São José e o caráter hierárquico da Igreja

“Santo do Dia”, 19 de março de 1970

A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo“, em abril de 1959.

Nós vamos agora passar ao Santo do dia:

 São José, esposo da Bem Aventurada Virgem Maria, confessor e Patrono da Igreja Universal. E também protetor da Ordem do Carmo. Novena da Anunciação da Virgem Maria.

 São José é um tão grande Santo, que nós não podemos passar pela festa dele, sobretudo nós que nos alegramos em ser devotos de Nossa Senhora, nós não podemos passar a festa dele sem fazer um comentário a respeito dEla.

Como os senhores sabem bem, os dados biográficos de São José são muito escassos. Nós sabemos a respeito de São José apenas algumas coisas. Sabemos que ele era da estirpe real de David, sabemos que ele era virgem, que foi casado com Nossa Senhora, sabemos que eles mantiveram a virgindade depois do casamento, sabemos também que ele teve o famoso caso da perplexidade, sabemos também, que depois ele esteve presente no Santo Natal e uma das glórias dele é de em todos presépios, até o fim do mundo,  naturalmente figurar como uma das figuras essenciais do presépio; nós sabemos depois que ele levou o Menino Jesus e Nossa Senhora até o Egito e de lá voltou, e depois há silêncio sobre São José e não se fala sobre ele.

Eu acho que o comentário que se pode fazer a este respeito, é, como é bonito o silêncio que as Sagradas Escrituras guardam sobre São José, e qual é o espírito da Igreja que reluz, e que justifica a propósito este silêncio.

Se os senhores tomarem em consideração quem foi São José, os senhores compreendem que tem que ter sido um dos maiores santos de todos os tempos, e que até não faltam razões àqueles que consideram que São José foi o maior santo de todos os tempos. Se não se pode ter isto como absolutamente certo, porque há razões para supor que o maior santo tenha sido São João Batista, ou que tenha sido São João Evangelista, em todo caso, há razões muito grandes e muito boas para supor que tenha sido ele, e nós podemos imaginar que a respeito de um tão grande santo, os dados biográficos, os mais emocionantes, os mais empolgantes, ou mais edificantes não poderiam faltar.

Ora, nós vemos que em lugar de falar a respeito destes dados, e de nos dizer algo a respeito das maravilhas deste santo, que ocupara um papel tão proeminente na piedade católica, pelo contrário a Revelação nos diz pouco, e nos diz muito pouco, e a Tradição nos diz pouco, de maneira que coisas absolutamente de fé a respeito de São José nós sabemos pouco.

Agora, como é que se explica isto? Como é que se pode explicar uma coisa destas?

A primeira observação que cumpre fazer é que também a respeito de Nossa Senhora, que é uma figura – por mais alto que seja São José, – não infinitamente, mas insondavelmente superior a São José, também à respeito de Nossa Senhora as Sagradas Escrituras dizem muito pouco. Elas falam tão pouco ou até menos que a respeito de São José e entretanto sabemos que Nossa Senhora é a obra prima da criação e que depois da humanidade Santíssima de Nosso Senhor Jesus Cristo ligada à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade – por união hipostática e portanto, já superior a qualquer cogitação que o espírito humano possa fazer,- não há criatura e nunca houve e nunca haverá, que possa sustentar uma pálida comparação com Nossa Senhora.

Ora, a respeito de Nossa Senhora, porque é que a Sagrada Escritura diz tão pouco? E porque é que a respeito destas duas grandes figuras há um tal silêncio das Escrituras?

Eu tenho a impressão que além das razões indicadas habitualmente à humildade de Nossa Senhora, à humildade de São José, que quiseram ficar apagados em louvor à Nosso Senhor Jesus Cristo, que merecia todas as honras, e em reparação a todas as provas de orgulho que os homens deveriam de dar até o fim do mundo, além desta razão que é uma razão muito boa, há uma outra razão muito formativa para nós e feita para que compreendamos a índole da Igreja Católica, o espírito da Igreja Católica. É que, por maiores que sejam as maravilhas que Nossa Senhora e São José tenham praticado na vida, aquilo que nós sabemos deles, pelo simples fato de uma ter sido a mãe do Criador e o outro ter sido o pai legal de Nosso Senhor Jesus Cristo e o esposo de Nossa Senhora, só isto nos leva a deduzir grandezas tão excelsas que nenhum fato concreto praticado na vida daria uma idéia suficiente do que foram, porque eles estão acima de qualquer ato praticado.

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Sonho de São José. Vitral da Catedral de Chartres – XII séc.

