Plinio Corrêa de Oliveira

 

Sintomas da pretensão:

agitação, inquietude, irritabilidade, desconfiança

Sintomas da despretensão:

estabilidade, serenidade, afabilidade, perspicácia

 

 

Santo do Dia, 11 de março de 1969

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A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras "Revolução" e "Contra-Revolução", são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro "Revolução e Contra-Revolução", cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de "Catolicismo", em abril de 1959.

 

Fiquei de fazer aqui uma exposição aos senhores a respeito da pretensão. Dei alguns sintomas da pretensão e alguns sintomas da despretensão. Darei esses sintomas e depois outros desenvolvimentos sobre a pretensão e despretensão, a fim de que a pretensão não seja para os senhores uma espécie de monstro de fumaça, difícil de pegar, difícil de segurar, que a gente combate e não sabe bem como. Se eu der os sintomas tenho a impressão de que mais facilmente os senhores perceberão que estão em estado de pretensão e mais facilmente poderão combatê-la.

Podemos dizer o seguinte: o esquema é este: Pretensão - Sintomas da pretensão: agitação, inquietude, irritabilidade, desconfiança e torcida. São os principais sintomas, ou alguns dentre os principais sintomas da pretensão.

É claro, é intuitivo isso para os senhores, ou queriam que eu explicasse em que se prende a pretensão? Quem quiser explicação levante o braço para eu ter uma idéia.

Primeiro lugar: Agitação. A agitação não é produzida só pela pretensão, mas a pretensão produz sempre a agitação. Por quê? Porque quando a pessoa está pretensiosa está querendo impor uma alta idéia de si mesma para si ou para os outros. É evidente. E com aquele esforço, com aquela tensão que a apetência disso causa, a pessoa fica com muita vontade de justificá-la. E esta vontade é uma vontade desordenada e, por causa disso, agitada.

Em termos mais simples: uma pessoa, por exemplo, vamos dizer que vai fazer uma conferência. É uma pessoa pretensiosa, ela se agita. Por quê? Porque fica com uma alta vontade de fazer a conferência muito bem feita por vaidade. Agora, como esse desejo, quando é inspirado pela vaidade, é desordenado, ele produz agitação. Resultado: se um orador está agitado antes de fazer uma conferência, pode se perguntar se a pretensão não está presente. É, portanto, um sintoma da pretensão.

Outro sintoma da pretensão é a inquietude. Agitação não é bem inquietude, a pessoa pode estar agitada sem estar inquieta. Os senhores tomem, por exemplo, uma pessoa a quem se diz: “Você tirou um grande prêmio. Está aqui tal bilhete, vá pegar o prêmio na loteria”. Chega agitado. Não chega inquieto, chega alguém alegre, mas chega agitado. Os senhores compreendem então que a agitação não é a mesma coisa que a inquietude. O que é um indivíduo inquieto? É um indivíduo que está com medo de algum perigo.

O extremo da inquietude é a angústia. Então, o pretensioso fica inquieto. Por quê? Porque o pretensioso sempre visa fazer de si uma imagem muito melhor do que a realidade. E ele sente como é difícil conseguir isso, de maneira que fica inquieto diante do fracasso.

O pretensioso sempre quer fazer de si uma idéia avantajada. Vamos dizer que um pretensioso seja capaz de fazer uma conferência igual a dez. Ele nunca se contentará com isso, ele imagina fazer a conferência igual a duzentos. Agora, como ele instintivamente sente que há muito risco de não conseguir fazer a conferência igual a duzentos, resultado: ele fica inquieto. É claro! A inquietação é uma expressão mais portuguesa, mais correta do que inquietude, que é muito francesa. A inquietação é um efeito da pretensão.

Outro: irritabilidade. Eu acho que os senhores estão vendo bem para que é. O pretensioso, por que é irritável? Ele fica com a idéia tão grande de si que qualquer coisa que não está em proporção com a idéia que forma de si o irrita. Ele fica suscetível.

(Podia repetir?)

Dou um exemplo concreto: um indivíduo que tenha pretensão, por exemplo, de ser o maior atleta de São Paulo. Se ele vê um outro elogiar diante dele um atleta, ele fica sentido, fica irritado. Por quê? Ele diz: “como vai elogiar diante de mim, que sou o astro e a fênix dos atletas! Como vai ousar elogiar este outro, que não é senão uma gota d’água perto deste mar que está aqui!” Quer dizer, por qualquer coisa se irrita.

A última coisa: o pretensioso é desconfiado. Por que desconfiado? O pretensioso tem medo de que percebam que ele não tem todo o valor que ele inculca junto aos outros. Mais ainda: ele tem medo de que percebam que ele não tem esse valor. E fica desconfiado. Qualquer dito ele toma como sendo voltado contra ele. Por quê? Porque a pessoa que esconde uma coisa é sempre desconfiada. O pretensioso esconde a sua falta de valor – ao menos que seu valor não é tão grande como imagina. E vai ficando desconfiado.

