenho o direito de comer a laranja porque ela não pensa, eu tenho todo o direito sobre ela como homem, eu pergunto: Não há alguém que tenha um pensamento ENORMEMENTE maior, uma vontade IMENSAMENTE maior do que eu, uma essência, uma natureza IMENSAMENTE maior do que eu e que tenha o direito de se servir de mim como eu me sirvo da laranja? Há uma regra de três: a laranja está para o homem, como o homem está para este Ser? É uma pergunta que se pode fazer. Eu não sei se eu estou sendo claro. Alguém dirá: Não, há homens muito mais inteligentes do que nós, com muito mais força de vontade, eles estão no direito de mandar em nós. Direito de mandar tem, é verdade; nós até devemos respeitar as inteligências maiores, as vontades mais fortes. Mas nós não nascemos para eles, que eles vão ser comidos pelos vermes como nós. Eles vão passar como nós. Não há seres que não vão morrer? Esses não são mais do que nós que vamos morrer? A esses nós não devemos uma homenagem? Há. Esses são os Anjos. O Anjo é puro espírito, ele não morre, ele vê Deus face a face – coisa que eu não vejo -, ele é na ordem dos seres um ser muito maior do que eu. Eu devo venerá-lo, eu devo respeitá-lo, eu devo servi-lo. Mas, se é verdade que ele é tanto mais do que eu, ele não me fez, ele não me criou. E, se alguém me criou, é para esse alguém que eu existo. Eu não era e um momento alguém onipotente diz: “Sê”! E eu fui. Para este eu existo, este é o meu fim. Este fez o Anjo também. Eu devo servir o Anjo porque o Anjo devo servir a este que me fez. Quem me fez, é a este que eu devo servir. Eu vou lhes dar um exemplo, e os senhores vão entender que é a coisa mais natural do mundo. Os senhores imaginem que um dos senhores tenha dotes de escultor muito comprovados. Está viajando de automóvel pelo interior e de repente falta gasolina, ou furou o pneumático sei lá por que, todos que estão no automóvel descem. Sentam-se à beira de uma árvore enquanto esperam que um automóvel que passou vá pagar socorro na cidade. Corre um riachozinho e tem um lamaçal. Aquele que tem talento vê aquela lama e para se distrair, durante esse tempo modela um boneco de lama. Está o boneco ali. Ele adquiriu uma propriedade sobre aquele boneco. Porque a lama não é de ninguém, está ali avulsa, ele exerceu sobre a lama o trabalho dele e aquilo que era nada, era mera lama, passou a ser uma obra de arte. De que arte? Da arte dele. Ele imaginou – não sei – um mocinho da idade dele e modelou o mocinho. Vamos dizer até que ele esteja vindo de Amparo e tenha modelado o mocinho com escapulário ... e tenha resolvido levar para a casa como lembrança. Ele modelou o mocinho, ele ficou dono daquilo. Por quê? Porque ele fez e a gente é dono daquilo que faz. A lama não era de ninguém, foi dada por Deus para quem passasse ali perto, ele pegou e fez. Deus deu-lhe o talento, ele fez. Os senhores imaginem que por uma coisa inconcebível aquele mocinho se animasse e fugisse. Ele segurava! Que isso, você é meu! Me sirva aqui. É ou não é natural? O mocinho diria: - Não, eu nasci para gozar a vida. O que é que a gente diria: Ó seu sem-vergonha! Você era lama, olha aqui a lama que você era. Se não fossem essas mãos você seria lama. E agora, você se revolta contra mim?! Está, eu vou te quebrar e você vai virar a ser lama de novo! Uma tapona, o mocinho vira lama ele joga a lama no riacho. Desfaça-se, não quero mais disso. Ele agiu ou não agiu bem? Que história é essa! Os senhores conhecem a história de Deus três vezes santo, uno e trino, infinitamente perfeito, que fez tanto mais do que esse mocinho: ele criou o universo inteiro. Criou, portanto, o mundo. No mundo Ele criou, Ele fez um boneco de barro e nesse boneco Ele insuflou a alma, é o homem. E deu ao homem o poder