“Santo do Dia” de 26 de maio de 1972
A D V E R T Ê N C I A
O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, e não foi revisto pelo autor.
Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:
“Católico apostólico romano, o autor deste texto se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.
As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.
No Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem (**), São Luís Maria Grignion de Montfort afirma que devemos fazer todas as coisas “com Maria, em Maria e por Maria”. Eis os comentários que a respeito fez o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira no “Santo do Dia” de 26/5/1972. O trecho introdutório, em itálico, é do autor do Tratado.
* * *
”É mister fazer todas as ações com Maria, isto é, em todas ações olhar Maria como modelo acabado de todas as virtudes e perfeições que o Espírito Santo formou numa pura criatura, e imitá-lo na medida de nossa capacidade. Cumpre, portanto, que em cada ação consideremos como Maria fez ou faria se estivesse em nosso lugar. Devemos por isso examinar e meditar as grandes virtudes que Ela praticou durante a vida, especialmente:
”1º)Sua fé viva pela qual creu fiel e constantemente até o pé da cruz sobre o calvário; 2º) Sua humildade profunda que A levou a esconder-se e calar-se e submeter-se a tudo, e a colocar-se em último lugar, 3º) Sua pureza divinal que jamais teve nem terá semelhante sob o céu e, por fim, todas as outras virtudes.
”Lembrai-vos, repito em uma segunda vez, que Maria é o grande e único molde de Deus, próprio para fazer imagens vivas de Deus, com pouca despesa e com pouco tempo. E que uma alma que encontrou este molde e que nele se perde, fica em breve inundada em Jesus Cristo aí representado ao natural.”
São Luís Grignion de Montfort coloca o “Tratado” aos pés de Nossa Senhora (conjunto escultural na igreja dos Montfortanos em Roma)
* Fazer as ações com Maria é essencialmente ter Maria como modelo
O pensamento de fazer as ações com Maria é essencialmente ter Maria como modelo. Por que ter Maria como modelo é fazer as ações com Maria? Por que a palavra “com” se aplica aí?
Aplica-se por causa da idéia do molde, que ele desenvolve no Tratado da Verdadeira Devoção. Ele mostra a diferença entre um estatuário esculpir uma estátua e uma pessoa fazer uma estátua com um molde: num molde de ferro, de metal ou de madeira o trabalho é muito mais simples, é só adaptar gesso ali, deixar que seque e sai a figura que se quer obter. Enquanto que o trabalho do escultor – do estatuário que faz com formão e martelo a sua estátua – é um trabalho muito maior, muito mais arriscado; às vezes parte um pedaço do mármore, acontece uma coisa e outra; enquanto que fazendo no molde é rápido, é barato e é seguro porque é certo que a figura assim modelada sai parecida com o original.
É, portanto, como molde, é por meio do molde que nós fazemos essas estátuas. Bem diz ele que Nossa Senhora é o molde de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que Ela é também, para nós, o nosso molde. Quer dizer, se nós nos modelarmos inteiramente conforme Ela, como Ela é o molde de Cristo – nós somos o gesso adaptado àquele molde – nós ficamos parecidos com Nosso Senhor Jesus Cristo. E, então, ter a Ela como modelo é ter a Ela como molde; ter a Ela como molde é fazer tudo com Ela. Este é o sentido de fazer “com Ela”.
* Ter Maria como modelo supõe um tipo de alma que o dia inteiro está a par do que acontece dentro de si mesma
Agora, como é que se tem Maria como modelo? Ele dá alguns elementos para isto.
O primeiro elemento é tê-la em vista em todas as ações que se pratica. O que supõe um hábito de vigilância interior, um hábito de meditação contínua. Quer dizer, se eu, para cada ação que faço, devo ter Nossa Senhora como modelo, eu devo ter muita atenção posta em cada uma das minhas ações. É inevitável. Eu devo ver com clareza como é minha ação e devo saber analisar a minha ação. Ela é de acordo com Nossa Senhora ou não? Então, supõe muita vigilância, muita atenção sobre mim mesmo; supõe que eu tenha um tipo de alma que o dia inteiro está a par do que acontece dentro de si mesma e capaz de formar um juízo sobre o que está fazendo.
