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Reforma Agrária - Questão de Consciência |
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Capítulo IV Proposição 32
Comentário Algumas considerações de menor relevo sobre a proposição impugnada. A Igreja não é "classe dirigente" porque ela não é classe. Por sua natureza e sua missão, abrange em si todas as classes. O Clero, sim, pode ser chamado uma classe. Mas sua posição é, enquanto tal, muito peculiar. Pois se o Clero, como as outras classes, forma um meio bem definido, e pela dignidade de sua missão se situa nas esferas dirigentes, deve entretanto conviver intimamente com todas as classes. À mesa do grande como do pequeno, é natural que ele se sente, ocupando sempre o mesmo lugar: de ministro e representante de Jesus Cristo. Isso lhe facilita a sublime missão de pregar e promover a paz entre as diversas camadas sociais. Aquela paz que Santo Agostinho definiu muito bem como sendo, não uma tranqüilidade qualquer, mas a tranqüilidade da ordem (233). * * * Essa missão, o Clero deve desempenhá-la, não para evitar o "furor das massas", mas para seguir a Jesus Cristo, Príncipe da Paz. E isto ainda que no cumprimento dela seja necessário enfrentar a sanha feroz da demagogia. Haverá quiçá em tal caso "apostasias, perseguições e calamidades". Esta perspectiva não amedronta o bom Sacerdote, ciente de que em meio a elas a Igreja nasceu e como uma árvore frondosa cobriu toda a terra.
Textos Pontifícios Erro condenado por São Pio X: a Igreja deve adaptar-se à vida civil para a influenciar Proposição modernista: "Deve mudar-se a atitude da autoridade eclesiástica nas questões políticas e sociais, de tal sorte que não se intrometa nas disposições civis, mas procure amoldar-se a elas, para penetrá-las do seu espírito" (234). Notas: (233) Cfr. XIX "De Civ. Dei", c. 13. (234) São Pio X, Encíclica "Pascendi Dominici Gregis", de 8 de setembro de 1907 – "Editora Vozes Ltda.", Petrópolis, pág. 42 .Índice Adiante Atrás Página principal |