Catolicismo, N° 465, Setembro de 1989, pág. 34 (www.catolicismo.com.br)
Desagravo à Padroeira de Portugal
LISBOA — Uma impressionante explosão de ódio à devoção mariana ocorreu em junho último, quando um indivíduo, induzido por agentes protestantes, invadiu a tradicional igreja de Vila Viçosa e jogou ao chão a imagem de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal.
O fato, que se insere numa onda de atentados blasfemos em nossos dias, suscitou a mais viva repulsa dos católicos portugueses.
Depois de restaurada em Lisboa, a imagem retornou solenemente à Vila Viçosa, conduzida em cortejo de automóveis. Além das irmandades das Regias Confrarias Concepcionistas, dos oficiais e dos Escravos de Nossa Senhora da Conceição, numeroso público participou da festiva procissão de desagravo à Mãe de Deus, que percorreu as ruas da cidade, especialmente engalanadas para o ato.
Associando-se à iniciativa, o Centro Cultural Reconquista—TFP fez-se representar por seus jovens cooperadores, que desfilaram portando seus estandartes rubros nos quais figura, além do leão rompante, a Cruz de Cristo.
Vila Viçosa está particularmente vinculada à devoção à Virgem da Conceição Imaculada e às mais belas páginas da história lusa. Foi ali, em 1640, logo após a Restauração da Coroa portuguesa sob a égide dos Bragança, que o Rei Dom João IV fez celebrar solenemente a festa de 8 de dezembro, agradecendo a proteção recebida nas lutas que antecederam sua ascensão ao trono. Posteriormente, o monarca consagrou todo o seu Reino, incluindo o Brasil e demais colônias, a Nossa Senhora da Conceição, oferecendo-Lhe filialmente sua própria coroa, que ele e seus sucessores a partir de então deixaram de usar.