Bem, de outro lado supõe que a alma conheça bem Nossa Senhora, tenha idéia de qual é o ideal que deve imitar. Até, numa ordem inteiramente lógica, se deveria dizer a coisa de um modo diferente: primeiro, ter uma idéia clara do ideal que se deve imitar, e, em segundo lugar, saber ver em si mesmo se está de fato imitando aquele ideal.
* Fé, humildade e pureza: virtudes eminentemente contra-revolucionárias
Então, ele indica a imitação das virtudes de Nossa Senhora e, na imitação dessas virtudes, indica três principais: a fé, a humildade e a pureza, três virtudes eminentemente contra-revolucionárias.
A fé é o fundamento de toda virtude, sem ela nenhuma virtude merece verdadeiramente ser chamada virtude. Ela é a raiz de todas as virtudes, o que dá como resultado que quando uma planta não tem a raiz sadia, toda a planta padece, porque todo sistema de nutrição da planta, ou pelo menos grande parte de seu sistema de nutrição, fica prejudicado.
Assim também, a Igreja Católica é o solo. A nossa raiz é a fé com que nossas almas imergem neste solo bendito que é a Igreja Católica.
* A fé é uma confiança em Deus, por onde, nas circunstâncias mais adversas, se está certo de que a bondade de Deus não nos desampara
O solo da Igreja católica é sempre fecundo, o problema é saber se nossa fé é viva, se a raiz de nossa virtude é viva. São Luís Grignion de Montfort toma a palavra fé em dois sentidos. Ele a toma no sentido de crer em tudo que a Igreja ensina, mas também em outro sentido: é uma confiança em Deus por onde, nas circunstâncias mais adversas, se está certo de que a bondade de Deus não nos desampara.
E ele dá então o exemplo supremo no qual Nossa Senhora deu prova da fé em ambos os sentidos da palavra: Nossa Senhora ao pé da cruz, no alto do calvário.
Ela ali tinha, antes de tudo, uma prova para a fé, quer dizer, quanto à crença. Porque é verdadeiramente terrível Ela, Mãe de Deus, sabendo que seu Filho era a vítima inocente por excelência, ver o Filho tratado como um perseguido pela justiça de Deus e dos homens.
* A Paixão: aspecto misterioso da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo
Há um mistério em torno de Nosso Senhor, a partir do momento do Horto das Oliveiras, em que se tem a impressão de que toda a cólera do Pai Celeste, do Padre Eterno, se descarrega sobre Ele, e de que todas as coisas acontecem para fazê-Lo sofrer. É uma seqüência impressionante de tormentos e de dores que Ele atravessa com aquela grandeza, com aquela serenidade, com aquela resolução, com aquela determinação, que vai desde o momento em que começa a suar sangue e a ter pavor, até o momento em que exclama do alto da cruz: “Meu Pai, Meu Pai, por que Me abandonaste?” E depois disso, consumatum est, como quem diz: “A medida foi cheia, Eu bebi o cálice inteiro”.
Nossa Senhora, ou pelas revelações ou a partir do momento do encontro, assiste àquilo tudo e crê sem um minuto de vacilação. Ela crê no que deve crer, quer dizer, que isto que parece uma injustiça pasmosa, é um pasmoso ato de justiça. Que o Filho d’Ela se ofereceu para ser o expiador de todos os pecados do mundo, e que, portanto, a cólera merecida por todos os pecados do mundo se descarrega de fato sobre Ele. E que sublimemente triturado pela cólera divina, Ele está com isto resgatando o mundo. Que isto tem um sentido altíssimo, profundíssimo, e que aí Ele realiza a missão d’Ele, e Ela realiza a missão d’Ela.
