Periodico “Tradizione, Famiglia, Proprietà”, Roma, março de 1996
Roma – Sublinhando a sua inabalável fidelidade à cátedra de Pedro, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira costumava frequentemente repetir: “Sou todo católico, todo apostólico e ‘totissimo’ romano”.
Entre as muitas comemorações, quiçá, pois, nenhuma mais significativa que o solene pontifical celebrado em seu sufrágio por Sua Eminência o Cardeal Alfons Maria Stickler S.D.B. na histórica igreja de Santo Spirito in Sassia, nas proximidades da imponente cúpula da Basílica de São Pedro, símbolo da Igreja à qual dedicara sua vida. (…)
Cinqüenta dirigentes e sócios das TFPs européias se reuniram na Cidade Eterna com as suas capas e os seus estandartes enlutados [no dia 11-11-1995].
Entre os presentes ao ato estavam o Arcebispo emérito de Lourenço Marques, Mons. Custodio Alvim Pereira, monsenhores da Cúria Romana e cerca de duas dezenas de sacerdotes. Mencionamos o Padre Amalio Valcárcel, penitenciário da Basílica de Santa Maria Maior e ex-secretário da Ordem Dominicana, o Padre Antonio Coccia O.F.M., ex-docente na Pontifícia Faculdade Teológica “San Bonaventura”.
Entre os insignes representantes da nobreza distinguiam-se a Princesa Elvina Pallavicini, o Príncipe Raimondo Orsini, o Príncipe Francesco Massimo Lancelloti, a Princesa Eliane Radziwill, os Marqueses Coda Nunziante, o Conde Gropello, e outros, enquanto o Príncipe Sforza Ruspoli, ausente de Roma, enviou uma coroa de flores. (…)
Presentes com os seus estandartes, além dos representantes das TFPs europeias, membros do Centro Cultural Lepanto, da Associação Famiglia Domani, da Associação Sacrum Imperium. (…)
Digna moldura para o evento um nutrido público de fiéis, religiosos e leigos, provenientes também dos Estados Unidos, da Suécia, da Austrália, Dinamarca, Finlândia, entre outros países.
A parte musical ficou sob os cuidados do Maestro Mons. Pablo Colino, que dirigiu o Coro da Capela Giulia da Basílica de São Pedro.
Encontro
Ato contínuo à cerimônia religiosa, teve lugar um Encontro comemorativo nos prestigiosos salões do Hotel Columbus, em frente à igreja de Santo Spirito in Sassia. Durante a conferência fizeram uso da palavra o prof. Roberto de Mattei, presidente do Centro Cultural Lepanto, o Sr. Giovanni Cantoni, regente nacional de Alleanza Cattolica (…). Encerrou o Encontro o Cardeal Stickler.
“Credo in unam sanctam catholicam et apostolicam ecclesiam. Estas palavras do Credo” – disse o prof. De Mattei – “são certamente as que mais profundamente ecoaram do coração do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. (…). Foi advogado, deputado, professor universitário, escritor, jornalista, presidente da Ação Católica, congregado mariano, terciário carmelitano, inspirador das TFPs difundidas em 26 países de cinco continentes, mas permaneceu sempre o mesmo: antes de tudo católico”.
“Como discípulo de Plinio Corrêa de Oliveira”, concluiu o prof. de Mattei, “renovamos o nosso ato de amor à Igreja, o nosso ato de execração à Revolução anticristã, na certeza alimentada pela promessa de Fátima, que a Revolução será derrotada, que as portas do inferno não prevalecerão”.
O Sr. Giovanni Cantoni afirmou que o prof. Plinio Corrêa de Oliveira representava o ápice do filão da grande cultura hispânica que, com a descoberta de Cristóvão Colombo e com a subsequente evangelização, se transferiu na América de onde, ficando mais imune que outras partes do vírus revolucionário, agora volta à Europa por obra de homens como ele. (…)
Cardeal Stickler: “Imitemos Plinio Corrêa de Oliveira”
Concluindo o Encontro, o Cardeal Stickler quis prestar uma homenagem a Plinio Corrêa de Oliveira. Eis alguns trechos de seu discurso:
“A este respeito posso dizer ‘defunctus actu loquitur’: o defunfo fala ainda. Ele que falou e continua a falar através da sua doutrina, através de seu exemplo, através de suas instituições. E creio que nós podemos agradecê-lo imitando-o, acolhendo antes de tudo as suas doutrinas, empenhando-nos na sua ação, mas sobretudo imitando o seu exemplo. Ele transcorreu a sua vida para levar, através do exemplo, à prática daquelas verdades, daquelas ações que se pedem a um cristão convicto.
“E penso que podemos nos concentrar sobretudo nestes dois pontos: a sua fé inabalável, que deve ser defendida por nós através de nosso exemplo, que dele recebemos. E depois através de uma outra coisa que é mais importante, que para ele era realmente um dos centros da sua vida, da sua doutrina, ou seja, a adesão Àquele que é a pedra sobre a qual está edificada a Igreja que conserva a fé, ou seja o Pontificado Romano, o Papa.
“Devemos agradecê-lo de modo especial por tudo quanto ele fez no decurso de sua existência, prometendo-lhe de ouvir a palavra que ele nos deixa”.