Os senhores tomem dois fatos notáveis: tomem a perplexidade de São José, a confiança que ele conservou durante esta perplexidade, a delicadeza com que ele ia resolver o caso, a prova em que a Providência o colocou, no momento em que ele estava chamado para receber a honra excelsa de ser o pai legal de Nosso Senhor Jesus Cristo, os senhores tomem tudo isto e tomem na vida de Nossa Senhora um fato, por exemplo, entre outros, eminente: as bodas de Caná, em que Nossa Senhora obteve pelas orações dEla, que Nosso Senhor  antecipasse as manifestações de sua vida pública e praticasse um milagre. Um milagre notável como a transmutação da água em vinho, que praticasse aquele milagre, direta e imediatamente, para uma família que se sentia provada ali no momento.

Nossa Senhora praticou ali uma grande ação, mas por maior que esta ação seja, não nos dá uma idéia suficiente de Nossa Senhora, e o que nós  sabemos dEla sabendo que Ela é Mãe de Deus é tão mais do que isto que [a] nós, por assim dizer, bastaria [com] sabermos que Ela é Mãe de Deus . Assim também São José. Algumas coisas dele que nós sabemos, por mais eminentes que sejam, não chegam à altura da idéia, por exemplo, seguinte: Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo de Deus Encarnado, Deus fez todas as coisas com conta, peso e medida, diz a Escritura. Ele [as] proporcionou admiravelmente na ordem da natureza e na ordem da graça.

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As Bodas de Caná – Juan de Flandres – Metmuseum

Como terá sido o homem, que Ele tenha destinado a ser o pai legal de Deus? Se não o pai natural de Deus, o pai de Deus segundo a lei judaica. Porque ele, como esposo de Maria Virgem tinha um verdadeiro direito sobre o fruto das entranhas dEla. Embora não fosse o pai do Menino Jesus, ele tinha o verdadeiro direito. E depois sendo ele o descendente de David, em que se cumpria a profecia, a qualidade de descendente de David Nosso Senhor Jesus Cristo herdava dele. Então como deve ter sido este homem, este varão, como Deus deve ter adornado esta alma, como Deus deve ter constituído este corpo, como Deus deve ter enchido de graça esta pessoa, para que ela estivesse à altura deste papel?

Nossa Senhora – para ver com que cuidado Deus dispôs de tudo a respeito de Nossa Senhora -, durante a Paixão, [permitiu que] o Filho dEla fosse insultado de todos os modos, mas não foi lícito, não foi permitido a ninguém, tocar nEla com a ponta do dedo, porque aquilo que se permitiu ao próprio Filho de Deus, que fosse feito contra o próprio Filho de Deus, contra Ela o Filho de Deus não permitiu que fosse feito.

Ora, se Deus, tanto respeitou e venerou Nossa Senhora, quanto não terá venerado ao escolher um esposo adequado à Ela. Porque terá feito deste casal, o casal perfeito, em que o esposo fosse mais proporcionado possível à esposa. Agora, o que é que deve ter um homem para estar na proporção de esposo de Nossa Senhora?

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Sagrada Família – Igreja de São Roque – Sevilla

É uma coisa verdadeiramente insondável. E qualquer coisa que ele tenha dito, qualquer coisa que ele tenha feito, não nos dá uma idéia do que ele foi, como esta simples idéia: Pai do Menino Jesus e esposo de Nossa Senhora; quer dizer, fica acima de todo elogio e de todo feito. E então, – e aqui é que entra a coisa bonita – a gente vê que a Providência quis constituir, a respeito de Nossa Senhora e São José, os fundamentos do culto, com base num raciocínio teológico, porque é o raciocínio teológico, que nos pinta o perfil moral destas pessoas excelsas. Sem o raciocínio teológico, nós não conheceríamos o perfil deles adequadamente, e prova por aí como a Providência não quis apenas uma Igreja baseada na Revelação imediatamente inteligível, mas que Deus quis uma Igreja teológica. Uma Igreja constituída por fiéis, que refletem e refletem a fundo a respeito dos dados do Magistério e tiram dos dados do Magistério a teologia, como a abelha tira o mel de dentro da flor. Quer dizer, tira e elabora para dar no mel.

Assim também o fiel, os grandes teólogos, assim também o Magistério da Igreja, toma os dados fornecidos pela Revelação, quer pela Revelação nas suas fontes escritas, quer pela Revelação na sua fonte oral, que é a Tradição, e então Deus quer que os homens fiquem doutores da Igreja. Que os Santos, e sobretudo o Magistério da Igreja tomem esses dados e elaborem, e façam disto uma elaboração que seja, como que, o mel da Escritura, onde a doçura maior da Escritura se sente mais no produto elaborado do que diretamente do texto, como a doçura maior de uma flor [que] o homem não sente pelo paladar se mastigar a flor, mas sente depois da destilação da abelha.