Ela crê nisso o tempo inteiro e esta fé A mantém de pé junto à cruz, sem nenhuma vacilação. Mas, de outro lado, Ela tem uma confiança sem limites na bondade de Deus. E Ela sabe que esses tormentos darão numa glória: darão na Ressurreição; darão na Ascensão; darão no Pentecostes; darão na glorificação do nome d’Ele em todas as épocas da História; darão naquele momento supremo de glória que é o fim do mundo, quando toda humanidade de todos os tempos estiver aos pés d’Ele e Ele pronunciar o juízo definitivo em função d’Ele: os que foram d’Ele vão para o Céu, os que não foram dEle vão para o inferno.
Quer dizer, toda esta imensidade de glória Ela sabia que era o prêmio que a bondade divina daria a tanta fidelidade. Ela estava ao pé da cruz, alimentada por essa esperança sublime, portanto na posição que Ela tinha tomado. Esta era Maria.
* Como se põem os problemas de fé para as novas gerações?
Poderia se pôr também para nós o problema: nas horas de aflição, de dor, de trevas, temos esta confiança em Deus? Antes de tudo, cremos com uma fé tão viva? E, em segundo lugar, temos essa confiança na bondade de Deus? Qual é o problema de crer com esta fé tão viva?
Se eu interpreto bem os estados de alma da minha dileta geração-nova – tão majoritária no auditório, que é em grande maioria a ela que me dirijo –, se eu entendo bem os estados de alma de minha cara geração-nova, os problemas de fé não se põem propriamente em termos apologéticos. Não é saber se está provado que Deus existe ou não, quais são as provas apologéticas de que Nosso Senhor Jesus Cristo existiu, de que Ele foi Deus. Tudo isto não nos preocupa tanto.
Mas é quando acontece alguma coisa com que não se contava; alguma coisa que não queríamos e que acontece de um modo que não se imaginava; então ficamos estupefatos: “ah! como é que foi isto?”
* Quem haveria de dizer que os terroristas que tinham metido uma bomba na sede da Martim, abriam ali uma fonte de água viva?
Um pouco como quando explodiu a bomba na sede da Rua Martim Francisco (SP). Eu vi algumas caras que olhavam para isso, depois olhavam para mim como quem diz: “O Sr. que cara faz diante disso? Como é que o Sr. explica essa história aqui? Não vieram os anjos aqui em legião para evitar que essa sede fosse estourada por esta forma? como é esse negócio, o Sr. não tem uma palavra para explicar?”
Eu só teria uma resposta: Credo in unum Deum Patrem omnipotentem, factorem caeli et terrae, visibilium omnium et invisibilium… Nossa Senhora permitiu, está bem.
Eu não tinha idéia do Oratório também, nem de longe. Quem nesta sala, quando viu a sede rachada e aquela espécie de tapona do demônio metida num prédio de tanta significação histórica para nós, e que naquele tempo era, vamos dizer, em boa parte a sede principal do grupo – os srs. se lembram que eu dava meu expediente lá e que nossos escritórios em grande número funcionavam lá, etc. etc. – quem haveria de dizer que os terroristas que tinham metido ali uma bomba, abriam ali uma fonte de água viva? (*).
Mas como nós estamos sob os olhares de Nossa Senhora, as derrotas mais cedo ou mais tarde revertem em glória. É preciso ter confiança, acreditar na bondade d’Ela. E naquilo que é completamente sem sentido, nós fazermos daquilo a seguinte pergunta: “O que desta hecatombe aproveitar?”. Guardar tudo para recomeçar a luta. Quer dizer, era uma imagenzinha escangalhada que, entre outras coisas, ficou. Das coisas que se guardaram da Martim, eu creio que nenhuma estava tão délabrée, tão escangalhada como aquela. Aquela foi levada para lá e foi uma fonte de água viva que ali se abriu.
