A D V E R T Ê N C I A
Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:
“Católico apostólico romano, o autor deste texto se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.
As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.
Oração para recitação particular, ditada em Ubatuba (São Paulo), a 29 de outubro de 1993, a pedido de um dos sócios-fundadores da TFP brasileira que desejava rezar diante do trono de Carlos Magno, em Aachen (Alemanha). Recebemos o texto com algumas lacunas de transcrição, mas que não alteram o sentido da idéia expressa. Sem embargo do que acrescentamos entre parênteses uma ou outra palavra para facilitar a intelecção dos leitores. Conservamos a disposição do referido texto como a recebemos também. Matéria sem revisão do Autor.
Prece dos fracos chamados
a grandes feitos
dirigida
a
Carlos o Grande, Carlos o forte, Carlos o vencedor
o qual
recebeu
de Maria
a luz que o tornou sábio
a coragem que o tornou herói
a força que o tornou invencível até mesmo contra os Fortes.
Ó Carlos grande e glorioso por todos os séculos
cuja grandeza nem sequer as calúnias difundidas pela Revolução gnóstica e igualitária
conseguiram empanar:
atendei nossa prece.
Lembrai-vos de que quando, no início deste século (XX), a Revolução triunfante proclamava definitiva a vitória de seus dogmas ímpios, de seus progressos mentirosos e dos seus costumes corruptos,
quase ninguém ousava sobre a face da terra
trabalhar e lutar para que (…) Satanás (suas pompas e suas obras) ruísse por terra
libertando do seu jugo os justos que,
afinal vitoriosos, proclamassem sobre a terra a abertura de mais uma época carolíngia.
Mais. Muito mais do que isto,
a vitória do Reino de Maria.
Eles eram fracos, escarnecidos, menosprezados, esses lutadores que pareciam insensatos e votados a todas as derrotas e a todos os menosprezos.
Esse pequeno punhado de jovens cujo coração transbordava de Fé e de devoção
ao Sagrado Coração de Jesus, ao Coração Imaculado de Maria, à Santa Igreja Católica
e de admiração a vós, ó Carlos o Grande, o admirado das nações. Esse punhado era objeto do desprezo que só se tem aos “campeões da insensatez”.
Se esse punhado de heróis conseguisse algum dia transformar-se em um punhado de grupos – pensavam os filhos das trevas – já este simples e pequeno êxito parecia exceder os limites
de uma elementar verossimilhança.
Escoavam-se lentos e monótonos os dias
insípidos e pouco eficientes os anos.
Mas hoje em dia desse punhado de heróis se fez um punhado de grupos e estes se multiplicam em TFPs e Bureaux-TFPs, palpitantes de entusiasmo nos cinco continentes. (…) É bem verdade que nosso nome se tornou conhecido em toda terra, mas muito mais porque o repete sem fim a maledicência. (…)
Enquanto crescíamos, organizações semelhantes às nossas foram desaparecendo, e hoje, nesta terra devastada e sem honra, quase só nós nos devotamos à nobre e específica vocação de sermos um grupo de lutadores especificamente católicos
especificamente consagrados à luta contra-revolucionária e anticomunista.
Nós nos voltamos pois a vós, Carlos o glorioso, filho da Igreja, servidor fidelíssimo do Papado, e vos agradecemos a verdadeira aurora de luz que (…) vem fazendo nascer na terra.
Mas nós vos pedimos que, como sublime intercessor de todos os que são tão poucos, tão pequenos, e incumbidos de tamanho combate, multiplicai em torno de nós as almas tocadas pela mesma vocação,
que vós lhes aumenteis o número e sobretudo as forças. Em favor deles como nosso obtende principalmente que a Virgem multiplique nos corações deles o amor,
pois, atendidas estas preces virá à terra o Reino de Maria.
Parece-nos ouvir que em todos os coros celestes e nos corações de todos os justos na terra um brado que se levanta, cada vez mais repassado de amor,
de um amor que para a glória de Maria quer tudo, já e para sempre.
Que neste coro vossa voz, forte e harmoniosa como a de um Serafim,
suplique em nosso nome
a Maria, a Onipotência suplicante
“Emitte spiritum et renovabis faciem terrae”.
Regina Cordium, vincit
Regnat
Imperat.