maravilhoso de se multiplicar. Mas, cada vez que um homem gera o outro, um corpo gera outro corpo, a alma é dada por Deus. As nossas almas são criadas diretamente por Deus em determinado momento de nossa gestação. Senão, nós não éramos nada, não tínhamos nascido. Ele nos dá alma e nós nascemos. Quem é nosso fim? Deus! Para Deus nós existimos. Nosso fim é Deus, é servir a Deus. Está acabado. Os senhores me dirão: - está bom, mas no que consiste servir a Deus? Ele deu os Mandamentos. O que é que é o resultado disso? Aquele que é nosso fim nos deu nossa ordem. Ordem é isto. Que é que vem a ser ordem, que é que são os 10 Mandamentos? É o modo pelo qual o homem deve proceder por causa da natureza do homem. A nossa natureza é feita de tal maneira que se cumprirmos aqueles mandamentos, tudo quanto fizermos dá certo. Se nós não cumprirmos aqueles Mandamentos, tudo dá errado, inexoravelmente errado. Os senhores tomem um lugar onde todo o mundo cumpre na perfeição os 10 Mandamentos. Não pode haver vida mais feliz nem mais perfeita. Todos obedecem a Deus, todos O adoram, todos se amam uns aos outros, nenhum mente para o outro, ninguém tem inveja do outro, todo o mundo procura cumprir o seu dever, procura seu próprio bem mas de um modo moderado de maneira a servir para o bem dos outros, tudo se compõe numa ordem perfeita. A vida é uma música. Os senhores imaginem um lugar onde todo mundo faça o contrário dos 10 Mandamentos. Aquele lugar não vive meia hora! As pessoas se dilaceram. É a intranquilidade da desordem. Por que é que esse mundo está assim? Por que é que ele não tem tranquilidade? Porque ele não tem ordem. Por que é que ele não tem ordem? Porque ele não cumpre seu verdadeiro fim: seguir os Mandamentos dAquele que o criou. - “Dr. Plínio, isso é fácil dizer. Como é difícil fazer! O Senhor não reconhece que é difícil cumprir os Mandamentos?”. Digo: É. Eu até acho que quem diz que é difícil não diz tudo. A verdade é outra: cumprir os Mandamentos pela simples força do homem é impossível. O homem peca. Por causa disso precisa auxílio de Deus, e para isso ele reza. Daí vem a oração, nos obtém a ajuda de Deus, uma força em nossa alma aonde ainda que nós queiramos o mal com muito ímpeto, nós dizemos: Não deve ser, porque esta não é a vontade de meu Criador. E portanto, não farei por mais que me custe. A gente dirá: - Dr. Plínio, tudo muito bonito, mas há outra dificuldade: eu me sinto tão longe de Deus. O Senhor pintou um Deus tão perfeito, tão excelso. E eu, uma lama a quem Deus soprou o espírito (o Senhor disse a pouco) e ainda mais, que, vira e mexe peca se Deus não o ajudar. Como é que eu consigo forças, eu não mereço essas forças! Eu digo: também sei, também sei por que todo o mundo é homem e todo o mundo em alguma fase passa por dificuldades extraordinárias. Como é que consegue ter força? Deus nos deu por mãe a própria Mãe dEle. E nos ensinou que Ela é mãe, mas não é só mãe, é Mãe de misericórdia toda feita de bondade, que Ela é nossa vida, Ela é nossa doçura, é nossa esperança e que Ela nos ajudará ainda quando não merecemos, só porque nós dissemos para Ela: Salve Rainha, Mãe de misericórdia. Ela vem cheia de bondade e cheia de ternura e nos dá uma força que nós não tínhamos, um perdão que nós não merecíamos e continuamos o nosso caminho. Assim – para acabar essas palavras que duraram demais – eu não farei senão mais uma vez recitar com os senhores: Salve Regina, Mater misericordiae... Eu lhes desejo toda a forma de perseverança, e entendam bem: se os senhores querem servir a Deus e fazer bem a este mundo, rezem a Nossa Senhora! Tudo se arranjará em torno dos senhores e os senhores ganharão por Nossa Senhora uma grande batalha. Vamos adiante, meus caros. Salve Regina... |