* Ainda que venham vagalhões que nos dêem a entender que a bondade não existe, nós devemos confiar, com os olhos fechados, que virá o momento em que isto vai se manifestar
É preciso crer em tudo quanto a Igreja ensina. Portanto, em todo o sobrenatural, em toda a bondade de Nossa Senhora. É preciso de outro lado, além de crer nessa bondade, quando vêm vagalhões que nos parecem dar a entender que essa bondade não existe, nós confiarmos, com os olhos fechados, que virá o momento em que isto vai se manifestar para nosso caso concreto nesta vida; vai se manifestar uma grande expressão da bondade d’Ela, e então nós veremos isto chegar.
Esta é a posição de Nossa Senhora diante das circunstâncias difíceis da vida, esta é a posição que Ela nos pede que tomemos, mas olhando para Ela, pensando: “Ela é nossa Mãe e nossa Rainha. Por onde Ela passou nós devemos passar, e se Ela nos deu o exemplo, nós devemos seguir.”
Mas, com uma diferença, com que colossal e imensa diferença, com que fabulosa diferença: é que Nossa Senhora não tem comparação com ninguém, nenhum ente criado tem qualquer forma de comparação possível com Nossa Senhora. Nós podemos tomar o mais rutilante dos Anjos, o santo mais assombroso como virtude, ele não tem nenhuma comparação possível com Nossa Senhora. Um grão de areia e o mais belo dos brilhantes são muito mais próximos um do outro do que o é o mais alto Querubim, ou o mais alto Serafim, ou o mais alto santo e Nossa Senhora.
Ela sabe disso e Ela conhece a nossa fraqueza. E, por causa disto, Ela é Mãe de Misericórdia também num outro sentido: Ela não nos pede apenas sacrifícios de estrangular, aflições de escaldar, mas Ela mesma é nossa consoladora.
* Se nós tivéssemos que passar pelas dores que Nossa Senhora passou, nós nos desintegraríamos
Quer dizer, Ela socorre os que sofrem, lhes diminui as penas, lhes atenua as aflições, intervém a propósito de mil circunstâncias para mostrar que Ela é Mãe; para sorrir e para nos fazer entender que não nos será exigido o que foi exigido d’Ela. Porque se um de nós tivesse que suportar a dor que Ela teve num só dos episódios da Paixão de Nosso Senhor, se desintegraria.
Por exemplo, se nós tivéssemos a ventura de amar Nosso Senhor Jesus Cristo como Ela O amou, e nós passássemos pela cerimônia, pelo ato – uma verdadeira cerimônia – do encontro em que Ela O encontrou daquele modo desfigurado, na Via Sacra, nós literalmente nos desintegraríamos. Ela sabe disso e muito do que Ela sofreu ali foi para que não tivéssemos que sofrer tanto. E é por isto que a Rainha dos Mártires é ao mesmo tempo a Consoladora dos aflitos. Há quase uma contradição entre isso, porque a Rainha dos Mártires deve ensinar os mártires a sofrer, e a Rainha dos aflitos ajuda os homens a não sofrer, afasta o sofrimento dos homens. Ela é a Consoladora dos aflitos.
Ela muitas vezes nos dá forças para suportar uma aflição, outras vezes Ela afasta de nós essa aflição. Quantas e quantas e quantas vezes!
Então, aos pés de Nossa Senhora nós saberemos apresentar as aflições que não suportamos e dizer a Ela: “Minha Mãe, vede a minha fraqueza. Se Vós não me dais forças excepcionais, eu não agüento, apressai-Vos em me socorrer”.
Ou até dizer outra coisa: “Minha Mãe, eu não tenho nem coragem de Vos pedir forças excepcionais, mas eu Vos peço um sorriso para minha fraqueza, um perdão para minha fraqueza, uma condescendência para com minha fraqueza. Mais adiante talvez eu agüente alguma coisa de parecido com isto. Se eu não agüentar, perdoai-me e levai-me para o Céu assim mesmo, porque Vós sois Mãe de toda misericórdia”. Esta é a posição que a fé nos ensina que devemos tomar.