Aí, então, os senhores tem um magnífico argumento contra o protestantismoporque é uma Igreja raciocinante, uma Igreja teologisante, uma Igreja que tem uma ciência de interpretar os Evangelhos. É uma Igreja, portanto, em que a interpretação, não está ao cargo de cada fiel, mas ao cargo dos mais entendidosÉ portanto uma Igreja hierárquica, em que há uma hierarquia dos conhecimentos da Escritura, uma hierarquia de carisma para interpretar as Escrituras, uma Igreja em que uns ensinam e os outros devem obedecer, devem acatar, devem aceitar.

Então nós vemos em que altura a Providência quis fundar o caráter hierárquico da Igreja Católica. São esses raciocínios, que nos levam cada vez mais a amar os aspectos da Igreja Católica. Os aspectos, por assim dizer, mais ultramontanos da Igreja Católica. Como também, em outra ordem de coisas, quando Nosso Senhor disse uma vez que os discípulos deveriam de fazer coisas maiores que Ele.

Há aí uma magnífica afirmação do princípio feudal: os discípulos praticarem atos maiores que os dEle por causa dessa beleza própria [que há em] que o menor, o que recebeu, seja tão grato e tão fiel, que embora parecendo maior mantém a obediência àquele que ele sabe que de fato é maior, e presta uma homenagem feudal. A homenagem daquele que está com as mãos cheias de dádivas e com uma porção de métodos, de meios ou de recursos para se revoltar, mas que na plenitude de sua fidelidade declara com gratidão: “Esses dons vieram de vós, eu poderia voltá-los contra vós, mas a honra impede que eu faça, a fidelidade impede que eu faça, a decência impede que eu faça. Esses dons são vossos e no momento em que vós me dais uma liberdade de fato, de os voltar contra vós, eu os ponho a vossos pés e digo: Nem sou digno desta honra”.

Isto é que Nosso Senhor quer do apóstolo que faz mais do que Ele: é que o apóstolo reconheça que ele não faz nada a não ser por meio dEle, pela força dEle, que não é nada sem Ele e embora fazendo mais do que Ele, é imensamente menor do que Ele. É mais ou menos como os senhores feudais a quem o senhor feudal dá parcelas enormes do seu reino e que ao invés de se revoltarem obedecem, e tomam os seus feudos e os colocam na obediência de um rei que na aparência é mais fraco, mas que tem só esta coisa: ele tem o direito, o excelso direito de mandar.

Os senhores estão vendo que bem examinada a Igreja, bem examinada a doutrina católica, dela se tiram justificações admiráveis para a nossa doutrina e nós vemos por aí, como também a nossa doutrina é santa, a nossa doutrina vem toda envolta das bênçãos das Sagradas Escrituras, das bênçãos da Revelação, das bênçãos da organização da Igreja.

*   *   *

Os senhores viram que eu fiz uma meditação a respeito de São José e que a estendi um pouco a Nossa Senhora, depois a estendi a outro ponto do Evangelho. Uma meditação que não está na excelente rotina, na excelente trilha comum das meditações nesta matéria.

Por que? Porque a meditação à respeito desta matéria nos levaria a enumerar as virtudes de São José, falar de São José como patrono da Igreja, etc. etc., seria uma coisa excelente. Eu estou longe de me deixar de referir a isto com a maior veneração, mas enfim não foi o que eu fiz. Eu fiz uma meditação de outra índole.

A propósito do silêncio que as Sagradas Escrituras guardam sobre São José, eu tirei uma dedução anti-protestante, quanto ao contraste entre uma Igreja com livre exame e uma Igreja com ensino hierárquico, mostrando como o espírito hierárquico decorre das próprias páginas do Evangelho.

Agora, os senhores estão vendo que se afirma aqui uma característica da mentalidade do Grupo [*], do espírito do Grupo, que não é nem de longe não fazer a meditação clássica, e muitíssimo menos de a desdenhar, mas é de não se contentar com ela, de compreender que para nós há outros tesouros além dos clássicos nessa temática e que a graça nos pede que exploremos também estes tesouros.

Bom, a razão de ser pela qual eu fiz isto é porque há um contraste contínuo entre o modo da “heresia branca [**]” apresentar a Escritura e o modo pelo qual a doutrina católica a vê e ensina. Queiram ou não queiram, a figura de Nosso Senhor é apresentada muitas vezes pela “heresia branca” com uma espécie de fundo igualitário; então eu sou obrigado para expulsar este igualitarismo, tirar do Evangelho, [em] ocasiões, os trechos que justifiquem uma visão diversa, desintoxicar, portanto o espírito de más interpretações do Evangelho.