Os senhores querem ver um exemplo, como é isso? Imaginem que um dos senhores tivesse, por exemplo, em pequeno, num acidente, perdido a orelha, e usasse uma orelha de cera perfeitamente bem feita, artística, que ninguém notasse isto. Pergunto: os senhores não viveriam numa certa desconfiança de que alguém está olhando para a orelha? Nós hoje olhamos para as orelhas uns aos outros? Nem de longe, nem passa pela cabeça, não é verdade? Orelha dos outros, nunca na vida! Mas o que tem orelha de cera (poderia pensar): “Hum! Como é isso? O que ele está olhando em mim? O que ele está achando de minha orelha?”

Ora, todo pretensioso tem “orelhas de cera”, “nariz de cera”, tem uma porção de coisas de cera, é parte carne, parte cera. Resultado: “como é? Esse homem de repente vai olhar com aquela má vontade dele para mim e percebe aquilo... Como é isso? Depois vai falar (mal) de mim, ele que é um isso e aquilo?”. O coitado nem olhou... Mas é o destino de quem tem orelhas de cera, está acabado.

Em sentido oposto, sintomas de despretensão.

(Alguém pede que comente s “torcida”)

Ah! Torcida! Torcida tem uma razão simplicíssima. Eu deverei dizer qual é a razão, ou não da torcida? O indivíduo que é pretensioso nunca se contenta com nada. Ele tem o valor igual a dez e consegue imaginar que teve valor igual a duzentos. Ele imagina logo o seguinte: “Por que eu não fiquei a contar que tenho valor igual a mil?” Quer dizer, ele está sempre querendo requintar, querendo elevar isto de mais um ponto. Vive na torcida.

(O que é torcida?)

Como traduzir torcida? É intraduzível... É quando, por exemplo, há um jogo de futebol. Um indivíduo é partidário de um dos times, sendo uma determinada coisa chamada torcida. Uma parcialidade veemente, angustiada, facciosa, isso seria torcida. Não sei como se diz isso em castelhano. É uma instituição tão brasileira a torcida...

(Um papel que quer representar? Papel cada vez mais brilhante, mais vivo do que os outros?)

É! Isto, ou outros. Mas há uma forme especial, que é com a vontade de conseguir isto e o medo de não conseguir. Isto se chama torcida. Não sei bem se é “inchada” em castelhano, mas essa seria a idéia.

Agora, a despretensão. A despretensão, coisa dela, por oposição à agitação, é a estabilidade. Quem é despretensioso é estável, não se agita. Algum dos senhores está agitado a propósito das próprias orelhas no momento? Ninguém. Por quê? Porque não é pretensioso, sabe que tem o que tem. E está acabado. Vamos dizer uma outra coisa: um sujeito que tenha um defeito (físico). Ele é despretensioso, ele é estável naquele defeito, não se envergonha, não se aborrece nem nada. Aquilo é aquilo, está acabado. Ele toma uma santa sem-cerimônia. É desse jeito e pronto, não tem remédio. É uma qualidade. Isto dá estabilidade.

(Um defeito físico ou um defeito moral?)

Defeito moral é diferente. Mas (me refiro ao) defeito mental ou físico.

Serenidade. É oposto à inquietação. A serenidade não é simplesmente a calma, mas, nos imponderáveis da língua portuguesa, a serenidade é mais do que a calma. É uma forma de calma requintada, prolongada e com bem-estar. A despretensão dá isto. O indivíduo não pretende ser mais do que é, sabe que não é menos do que é, ele se apresenta como é. Pronto, é isto.

Depois, em oposição à irritabilidade, de si a despretensão leva à afabilidade. O despretensioso é afável. O que é uma pessoa afável? A língua portuguesa está mudando muito de sentido ao longo das gerações. Talvez não seja de todo mal eu descrever o que é o afável. O afável é normalmente acolhedor. Quando é procurado, tende a atender bem, quando se lhe pede alguma coisa, é propenso a dar. É propenso a concordar, é propenso a combinar com os outros, sem ser um cretino, sem ser um “seu ligação” [cumprimenta alegremente qualquer um, mesmo sem conhecer, n.d.c.] idiota. Quer dizer, não é um bobo, mas ele, no que é razoável concordar, é propenso a concordar.

Por oposição à desconfiança, o despretensioso é perspicaz sem sobressaltos. Qual é a diferença do desconfiado e do perspicaz? O desconfiado é agitado (pensa consigo mesmo): “está olhando (para mim)... o que acham (de mim)?”...

