São Dimas (25/3): intercessor de todas as causas desesperadas, símbolo da misericórdia de Nossa Senhora

Santo do Dia, 14 de fevereiro de 1972

A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.

 

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Imagem de São Dimas, século 19, Igreja Paroquial de Santo Agostinho de Baliuag (Filipinas) – Wikipedia

 

Texto do P. Emmanuel d’Alzon (1810-1880), fundador dos  Assumpcionistas, sobre São Dimas, o bom ladrão:
“A mais bela história sobre São Dimas, o bom ladrão, foi relatada e escrita por Santo Anselmo, ao compor, para uma de suas irmãs, uma meditação sobre a infância do Salvador. Se o relato não é verdadeiro, segundo o gosto moderno, era aceito por todos ao tempo em que vivia o grande Bispo de Canterbury.
“Era no tempo dos massacres dos inocentes. Jesus, Maria e José fugiram da cólera de Herodes. Quando a Santa Família saiu de Belém, penetrou em terras do Egito. O Egito, na Escritura Sagrada, era o país do pecado, de onde Deus retirou o seu povo, país que só o sacrifício de Cristo poderia remir. Nessa fuga para o país do demônio, Jesus, Maria e José penetraram numa floresta onde viviam criminosos e, entre eles, Dimas.
“Dimas, nascido e criado entre malfeitores, era assassino e ladrão. Mas, trazia no fundo da alma graças ocultas. Estando ele um dia de emboscada, esperando ocasião para conseguir bons despojos, viu aproximaram-se um homem, uma jovem e uma criança. Os três viajantes traziam alguma bagagem, talvez os presentes dos magos, reservados pela Providência para essa longa viagem. Dimas julgou que essa frágil caravana não oporia resistência. O bastão de São José não o atemorizava. E ele avançou para maltratá-los. Mas, seu olhar pousou no rosto do Menino Jesus e essa fisionomia lhe apareceu tão cheia de beleza que ele, comovido profundamente, protegeu os viandantes e os hospedou em sua caverna.
“Assim é que a Providência socorreu a Santa Família, desta vez não por um anjo, mas por um ladrão que por um momento se transformava em Anjo bom. Dimas ofereceu tudo o que possuía e o Divino Menino se deixou acariciar por esse criminoso. No dia seguinte, Maria Santíssima, considerando o respeito do ladrão pela Criança, assegurou-lhe solenemente que ele seria recompensado por isso antes de sua morte. Dimas conservou a lembrança dessa promessa, e em meio a seus desmandos, confiou que ela se cumpriria.
“O que aconteceu a esse malfeitor durante os 33 anos de vida de Jesus nada se sabe. Contudo ele aparece ao lado de Gestas, outro ladrão, carregando a sua cruz para ser morto ao lado de Jesus Cristo. Entretanto, seus crimes haviam de tal modo empanado sua alma, que ele não pode reconhecer nem Jesus nem Maria.
“As cruzes foram erguidas e durante três horas Dimas, como Jesus, viu o espetáculo da multidão que representava o mundo inteiro, que blasfemava; ele também aliou-se às blasfêmias. Mas Maria, olhando-o, reconheceu-o e rezou por ele. Assim, quando à sexta hora, hora das trevas, se aproximou, a sombra da cruz de Jesus alongou-se sobre a colina e passou sobre o corpo de Dimas. Nesse momento Gestas gritava: ‘Se és o Cristo, salva-te e a nós também’.
“Mas as sombras das chagas divinas penetraram o coração de Dimas e ouviram-no responder: ‘Não temes a Deus? Tu que és condenado ao mesmo suplício que Ele? Para nós é justo, pois recebemos um castigo merecido. Mas Ele nada fez de mal’. Depois dessa confissão suprema, feita com contrição, o ladrão, transformado em bom ladrão, pronunciou um ato sublime de fé, esperança e amor: ‘Senhor, lembrai-Vos de mim quando estiverdes em Vosso reino!’ E Jesus: ‘Em verdade te declaro que estarás comigo hoje no Paraíso’. Nesse momento Jesus cumpria a promessa feita por Maria e, sem dúvida, Dimas, antes de morrer, reconheceu Nossa Senhora. O bom ladrão, purificado pelo sacrifício de Cristo, ao morrer recebeu as primícias da Redenção.
“São Dimas é considerado patrono dos condenados à morte, dos infelizes cujos negócios são desonestos, que não sabem como restituir o que usurparam e não querem morrer nesse estado, dos grandes pecadores, dos filhos pródigos, das almas que desanimam porque seus empreendimentos são maus ou porque pecaram, ou porque são perseguidos. São Dimas livra ainda da impenitência final.”