Para os senhores aproveitarem bem este Santo do Dia, os senhores precisam fixar este ponto no espírito e compreenderem que ao meditar estes princípios como eu estou fazendo, estão fazendo uma verdadeira meditação espiritual. É esse o modo de limpar o espírito da heresia branca.

*   *   *

 (Aparte: O senhor deu uma noção da relação de Nosso Senhor e os Apóstolos que tinham uma relação de feudalismo.)

A relação é a seguinte: No regime feudal se dá um contrato de suserano e vassalo e vassalo e suserano, pelo qual o vassalo recebe do suserano uma participação nos bens do suserano, mas uma participação tão grande que há um perigo até do vassalo se revoltar   contra o suserano. O senhor veja a diferença que há entre um governador, por exemplo, e um senhor feudal O governador não tem nenhum direito sobre a província que ele governa. Ele é mandado lá pelo rei, e o rei manda embora quando quer; esse aí tem um perigo mínimo de se revoltar. O senhor feudal, pelo contrário, é dono de uma parte do poder do rei sobre uma província. Ele, no âmbito provincial, é um co-rei, sujeito ao rei, mas é um co-rei. E é tal o poder dele no local, a sua influência,  a sua linguagem, etc., etc., que ele tem muitos meios de se revoltar contra o rei.

Então, nós vemos, muitas vezes, historiadores e uns e outros dizerem que o regime de governadores, o regime centralizado é mais perfeito que o feudal, porque ele assegura melhor a autoridade, porque evita a revolta. Nós vemos, constantemente Deus fazer o contrário, Ele enche as criaturas de dons e quer da criatura, esta homenagem feudal de podendo revoltar-se contra Ele, não se revoltar; e podendo não servi-Lo, servi-Lo.

As relações bispo, papa por exemplo, neste sentido, são relações feudais. Agora, em outro sentido nós vemos isto entre Nosso Senhor Jesus Cristo e os apóstolos. Ele deu aos apóstolos e Ele disse depois, pelos séculos afora, [que] os santos fariam prodígios maiores do que Ele. O santo fazendo prodígios maiores do que Ele poderia orgulhar-se e considerar-se maior do que Ele, mas Nosso Senhor Jesus Cristo quis dos seus santos esta fé. Fazendo coisas maiores do que Ele, entretanto soubessem que era Ele a fonte de tudo, e que se eles faziam coisas maiores do que Cristo, era entretanto porque Cristo tinha feito neles porque sem Ele não são nada.

Não é verdade? Então isto é uma atitude feudal, é uma atitude de fidelidade feudal, o que mostra a perfeição deste tipo de relação. Ora uma forma, de governo baseada numa forma de relação muito perfeita, esta forma de governo não pode deixar de ser muito excelente.

Não sei se está claro o meu raciocínio agora.

(Sr. -: O senhor poderia explicar o porque do silêncio que a Sagrada Escritura faz sobre São José… do caráter hierárquico da Igreja?)

Porque este silêncio convida-nos a reconstituir a personalidade moral dele, por via de raciocínio, a partir dos poucos dados que  temos, mas que são, entretanto, dados seguríssimos de onde o raciocínio é obrigado a deduzir, é obrigado a concluir, o que nos mostra evidentemente uma revelação feita não só para ser entendida em seu sentido primeiro, mas para ser, como que, concluída pelo raciocínio humano.  Não é verdade?

Uma revelação que é, uma linha geral dentro da qual o esforço da mente humana deve dar muitos dos pormenores e dos traços entretanto muito importantes.

Uma revelação assim, supõe, evidentemente, uma ciência da interpretação, e supondo uma ciência, supõe um magistério dos que conhecem melhor essa ciência sobre os que conhecem menos, e dada a falibilidade do homem supõe mesmo o carisma da infalibilidade, senão não adiantava de nada. O senhor está vendo, portanto, a hierarquia de ensino na Igreja a hierarquia de Magistério, como se deduz deste fato. E, portanto, que está inviscerado na Revelação.

Não sei se consegui ser claro agora?

NOTAS

[*] Aqui o Prof. Plinio se refere aos membros da TFP. Tendo esta se originado, mais recentemente, do “Grupo do Catolicismo”, isto é dos redatores e de todos aqueles que militavam em torno à Revista “Catolicismo”, generalizou-se, na linguagem interna da TFP, referir-se a si mesma como o “Grupo”.

[**] Com a expressão “heresia branca”, o Prof. Plinio designa uma atitude sentimental que se manifesta sobretudo em certo tipo de piedade adocicada e uma posição doutrinal relativista que procura justificar-se sob o pretexto de uma pretensa “caridade” para com o próximo.

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