Como deve ser o trato entre iguais, superiores e inferiores, dos operários aos Príncipes?

Sede do Reino de Maria, 25 de novembro de 1990

A D V E R T Ê N C I A

Gravação de conferência do Prof. Plinio com sócios e cooperadores da TFP, não tendo sido revista pelo autor.

Se Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá Dr. Plinio em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.

 

Se fossem postos em prática os conselhos dados por Dr. Plinio Corrêa de Oliveira em resposta à pergunta acima, como a vida seria um paraíso…! Mas também, do contrário, seria o caso de recordar o dito latino “homo homini lupus – o homem é um lobo para o outro homem” (Plauto [* ca. 250 A.C. + 184 A.C.], Asinária, II, 4, 88).

Atendendo à questão posta por um grupo do setor operário da TFP brasileira (na então sede do Conselho Nacional da entidade, à Rua Maranhão 341, em Higienópolis), o Prof. Plinio proporciona explicações que dão alegria de se viver como um autêntico católico, apostólico, romano, nas mais variadas circunstâncias da vida. Nesta conversa, mais especificamente, a satisfação de se viver em um ambiente de respeito, consideração e harmonia “in signu Crucis”…

Foto ilustrativa: Dr. Plinio conversa com alguns membros da TFP, por volta de 1969-1970, no jardim da sede da entidade em Curitiba (Paraná).

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* Sempre teremos entre nós superiores e inferiores, e devemos amar essa gradação posta por Deus

[Perguntas]

Isso é um tratadinho, não é? Com muito gosto. Mas é preciso ir repetindo cada pergunta.

(Pergunta: O Sr. poderia nos dizer como deve ser o trato de um operário com seus companheiros de trabalho, patrões e superiores; e também no Grupo com seus superiores e outros membros em geral)

Bem, então primeiro junto aos seus companheiros de trabalho. Eu acho que as condições dos companheiros de trabalho são muito diferentes. Quer dizer, existem operários da mesma idade. Naturalmente existem operários de idade muito diferentes.

Depois a própria condição de operário envolve gradações diferentes; de maneira que alguns estão há mais anos na empresa, ganham mais, têm umas certas responsabilidades e outros são mais novos e, portanto, também ganham menos, têm menos responsabilidades etc. De maneira que já no primeiro golpe de vista que se deita sobre a condição de operário se nota o que se nota em todas as condições da terra, quer dizer, uma hierarquia.

Vocês tomem, por exemplo, entre os soldados. Eu já não falo da distinção que há entre o oficial e o soldado, é uma distinção muito marcada. O oficial fez estudos, tem uma carreira letrada etc., etc., e conhece a arte da guerra debaixo do ponto de vista que eu chamaria científico. O soldado não. Ele age a guerra, ele faz a guerra, e por causa disso ele tem uma missão executiva, de executar as ordens recebidas e de, juntamente com os oficiais, mas muitas vezes na frente, tomar a ofensiva, e ter o papel heroico daquele que expõe mais diretamente a sua vida em benefício do país.

Acontece que isso significa uma diferença de gradações, e essa diferença de gradações nós devemos tomá-la muito em consideração em qualquer circunstância que nós nos encontremos.

Nós sempre teremos diante de nós superiores a nós e teremos inferiores em relação a nós, e o papel nosso diante disso é amar essa gradação; amá-la quando nós somos inferiores, amá-la quando nós somos superiores. É preciso a gente saber distinguir as várias situações, e sobretudo compreender por que amar.

* Em tudo quanto Deus criou, Ele estabeleceu gradações: os dotes da garça e os da águia

Tudo quanto Deus fez, todas as criaturas que Deus fez, Ele as fez nobres, boas, belas etc., e foi o pecado original que introduziu no homem, no gênero humano, os defeitos que nós conhecemos. Mas nos homens como nos outros seres Deus estabeleceu gradações também.