O perspicaz, não. É calmo, tranqüilo, analisa as coisas com frieza. Mas ele tem uma forma de perspicácia sem sobressaltos, não tem sustos. Vai vendo com calma, com normalidade...

O pretensioso, eu disse que vive de “torcida”. O despretensioso é propenso à confiança na Providência, que é o contrário da torcida: “Deus me dará; o que for das vias de Nossa Senhora eu receberei; não há razão para eu torcer”.

Aqui estão algumas características da pretensão e da despretensão.

Volto a dizer: essas características não são só do pretensioso nem só do despretensioso, mas normalmente quem experimenta os sintomas da pretensão deve desconfiar que dela padece, embora possa ser sintomas de outra coisa. Quem experimenta os sintomas da despretensão pode achar provável que esteja num estado de despretensão, embora às vezes haja algum engano. Mas são indícios favoráveis a um diagnóstico do estado de espírito da gente.

(Cem por cento das pessoas são pretensiosas?)

Cem por cento das pessoas tendem a ser pretensiosas. Não que concedam à pretensão. Quando trato aqui do pretensioso, refiro-me a quem dá o consentimento ao defeito.

(Esse consentimento é um estado habitual da alma ou é como tentação individual?)

Pode ser tanto uma coisa como outra. Pode ser um estado habitual de uma alma, como pode ser uma alma tentada de pretensão. Quer dizer, normalmente a alma é tentada de pretensão. Ela pode ter de vez em quando concessões ou viver habitualmente no estado de concessão.

(Os exemplos que dá o senhor apresentam uma pessoa que está numa espécie de progresso da pretensão?)

É isso. É mais fácil exemplificar. Mas existem estados transitórios de concessão à pretensão. Isso pode existir também.

(Pergunta inaudível)

Não, a questão é a seguinte: quem não possui a verdadeira afabilidade - e eu digo isto aqui serve, não tanto para discernirmos o outro que é pretensioso, mas para vermos a pretensão em nós.

O demagogo não tem nada de afável. A maior parte dos demagogos, pelo menos nas horas de solidão ou de intimidade, tem um jeito (trato) impossível. Eles são afáveis para fora; isso é uma afabilidade forçada. O despretensioso tem uma afabilidade normal, natural, habitualmente, na maior parte dos casos.

Eu tinha um tio avô que era candidato crônico à toda espécie de eleições de deputado. E de vez em quando “tirava na loteria” e era eleito. Ele era - para ser eleito - um sorriso com todo mundo... Eu o vi descer do ônibus, passar perto do motorista do ônibus e lhe tirar o chapéu para agradecer de ter parado... Essa era a cabotinice [vaidade, orgulho, n.d.c.] eleitoral desse homem! Ele sorria para todo mundo... Quando entrava em casa, mudava de cara. Fazia uma fisionomia de dia de chuva e não conversava com ninguém, desde a hora que entrava para o jantar até quando se retirava para ir dormir. Ele dizia que já conhecia todo mundo lá dentro de casa, que não precisava mais conversar, e estava acabado!... Ou seja, era o pseudo afável. Aliás, sumamente pretensioso.

(Creio haver também um pequeno problema quando a pessoa começa a fazer um exame de consciência com esses sintomas. Por exemplo, tende a olhar os sintomas de despretensão e pode haver um problema quando a pessoa nota em si algum sintoma de despretensão. Começa a achar: “veja, eu sou despretensioso”, etc. O senhor aconselharia que a gente fizesse esse exame se notasse alguma característica de despretensão? Como levar isso a bom termo?)

O valor desse exame, dessa análise é sempre o seguinte: quando a pessoa diz “eu não vejo o lucro em mim, feito o exame, se eu estou pretensioso ou não”. Então pode examinar através disso como uma espécie de exame colateral, mas o objeto próprio do exame de pretensão é a gente olhar para si mesmo e ver se a gente está querendo passar por aquilo que não é, primeiro ponto. Segundo lugar: se a gente está querendo mostrar de um modo ostensivo aquilo que é. Isto são exames colaterais para a pessoa testar o seu estado de espírito quando não vê claro.

Isto redunda, de algum modo, num elogio da despretensão e numa crítica da pretensão. Porque os senhores estão vendo que o despretensioso tem a paz de alma e tem o bem-estar interior, enquanto o pretensioso tem uma verdadeira infelicidade interior.

Os senhores vejam uma pessoa que carrega dentro de si agitação, inquietação, irritabilidade, desconfiança, torcida, os senhores queriam estar na pele destes?

Os senhores vejam um outro, que é estável, sereno, afável, perspicaz sem sobressaltos, e confiante na Providência, os senhores não acham que esta é uma pele sumamente habitável?