Aí está a referência a Nossa Senhora como modelo de fé, considerada em função das aflições de nossa vida particular.
* A humildade é o compreender que se deve atribuir a Deus tudo quanto se tem
Nós poderíamos falar da humildade de Nossa Senhora. Bem entendido, não é uma humildade sentimental e adocicada de pessoa que nega tudo quanto Deus pôs nela e toda sua própria grandeza. Vê-se isso no Magnificat, quando Ela diz que “bem aventurada A chamarão todas as gerações”.
Onde está a humildade d’Ela? É em compreender que Ela deve atribuir a Deus tudo quanto Ela tem; isto sim é humildade. Também, não querer ser mais do que Ela é.
Alguém dirá: “Mas Dr. Plinio, se Ela era tudo, como não querer ser mais do que é?”. Há abismos de miséria no homem. Não havia n’Ela porque era concebida sem pecado original. Muitas vezes, quem é mais tem inveja de quem é menos, porque ele quereria ser o que ele é e ter mais do que o outro tem.
Então, o sujeito é, digamos, um grande violinista, mas vê um outro que assobia bem – uma coisa tão inferior – e fica com inveja: “Aquele bandido assobia bem, eu queria saber assobiar também”! Nossa Senhora não tinha inveja dos que eram menos, Ela estava bem na sua posição. Estar na sua posição é a verdadeira humildade.
E por fim, São Luís Grignion de Montfort fala da pureza de Nossa Senhora. Sobre a pureza de Nossa Senhora não há o que dizer. Ela é a Santa Virgem das virgens. Ela é a Virgem Mãe, Virgem antes, durante e depois do parto, Ela é o próprio modelo da pureza, Ela é a fonte da pureza.
* Fazer tudo com Maria é ser contra-revolucionário na perfeição
Se formos cheios de fé, cheios de humildade – quer dizer, de senso hierárquico, de sacralidade que atribui tudo a Deus – e cheios de pureza, nós seremos os contra-revolucionários por excelência, porque esse é o contra-revolucionário.
Então, fazer tudo com Maria é ser contra-revolucionário na perfeição. Se A tomamos como Modelo, fica-nos muito mais fácil. Ela nos ajuda. Rapidamente seremos como Ela, desde que creiamos inteiramente na eficácia da devoção a Ela. Quer dizer, desde que compreendamos que é preciso fazer como diz São Luís Grignion de Montfort: fazer tudo muito unidos a Ela. Se fizermos tudo muito unidos a Ela, tudo obteremos. Se nos custa a obter é porque não estamos bem unidos a Ela. Isso é o que devemos considerar.
Resultado: pedir a Nossa Senhora com todo empenho que Ela nos dê esta vigilância, sobretudo nos dê a compreensão das altíssimas virtudes d’Ela, para fazermos tudo querendo ser perfeitos contra-revolucionários como Ela, que foi o modelo supremo, a fonte, o canal, se quiserem, da Contra-Revolução. Nós nos transformaremos rapidamente.
É o que eu tinha a dizer.
(*) Para uma informação mais detalhada sobre o episódio da explosão de bomba terrorista na sede da TFP da Rua Martim Francisco, SP, e a abertura de oratório público para honrar e reparar a Nossa Senhora da Conceição, sugerimos a leitura do artigo “Dois jovens rezam por você” publicado na “Folha de São Paulo” e na Revista “Catolicismo”
(**) TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM, por São Luís Maria Grignion de Montfort; 19ª edição – Editora Vozes – Petrópolis, 1992.
Esta conferência se insere em um conjunto de comentários sobre o “Tratado” e a devoção a Nossa Senhora, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Sugerimos a nossos visitantes a leitura dos já publicados, a saber:
– São Luís Grignion de Montfort: amplitude do auxílio de Nossa Senhora aos que sabem invocá-La
– Viver em Maria: comentários aos tópicos 262 e 263
– Fazer todas as ações em Maria: comentários ao tópico 261