Nós vemos, por exemplo, pássaros que são de uma grande beleza, de uma grande distinção, de uma grande elegância, as garças, por exemplo. As garças deslumbram pelo seu modo de voar e pelo domínio que elas têm da arte complicada de se manter, mais pesadas do que o ar, entretanto, tão no alto e fendendo os ares. Comparem o mais eficiente dos aviões com uma garça. Os aviões podem ter suas qualidades. A elegância da garça, [os aviões] não têm…

Deus dispôs que as coisas fossem assim. Deus dispôs que houvesse em toda criação desigualdades. Os senhores tomem, por exemplo, a águia, o voo magnífico da águia já não é o voo da garça. A águia é dominadora, ela vai, quase que se diria que é um avião de carne, sangue e penas. Já a garça é delicada, as qualidades da garça são as qualidades da elegância, da fragilidade e do gosto. As qualidades da águia são do domínio etc. Nós poderíamos passar até amanhã cedo aqui analisando as criaturas que Deus fez e notando as desigualdades que há entre elas.

* Por vontade de Deus, em tudo há desigualdades

Notem bem, para compreender o que vem depois, notem bem isso: por vontade de Deus nada é inteiramente igual. E seria muito longo explicar por que é que Deus quis assim, mas basta notar que Ele quis assim, e que essa é a doutrina da Igreja a respeito da criação.

Acontece que porque nada é inteiramente igual a nada, os senhores tomem até os dedos: os mesmos dedos de nossas mãos são diferentes de uma mão para outra. Nada é igual. O nariz tem duas ventas: não são iguais. Os olhos não são iguais. Nada é igual a nada.

Por causa disso também, dois operários que estão começando a carreira, que estão, portanto, no primeiro degrau da hierarquia da sua fábrica, estão no andar térreo, e que são ambos jovens, são da mesma idade, eles não são iguais um ao outro. Porque se a gente vai analisar a situação, a um Deus deu mais inteligência, a outro Deus deu mais habilidade, a outro Deus deu mais simpatia, a outro Deus deu mais força e mais saúde, mas desiguais são todos.

* Devemos procurar em nossos companheiros aquilo que eles têm de superior, por mínimo que seja, e nisso homenageá-los

À vista dessa desigualdade que nós devemos amar, nós, no primeiro trato que devemos ter com nossos iguais, não consiste em procurar: “Você é igual a eu, eu vou te tratar a pontapés porque eu tenho direito!” Não Sr. “Como você não é igual a mim, e por alguns lados eu sou superior a você e devo me fazer respeitar por você, e por outros lados você é superior a mim, e eu devo te respeitar, nosso trato deve ser um trato respeitoso.

Então, vamos dizer, um operário é mais inteligente que o outro. Eu vou tomar a coisa mais insignificante em que o segundo operário seja mais que o outro. Ele sabe assobiar melhor. Se algum dos senhores assobia muito bem eu presto homenagem ao seu senso artístico, mas devo reconhecer que há formas artísticas muito mais elevadas do que saber assobiar, não é? Mas se um igual a mim sabe assobiar melhor do que eu, eu devo, na hora de tratar com ele, arranjar um modo de tratar por onde ele saiba que eu sei que ele assobia melhor que eu, e que nesse ponto eu presto homenagem a ele.

Quer dizer, devo numa conversa, numa coisa qualquer, saber dizer a ele: “Fulano, eu ouvi dizer que você assobia tão bem. Nós estamos aqui voltando juntos para casa, você não quer assobiar um pouquinho para eu ouvir?” Quando ele assobia bem, digam para ele “fenomenal”, estimulem-no a que ele fique contente, a que ele tenha vontade de assobiar melhor. Não vão logo apontar o defeito: “Não, eu tenho um irmão que assobia muito melhor que você!”. Não, meu irmão é uma coisa, eu sou outro. Eu não assobio como ele, eu não assobio nada. Ele assobia. Viva ele neste ponto. Quer dizer, eu tenho que reconhecer em relação a todo o mundo aquela pitada, aquele pontinho de superioridade que ele tenha, eu devo saber ver e tratar proporcionadamente a isso.

