O Rosário meditado por Plinio Corrêa de Oliveira

Sem data, mas final da década de 60

 

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A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de ditado feito pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério tradicional da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.

As artísticas pinturas são de autoria do Sr. José Roberto Dias Tavares, a quem agradecemos – reconhecidos – pela primorosa realização, que só pode ajudar na recitação do Santo Rosário.

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Mistérios Gozosos do Sacratíssimo Rosário

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Primeiro Mistério Gozoso: Anunciação a Maria

Peço ao Sapiencial e Imaculado Coração de Maria que destrua em minha alma as tristezas más, as depressões nervosas e as desconfianças infundadas, pelos méritos das alegrias que Ela teve na Anunciação.

 

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Segundo Mistério Gozoso: Visitação de Nossa Senhora a sua prima Isabel

Peço a Nossa Senhora do Bom Conselho que me fale à alma e me faça estremecer de júbilo e de devoção ao ouvir o chamado dEla, como São João Batista ao ouvir Sua voz.

 

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Terceiro Mistério Gozoso: Nascimento de Jesus

Peço a Maria Santíssima que me conceda o enlevo, a serenidade e a fortaleza que emanam do santo mistério do Natal.

 

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Quarto Mistério Gozoso: Apresentação do Menino Jesus no Templo

Peço a Nossa Senhora das Sete Dores que me conceda uma alma sem timidez, toda de fogo, para ser, em união com seu Imaculado Coração, com a Santa Igreja e com a Contra-Revolução, um verdadeiro discípulo do Divino Mestre, Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

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Quinto Mistério Gozoso: Perda e encontro do Menino Jesus no Templo

Peço a Nossa Senhora fidelidade, confiança e força nas múltiplas perplexidades de que minha alma está cheia.

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Mistérios Dolorosos

Sugestão: Quando rezarem os mistérios Dolorosos, em que Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu por nós, peçam a Ele que dê a virtude da Fortaleza, do amor à luta, à cruz, ao sofrimento. A cruz de muitos de nós se chama luta – dentro da lei de Deus e dos homens. É preciso ter este amor. E pedir sempre por meio de Nossa Senhora porque sem Ela, a nossa oração não chega a Nosso Senhor.

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Primeiro Mistério Doloroso: Agonia de Jesus no Horto

Peço a Nossa Senhora que me conceda uma alma capaz de amar o sofrimento e de sofrer por Ela, pela Santa Igreja e pela Contra-Revolução, em união com a Agonia infinitamente preciosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. E que pelos méritos de Sua Agonia, perdoe a nossa preguiça e nos faça homens fortes.

 

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Segundo Mistério Doloroso: Flagelação de Jesus

Quando os sofrimentos se abaterem sobre mim como açoite, suplico a Nossa Senhora que me comunique a força invencível, a serenidade inabalável e uma gota pelo menos da infinita dignidade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Meditar em Nosso Senhor amarrado na coluna, flagelado de todos os modos, de pé sempre, nunca chorando, nunca pedindo para parar, bondoso, mas digno e elevado como um Rei: é o modelo para nos dar coragem de lutar. Pedir a Ele que, pelo mérito de todas as pancadas que recebeu, cure a nossa preguiça.

 

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Terceiro Mistério Doloroso: Coroação de Espinhos

Quando rirem de mim, me desprezarem e me evitarem, sobretudo por minha pertencença à Contra-Revolução, suplico a Nossa Senhora que me conceda a convicção da inteira sem-razão de ser de todas essas perseguições e uma fé inabalável e altaneira na santidade de Vossa Causa à qual me consagrei.

Meditar em Nosso Senhor com a cana de cretino na mão, tratado como um bobo, mas digno como um imperador. Por quê? Porque Ele não tinha respeito humano, não se incomodava com a opinião dos outros. Ele sabia que era o Verbo de Deus Encarnado e que a opinião de todos os outros não valia nada para Ele. E sabia que, tratado como um bobo, porém permanecendo sério e sublime, o resultado seria que quando começasse a expansão do Evangelho em todo o mundo, ouvindo falar da flagelação, não haveria rei que não tivesse vontade de ir de joelhos até Ele e de Lhe oscular os pés; não haveria sábio que não pedisse uma fagulha da sabedoria que Aquele aparente bobo tinha, mas que enfrentou a opinião pública toda para isso. Se é para avançar com o povo fiel, aí está minha coroa de espinhos, aí está minha cana de cretino!

 

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Quarto Mistério Doloroso: Jesus carregando a cruz no caminho do Calvário

Nem um passo para trás, nem para o lado, determinação inabalável de prosseguir o caminho, ainda mesmo quando prostrado três vezes sob o peso da Cruz. Ó Mãe Dolorosa, fazei minha alma semelhante à de Vosso Divino Filho e à Vossa.