 

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Acho que não poderia ser mais bonita e mais cheia de ensinamentos essa narração de Santo Anselmo a respeito da vida de São Dimas. O D´Alzon afirma muito bem que não interessa saber até que ponto os fatos se passaram como Santo Anselmo descreve, mas sim a interpretação do fato dada por Santo Anselmo, que indica um pouco como as coisas podem acontecer para as almas.
Aqui está a história de uma alma, São Dimas, na qual parece estar implantada uma espécie de contradição. É o indivíduo que foi educado no meio de bandidos, no meio de ladrões, e que foi entregue às piores influências. Não que lhe faltasse a graça suficiente para fazer a vontade de Deus, porque essa nunca falta a ninguém, mas a verdade é que não correspondeu a essa graça e que ele estava sujeito à pressão de circunstâncias muito desfavoráveis.
Pois bem, essa alma de tal maneira colocada em más circunstâncias e que se entregou ao banditismo, desde pequeno trazia consigo, diz Santo Anselmo, graças secretas. E então apresenta a história de uma alma que peca muito, mas na qual Deus misteriosamente tem um desígnio e o mantém. Apesar do pecado, apesar de todas as infidelidades, esse desígnio está cravado na alma de tal maneira, que pode acontecer o que for, no fim, o desígnio de misericórdia se realiza.
Então, vemos que peca, que tem ingratidões de toda ordem. Porém no fundo ele conserva uma esperança interior, secreta, oculta, que não conta a ninguém, que ele talvez não soubesse justificar, talvez nem soubesse sequer explicitar, uma esperança de que ele no fim seria perdoado, estaria arrependido, haveria para si um novo caminho que se abriria.
E os senhores veem aí o episódio encantador e pavoroso da agressão que cogitou em fazer, quando meninote ainda, contra a Sagrada Família que fugia… Mas olhando para o Menino Jesus, ele ficou desarmado. Não teve coragem de concretizar a agressão.
Como é bonito esse encontro de duas almas! Ele, um bandido, mas no fundo do qual a graça lateja, a graça ainda vive, palpita, e que ao ver o Menino Jesus se deixa comover, quando tantos outros bandidos não se deixariam comover. E ele para, suspende a agressão e fica encantado. Nossa Senhora o agrada; ele não sabe nem o que dizer…
A Sagrada Família passa, ele recai na sua vida de pecados e assim vai até o momento em que essa esperança que ele tinha no fundo da alma estava comprometida ao máximo, porque ele ia morrer, já ia levando a cruz para o alto do Calvário para ser crucificado, e onde estava a esperança de salvação? Será que ele pensou nessa esperança? Eu quero crer que algumas graças de esperança são assim tão fortes, que ele até o último momento não perdeu a esperança e que foi por causa disso que realmente ele foi salvo no último instante.
Ele é crucificado, vê chegar Nosso Senhor, mas não O reconhece logo, porém em determinado momento se dá conta. Aí tem lugar a cena poética entre todas: o sol vai se deitando e a Cruz do Salvador cobre com sua sombra São Dimas. Nesse momento sua alma se modifica, as chagas de Cristo a tocam e ele então pede perdão. Enquanto o outro ladrão blasfema, sua alma se muda completamente.
É que Nossa Senhora o reconhecera, rezou por ele, fixou-o de uma vez por todas na virtude e ele então pede perdão a Nosso Senhor, Quem o atende, concedendo-lhe imediatamente aquele perdão, confirmando aquela esperança que ele carregou durante tantos e tantos anos, abusando dela de todos os modos, mas fixado pela misericórdia divina. Nosso Senhor diz a ele: “Tu hoje estarás comigo no Paraíso”…
Os senhores veem nisto vários ensinamentos.
Primeiro, de como nós nunca devemos perder a esperança e como a Igreja nos ensina isso com aquela eloquência e aquele tato incomparável que Ela possui. Os senhores viram de que espécie de gente São Dimas é o protetor: de todos os aflitos, de todos os desesperados, das pessoas colocadas nas angústias mais sem saída.
Afirma-se aí algo que é bem característico do tato da Igreja e onde se conciliam a severidade intransigente e sublime da Igreja, com aquela misericórdia materna, miúda, encantadora, que nunca poderia ser suficientemente elogiada. A Igreja declara que quem rouba, para receber a absolvição precisa restituir o que roubou. E há muita gente que rouba e que chega ao perigo de morte e tem que restituir o que roubou. Se não restituir, não é absolvido.