Existe a respeito dos operários um preconceito revolucionário que existe também a respeito, existia no meu tempo de moço, a respeito dos moços não operários, mas nos moços operários como nos moços de qualquer idade. O preconceito era esse: moço ou moço, estão todos começando a vida, tratam-se aos pontapés, tratam-se com brutalidade, tratam-se sem cerimônia, tratam-se sem cortesia. Eu toda vida detestei isso. E com os meus colegas eu queria impor que tivessem para comigo um trato respeitoso. O que eu procurava obter dando a eles um trato respeitoso.

* “Eu sou cerimonioso”

Me lembro que uma vez convidei um colega moço como eu, mocinho, para jantar em casa. Estávamos jantando e tinha uma cesta de pães ao alcance da mão dele e não da minha mão. Eu queria um pedaço de pão. E eu disse de propósito a ele: “Fulano, você quereria me fazer o favor de me passar aquela cesta de pão?” Ele me disse baixinho, porque ele não queria que o resto da família ouvisse o comentário, ele não sabia o que é que a família ia achar do comentário dele.

Ele me disse baixinho: “Você está vendo? É isso que eu estranho em você. Qualquer companheiro me diria: Fulano, me passa o pão. Você não, você me pergunta se eu quereria fazer a você o favor de passar um pão que, em última análise é seu, porque em sua casa tudo é seu. Você me diz passa o pão”.

Eu disse: É, mas pelo que você me passa eu te dei muito melhor do que um pão, uma cortesia, e eu sou cerimonioso.

* O respeito e caridade cristã com que devemos nos tratar mutuamente

Assim também os senhores não devem pensar o seguinte: que porque o operariado é uma classe que ganha menos, é uma classe cujos membros não devem ter educação e respeito uns com os outros. Isso é um erro brutal. Pelo contrário, todo o mundo tem obrigação de ter educação e respeito para com todo o mundo. E por causa disso os senhores todos devem gostar de tratar os outros com respeito, se tratarem com respeito, com gentileza, com amabilidade.

Os senhores talvez não calculem como o trato humano fica mais agradável por causa disso, e como assim deve ser o trato humano!

Mas o peso da Revolução é tão grande que eu tenho impressão de que os senhores mesmos nunca, alguns dos senhores, pelo menos, nunca se puseram claramente o problema diante dos olhos, e se habituam a um trato assim. Então, por exemplo, estão dois operários voltando a pé para casa. Estão juntos, um pensa: “Eu não estou com vontade de falar com ele, ele veio ficar perto de mim, não tenho obrigação de falar com ele, eu vou quieto”.

Pois se ele veio para junto de mim, ele estava querendo uma palavra de minha parte, se ele está querendo uma palavra de minha parte, entre cristãos, entre católicos, isso não se recusa. Ainda que eu não esteja com vontade de conversar com ele, ainda assim ele está me pedindo isto, eu devo dar isto a ele. Se ele me pedisse um pedaço de pão, eu não daria a ele? Ele está me pedindo um pão para o espírito. Quem sabe se ele está aborrecido, quem sabe se ele está preocupado, quem sabe se por causa disso ele quer pensar em outras coisas, quer se distrair um pouco, então está falando comigo.

Alguém objetará: “Bom, mas olha a besteira que ele está dizendo.”

Pode ser, mas coitado, se ele está precisando de uma boa palavra, eu não vou dizer por que ele está dizendo besteira… Depois, será mesmo besteira? Não será megalice minha achar que ele está dizendo besteira? Por que o que ele diz vale muito menos do que eu digo? Coitado. Ele aproximou-se de mim, quer fazer o trajeto dele na minha companhia, vamos conversar.

* Como ser agradável e saber fazer falar

Alguém me dirá: “Mas eu não sei conversar“.