Herói invencível, Ele estava todo chagado, todo machucado, com a coroa de espinhos na cabeça, e foi carregando a Sua Cruz pesadíssima ao longo do caminho. Três vezes as forças faltaram, em nenhuma vez Ele empurrou a Cruz de lado. Entretanto, pelo contrário, Ele respirou um pouco e mobilizou um resto de força que havia e continuou para a frente.

Ele poderia ter dito aos carrascos: “Vocês não têm pena de mim? Vocês não veem que Eu não aguento? Soltem-Me ou matem-Me?”. Ele não pediu nem a morte nem a liberdade. Mas estava agarrado à Cruz que era o Seu tesouro… e o foi levando. Imaginem a terceira vez que caiu… Ele ainda tinha uma montanha para subir que era o Calvário e com aquela Cruz subindo!

Ele manteve uma luta durante esse tempo com o Cirineu, porque este não estava de boa vontade, não queria ajudar, estava resmungão. Nosso Salvador, muito mais que ajudar o Cirineu a carregar a Cruz, deveria salvar a alma daquele habitante de Cirene, e durante todo o tempo foi lutando com a alma dele para tocá-lo e para convertê-lo.

Pedir por meio de Nossa Senhora a Ele: “Meu Senhor, ainda que eu caia debaixo do peso da Cruz, não permitais que me separe dela. Dai-me a graça de me levantar cada vez novamente e de levar minha cruz ao alto do meu calvário para Vos imitar, ó meu Divino Senhor”.

 

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Quinto Mistério Doloroso: Crucifixão e morte de Jesus

Nosso Senhor Jesus Cristo levou a Cruz até o alto do Calvário. Afinal Ele vai se deitar. Mas onde? Na Cruz. E o que vão fazer aí? Traspassar Seus pés e Suas mãos com cravos! Podem imaginar a dor? Só isso – na nossa época de anestesia – só isso poria um homem louco, ia para o psiquiatra diretamente. Mas Nosso Senhor divinamente lúcido, deitado aí…

Levantam a Cruz e Ele fica pendurado de maneira tal que os pregos iam rasgando as mãos e os pés. Se Ele se apoiasse para se sustentar um pouco para defender as mãos, os pés sofriam horrivelmente; se, pelo contrário, soltasse as mãos, os pés sofriam horrivelmente. E fica como um pêndulo entre esses tormentos, entre Suas Mãos Divinas – tão admiráveis no ensinar, no curar, no dirigir – e Seus Pés Divinos, apostólicos no ir percorrendo as vias…

A vítima expiatória levou às últimas consequências sua Missão, tendo-a aceito, cumpriu tudo até o fim. Aos pés dEle estava Maria Santíssima, que quis tudo isso, mais uma vez, para nos salvar.

Concedei-me, ó Santa Maria, a graça de levar até às últimas consequências a vocação que me concedestes, aceitando todos os sofrimentos que ela importe. Fazei com que ir de encontro a esses sofrimentos e amá-los até o fim seja o meu ideal.

Fraco, incapaz, carregado de maus hábitos, como poderei fazer isto sem um auxílio sobrenatural?

Que este auxílio me venha do Sangue inocente do Cordeiro Divino e de vossas Lágrimas puríssimas e indizivelmente preciosas, ó Maria!

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Mistérios Gloriosos

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Primeiro Mistério Glorioso: Ressurreição de Jesus

Ressurge o Redentor, o bem triunfa do mal, todo o Universo se alegra. Fazei, ó minha Mãe, que minha alma estremeça de júbilo e devoção na antevisão de vosso Reino.

 

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Segundo Mistério Glorioso: Ascensão de Jesus ao Céu

Sobe ao Céu o Justo, cercado de uma glória infinita. Que eu deseje assim, ó minha Mãe, que se elevem sobre todas as coisas, em uma vitória fulgurante, a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana e a Contra-Revolução que existe para o serviço dEla.

 

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Terceiro Mistério Glorioso: Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos

Os Apóstolos tíbios, de vistas curtas, medrosos, se transformaram em um momento. Tendo rezado por vosso intermédio – ó Maria! – no Cenáculo, as línguas de fogo desceram sobre eles e os transformaram em um instante.

 

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Quarto Mistério Glorioso: Assunção de Maria

Vossa pureza, vossa Fé, vossa fortaleza encontram, por fim, o prêmio merecido. Fazei-me puro, cheio de Fé e forte para lutar convosco na terra, em união com a Contra-Revolução e com esta vencer a Revolução gnóstica e igualitária de modo a contemplar-Vos eternamente no Céu.

 

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Quinto Mistério Glorioso: Coroação de Maria no Céu

Do alto da glória de onde reinais, sede para mim Mãe de Misericórdia, apoiando-me em todas as minhas defecções, reerguendo-me em todas as quedas, perdoando-me em todas as faltas e amando-me em todos os instantes, de maneira que em tudo Vos ame, ó Rainha Santa, que deveis ser o enlevo de toda minha vida.

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