O que se deduz daí? É também um convite a praticar a despretensão recebendo já na Terra uma parte do prêmio que se vai ter no Céu. São duas coisas que pendem desta conferência. Está claro?

(Pergunta inaudível)

Esses são os sintomas, vamos dizer, que são tomados do pretensioso como tal, em tese. A vantagem de considerar em tese é que a pessoa que faz essa análise mais facilmente se habitua a perceber a medula da pretensão no que consiste. E para combater um defeito é preciso conhecer bem a medula.

(Queria pedir se podia repetir os pontos, Dr. Plinio.)

Os dois pontos são: há um exame de consciência colateral. E também um convite a gozar já nesta Terra da felicidade que a despretensão traz.

(Para a pessoa ter despretensão, precisava ter algo, posse de algo. Quer dizer, para ela ter essa afabilidade, estabilidade etc. precisava que tivesse posse de algum valor, enfim de algo; o que seria isso?)

Quer dizer, ela precisaria ter orelhas de verdade e não de cera, é isso?

(É, exatamente.)

É verdade. E esse algo todo mundo que possui uma visão reta das coisas tem. Qual é esse algo? “Eu existo criado por Deus; fui batizado e eu, estando no estado de graça, Deus, do mais alto dos Céus, faz as Suas delícias de olhar para mim”. Não precisa mais nada!

O senhor quer ver a contrapartida disto? Imagine que lhe contassem o seguinte: “Olhe, fulano, você não sabe, você estava andando por tal rua assim, assim, passou a Rainha da Inglaterra e disse: Sim senhor! Aquele é um rapaz! Poderia talvez - não a sua - mas a despretensão de um outro poderia talvez ficar abalada com esse elogio...

Imagine, a Rainha da Inglaterra, entendida em elegância e outras coisas do gênero, [observar]: “Aquele é o rapaz!” Isso poderia dar pano para manga para um ou outro - não digo concretamente no seu caso – ficar meses com megalice, ao menos de tentação de megalice.

Pois bem, Deus não é infinitamente mais que a Rainha da Inglaterra? Algo há em cada ser, por mais modesto que seja, que faz dele algo de único. Deus nunca repetirá um ser igual àquele. E algo que, estando em estado de graça, tem tanto valor que do mais alto dos Céus, tendo sua essência infinita a considerar, tendo Nossa Senhora, tendo todos os Anjos, todos os santos, tendo todas as pessoas virtuosas na Terra, sem embargo disto, Deus detém Seu olhar naquele e faz as suas delícias de olhar para aquele. Então, toda criatura de Deus tem algo de muito nobre e de muito alto na sua alma, e isto Deus olha, por miserável que a pessoa seja segundo os padrões humanos. Não sei se me exprimi claramente.

(Teria algo também no sentido da vocação, quer dizer, a pessoa estará satisfeita na medida em que está compenetrada de que está seguindo a vocação para qual Deus a chamou, quer dizer, está no caminho certo? Teria algo também neste sentido?)

É claro! Isto também deve dar à pessoa segurança. Quer dizer, “eu estou fazendo a vontade de Deus, eu estou seguindo o caminho que devo. Portanto, posso estar tranquilo, por mais que seja criticado por outros”. É um elemento de segurança, de tranquilidade que pode ser despretensiosamente utilizado.

(Uma pessoa pode querer ser audaciosa, ser melhor do que é? Por exemplo, Santa Teresinha do Menino Jesus queria ser Cruzado, queria ser uma porção de coisas, e tinha grandes desejos. Grandes desejos é pretensão?)

O grande desejo não, desde que se tenha como Santa Teresinha, ou seja, por amor de Deus. Quando a pessoa faz a idéia seguinte: “eu queria ser Cruzado porque é lindo ser Cruzado! Toda a imprensa católica do mundo estaria dizendo... (risos). Que lindo seria se eu fosse Cruzado, missionária e ao mesmo tempo professora! E então me aclamariam como professora e eu deixaria a glória da professora e me enterraria das missões! Eu iria para um leprosário e seria aclamada como a consolação dos leprosos! De lá eu saltaria para a guerra e deixaria longe a glória de Santa Joana d´Arc! No meu epitáfio se diria: aqui esteve a alma desinteressada que fez tudo!... Ó! que lindo!...” Pelo menos um purgatório daqueles bons! Mas em Santa Teresinha não tinha isto. Era tudo por amor de Deus. Está claro? Vamos rezar então.

Nota: Para aprofundar o assunto, vide, por exemplo:

* O Santo do Dia seguinte (de 12 de março de 1969), com outras características da despretensão e da pretensão.

Como se vence a inveja (com áudio e texto).

Orgulho e excitação. Calma e despretensão (idem).


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