Eu digo: Olhe, isso não é pretexto para ninguém. Porque há um jeito que a gente tem sempre de conversar com outro.

Alguém me dirá: “Mas Dr. Plinio, o Sr. não conhece nossa classe operária de perto, nossa classe é assim, não sabe conversar“.

Eu digo: Sabe. Eu sei fazer falar qualquer operário do mundo. Ele só não falará se for mudo. Os senhores sabem qual é modo? É conversar com ele sobre ele.

Havia um intelectual francês famoso que dizia o seguinte: “Em matéria de visita, é fácil. Quando eu quero que a visita fique, eu falo com o visitante sobre ele; quando eu quero que ele vá embora eu falo com ele sobre mim“.

Pela risada que os senhores deram eu vi que os senhores sentiram tudo que está dentro do que eu estou dizendo, e que não preciso dar nenhuma explicação. Então fale com ele sobre ele: Como vai você? Então, está contente no seu trabalho? Sua senhora vai bem?

Evitem a expressão “sua mulher”. É uma expressão que pode confundir-se com outros sentidos que não se dão a uma esposa, a uma mãe de família. Tanto quanto possam digam “sua senhora vai bem?”.

Ou, se querem ser menos cerimoniosos, que “sua esposa vai bem?”. Ela é esposa dele, ele não pode protestar. “Sua esposa vai bem? Seus filhinhos como estão? Quantos são? Há quanto tempo se casaram? Você é de que parte do Estado de São Paulo? Ah, você é nordestino? De que lugar?”

Quanto menor for o lugar a que ele pertence, tanto mais ele tem para contar a respeito do lugar dele. Vai encher o ouvido dos senhores de coisas que aconteceu no lugar, o prefeito que brigou etc. Pode ser que os senhores fiquem com pressa de chegar em casa, pode ser que os senhores apressem o passo até para abreviar a conversa, mas na hora de despedir os senhores têm uma alma que ficou contente porque os senhores trataram bem.

* Sobretudo entre os do Grupo, temos a obrigação de amarmos o estarmos juntos, de ser sempre amáveis, de ter sempre uma palavra cortês

Se é assim dentre dois operários quaisquer, dois moços que estão começando, tanto mais será entre dois membros do Grupo. Dois membros do Grupo devem estimar-se, devem querer-se de um modo especial, porque foram ambos chamados por Nossa Senhora para estarem juntos. Nossa Senhora nos chamou a todos dos mais variados rincões do Brasil, dos mais variados confins do universo Nossa Senhora nos chamou para estarmos juntos na batalha por Ela. E se nós amamos a Ela, amamos o estarmos juntos, temos gosto de estarmos juntos, e, portanto, de ser sempre amáveis, de ter sempre uma palavra cortês, uma palavra gentil etc., etc., é nossa obrigação.

Os senhores dirão: “Bom, mas ele não faz assim comigo.”

Então é uma razão para eu fazer menos ou fazer mais do que faço? Para fazer mais. Se ele não é amável comigo eu vou ser ainda mais amável com ele, até a hora em que ele entenda o que é amabilidade.

Isso é o trato entre dois operários.

* Toda autoridade legítima vem de Deus, e deve ser respeitada e obedecida ainda quando não mereça

Agora, o que é contramestre ou tem qualquer autoridade na fábrica, por menor que seja essa autoridade, um grau pequeno, a gente deve tratar na proporção da autoridade que ele tem. Por exemplo, não vai tratá-lo como se ele fosse o dono da fábrica. Mas vai tratá-lo tomando em consideração aquela autoridade. Ele tem uma coisa preciosa instituída por Deus entre os homens: o mando. E porque ele manda, nós o respeitamos. Porque toda autoridade legítima vem de Deus. E a autoridade que existe dentro da fábrica é uma autoridade que existe por vontade de Deus, portanto eu vou respeitar.