Vamos dizer, por exemplo, uma dessas pessoas que tem uma doença longa, que vai se arrastando, vai se agravando cada vez mais. Chega num momento o médico e diz: “Meu caro, é provável, não é certo, que você neste mês morra”. Então, põe-se para o doente um sério problema: ele está numa casa ótima, no luxo, no conforto, na consideração, cercado de médicos que o tratam, que lhe dão toda espécie de remédios para enfrentar a doença e o infortúnio de todos os modos possíveis. Porém ele, para obter a absolvição, precisa restituir aquilo tudo, porque é roubado. E, devolvendo aos legítimos proprietários, terá que morrer num catre de uma Santa Casa de Misericórdia…
O mais árduo é o seguinte: se ele soubesse que irá morrer logo com toda certeza, a questão não era duvidosa: “Eu vou morrer daqui a um mês. É melhor eu passar um mês na Santa Casa de Misericórdia, na seção dos indigentes e ir para o Céu, do que ficar a vida inteira no inferno”… Mas, o médico não disse assim categoricamente para ele: “é presumível que você dentro de um mês morra; essa doença é muito peculiar, quem sabe você será curado…”
E fica ele posto nessa situação: “Como é agora? A morte se aproxima de mim; pode ser que eu morra. Mas se eu restituir aquilo que devo, levarei uma vida miserável. Eu francamente não tenho coragem. Depois, todo mundo me perguntará: Fulano, o que você fez de sua fortuna? Você está deitado nessa cama aqui, não sai! Como você gastou sua fortuna? Você jogou? – Não, roubei. E restitui o que eu roubei…” Depois, aquela vergonha de ver o status social que se quebra, as relações que mudam…
Depois, de repente, chega na Santa Casa e sara mesmo. Terá que pedir um emprego na empresa da qual foi diretor… será um simples empregado do novo diretor, e já conhece todo o “métier”, porque ele mesmo dirigiu seu empregado durante muitos anos. Então, há em seu interior uma batalha em que a alma generosa deve dizer: “Não! mas eu vou. Eu roubei, não tenho direito de fazer isso, é preciso restituir esse dinheiro, eu não quero ficar com nada roubado, e ainda que tenha que enfrentar toda a miséria, todo o desconforto, toda a desconsideração, tudo é melhor do que o dinheiro roubado!”
É o que a Igreja exige. Mas, onde está a força de alma para tomar uma atitude dessa?
Então, ao mesmo tempo que a Igreja impõe implacavelmente o dever, Ela se debruça sobre esse filho hesitante, fraco. E cheia de pena do sacrifício que Ela mesma exige, Ela vai de encontro a ele e lhe diz: “Você tem um padroeiro…” E isso eu considero um mimo de atendimento materno, de socorro etc., e que é o anti-calvinismo. É aquele equilíbrio que a Igreja tem, que é uma expressão de Sua santidade e, portanto, de Sua divindade, porque uma Igreja não divina não pode levar a santidade a esse ponto – esse equilíbrio excede o equilíbrio que nós, pobres homens, possamos exercer.
Ela não tem uma pena falsa: “Coitado, vamos deixá-lo morrer sossegado. Olhe, não precisa restituir…” Mas também não diz: “Ladrão ordinário, miserável, mesmo dentro dessa graça que você tem, você não se arrepende? Cachorro! agora sofra e gema, porque é o próprio aos ladrões!”
Não, Ela diz:
“Meu filho, você está sofrendo. Você é filho. Eu tenho pena de você, reze para São Dimas. Olhe como ele foi miserável. Olhe como é parecido com você. A oração dele, entretanto, foi atendida. Reze para ele obter para você uma transformação dessas suas miseráveis condições de alma. E você ainda subirá para o Céu”.
Quer dizer, há uma abertura, uma gentileza, uma bondade, uma exorabilidade que faz simetria com a divina intransigência e que nos faz compreender as duas faces da Igreja, os dois aspectos que dão a Ela essa perfeição e que notamos sempre em tudo quanto é católico.
Há uma espécie de antítese permanente e harmoniosa de virtudes que pareceriam contradizer-se, mas nunca se contradizem, porque oposição existe entre virtude e vício, entre o bem e o mal. Não existe entre virtude e virtude, entre vício e vício. No fundo, de um lado e de outro as virtudes são todas homogêneas; e os males podem ter choques aparentes, no fundo formam um nó de serpente.
Os senhores compreendem que para um pobre coitado agonizante que ouve falar que São Dimas à última hora obteve o perdão, vai arrastando sua agonia, mas em certo momento, pensa: “Até a última hora São Dimas me obterá forças, me obterá forças!” E em certo momento, quando menos espera, ele chama um sacerdote e diz: ‘Padre, mande me preparar, por favor, uma escritura pública em que eu restituo assim, ou dou assim etc. etc. Eu quero morrer tranquilo”. E se ele sarar, irá tranquilo para a pobreza, porque Nossa Senhora dá forças e graças para tudo!
Exatamente esse é o grande ensinamento que temos aqui nesse texto: a misericórdia extrema da Providência por Nossa Senhora, que é o canal de todas as graças, a misericórdia da Providência nos estados de alma mais difíceis, mais encrencados, diante dos quais, entretanto, a gente absolutamente nunca deve desanimar.
Fica-se espantado de quanta coisa a Igreja colocou sob o patrocínio de São Dimas: é toda uma ladainha de miseráveis. Mas os senhores considerem que bonito: ele é patrono dos condenados à morte. Ele é considerado patrono dos infelizes cujos negócios são desonestos, que não sabem como restituir o que usurparam e não querem morrer nesse estado – acabo de comentar -;  [patrono] dos grandes pecadores, dos filhos pródigos…
Quer dizer, tudo quanto é grande pecador, que fez coisas péssimas, pode olhar para São Dimas e dizer: “Vós que fostes tão ruim como eu, ou talvez pior do que eu, obtende-me a misericórdia que obtivestes para vós. Porque vós sabeis bem o que é ser canalha. Vós tendes a perfeita experiência do crápula. Vós sabeis bem qual é o atoleiro em que fica uma pobre alma na qual há um fundo de luz, que ainda é uma esperança, mas que em todo o resto é ruim. Tende pena de mim e tomai-me sob vosso patrocínio. Eu confio que me seja dado o que a vós foi dado também, e que na hora de minha morte eu ouça meu Anjo da Guarda me dizer as palavras que Nosso Senhor Jesus Cristo vos disse: Hoje estarás comigo no Paraíso!”
Continua a “ladainha”: é patrono também dos filhos pródigos, dos que abandonam a casa paterna, dos que fogem, dos que dilapidam, dos que são ingratos. São Dimas os acompanha, São Dimas os auxilia.
Depois, patrono das almas que desanimam porque seus empreendimentos vão mal, ou porque pecaram, ou porque são perseguidas…
Quanta gente há que desanima porque os empreendimentos da vida espiritual vão mal. Vida espiritual “encalhada” – que é um ritornello [repetição] perpétuo -, a pessoa não sai do lugar, não progride… Peça a São Dimas, porque tudo quanto é encrenca é com ele; tudo quanto é solução de situação sem saída é com ele. Então, peça a São Dimas, porque ele se encontrou numa situação sem saída e na hora da morte. Não tinha mais saída mesmo…
Os senhores precisam começar por compreender que naquele tempo não havia confissão e que um criminoso, portanto, nem podia ter a esperança que qualquer um de nós tem de um padre dar a absolvição. Havia o arrependimento. Mas até que ponto o arrependimento é sincero? Até que ponto é por puro medo do pecado? até que ponto é por puro amor de Deus? Em que aflições se pode atolar uma alma dessas na hora de morrer! Está bem, mas ali está São Dimas para rezar!
E as almas que estão desanimadas porque são perseguidas, São Dimas livra da impenitência final. Se alguém tem medo de morrer sem se arrepender dos pecados, é rezar frequentemente para São Dimas.
Por que isso? Isso não é só analogia de situações. Esta última realmente convida o santo a proteger um outro que se encontra no mesmo apuro.
Imaginem um rapaz que morre e vai para o Céu e vê alguém que passa pelos mesmos apuros pelos quais passou aqui na terra. Não teria ele uma vontade especial de ajudar o outro? É evidente. Então, São Dimas tem uma vontade especial de ajudar os que estão em uma situação semelhante à dele.
Mas não é só isso. Nosso Senhor o escolheu como símbolo de Sua misericórdia. No momento em que expirou, além de dar todo o Seu sangue, Sua vida, sofrer tudo quanto quis sofrer, Ele quis também dar uma prova de como Seu perdão chega até situações extremas. E então fez com que na última hora Ele realizasse a primeira canonização… E daquele que tinha sido um canalha, convertido de um momento para outro, depois de toda espécie de ingratidões. Como quem dissesse o seguinte: Se vós esperardes numa misericórdia que desafia completamente a vossa capacidade de computar e que vai completamente além do que se possa imaginar, se vós esperardes nessa misericórdia, vossa alma será salva!
Então é isso que devemos pedir: se São Dimas foi dado como símbolo da misericórdia para todos os tempos, que ele sirva de estímulo para nossa pobre alma também. É isso que a São Dimas nós devemos rogar.
Nossa Senhora rezou por ele e ele foi convertido. Quer dizer, nenhuma graça vem sem ser por intercessão de Maria. São Dimas estava pregado na cruz do lado onde Nossa Senhora se encontrava de pé. Procurando estar sempre do lado onde está Nossa Senhora, todas as coisas nos correrão bem. No fim, tudo termina nisso: “Mater misericordiae, vita, dulcedo et spes nostra, salve – Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve”. É o grande ponto!

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