Alguém dirá: “Mas aquele é um bêbado, é um sem vergonha, é um tirano, não foi posto por Deus“. Deus quis que houvesse homens que mandassem uns nos outros, pois senão o mundo cai na bagunça. Deus não pode querer o caos, a desordem. Ele quer a ordem, logo tem que querer a autoridade. E tem que acontecer nesse vale de lágrimas que às vezes a autoridade abusa, que às vezes a autoridade é sem vergonha, tem que acontecer. Pois bem, apesar disso nós devemos respeitar a autoridade que não merece.

Eu não me lembro se é São Pedro ou São Paulo que numa das Epístolas diz que “o escravo tem que obedecer a seu senhor até mesmo quando o senhor é díscolo”, na linguagem antiga queria dizer não tem caráter. Note que é o escravo, hem? Tem que obedecer ao dono dele ainda quando o dono não presta. Ele só não deve obedecer num ponto: se o dono mandar pecar ele não deve obedecer. Porque “importa mais obedecer a Deus do que aos homens”. Fora disso, obedecer. Mas obedecer de bom grado.

Não é: “iiiiiiiiih! lá vem esse tipo!” Não! Deus o colocou acima de mim, e ainda que seja para que eu me machuque sob o poder dele, eu amarei esse poder que me machuca, porque Deus criou. Não foi Deus que instituiu as coisas entre os homens de maneira que eles têm a possibilidade de ficar doentes? Foi. Está bem, o homem não ama uma doença que Deus lhe manda? Ama. Ele procura curar a doença, mas curar com bom humor, com boa disposição, procura sarar. Se não sarar, Deus é que dispôs, ele recebe de bom grado. Porque assim devem ser as coisas para fazer a vontade de Deus!

E, portanto, se a gente tiver um contramestre ou qualquer outro título que tenha que manda em nós, nós devemos ter uma disposição com ele em que ele sinta o nosso respeito, sinta a nossa consideração, porque assim deve ser.

* “Por isso que sou um contra-revolucionário”

Eu posso dizer o que eu estou dizendo. Por assim dizer, posso falar, como se dizia antigamente – acho que a expressão desapareceu hoje -, de boca cheia. Quer dizer, sem receio de ser contraditado.

Os senhores já me viram tratar com padres, já me viram tratar com esses padres que têm a caridade de vir celebrar Missa aqui para nós. Os senhores nunca me viram tratar a eles como eu trato um outro qualquer. É sempre com uma consideração especial, com uma atenção especial etc., osculando sempre a mão etc. Por quê? Porque são ministros de Deus. Eu não sou ministro de Deus, eu sou um leigo. Eles são padres do Altíssimo, são ministros do Altíssimo. Eu devo reverência a eles, e devo ficar contente quando eu os encontro e tenho ocasião de prestar reverência a eles. Por isso que eu sou um contra-revolucionário.

E assim nós devemos ser.

Os senhores estão vendo que eu, no empenho de falar acertadamente, falei longamente, e que o tempo se esgotou.

Mas falei com gosto, tratei do primeiro ponto, como tratar os iguais; tratei do segundo ponto, como tratar os proximamente superiores; falei do terceiro ponto, como tratar os que nos são muito superiores.

Como na ordem religiosa são muito superiores a nós os padres. Ainda mais os bispos, ainda mais os cardeais, ainda mais o Papa.

Falei com os senhores como devemos tratar os que são superiores a nós na ordem social, portanto os Príncipes, por exemplo. Devemos ter a alegria de os tratar como são.

É um amor à superioridade que começa por uma dedicação daquele que é inferior. E com isso eu em linhas gerais respondi à pergunta que os senhores me fizeram.

Com isso, meus caros, vamos rezar três Ave Marias e nos despedirmos.

Ave Maria… Auxilium Christianorum

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Nota: A respeito do mesmo tema, consulte por exemplo: * Cortesia católica (justiça + humildade + caridade), uma das maravilhas que a Revolução quer eliminar da face da Terra
* Dr. Plinio: “Nunca fui um líder que faltasse com o respeito a um liderado” (entrevista)

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