Capítulo XII

 

 

Caráter pacifista e antimilitarista da Revolução

 

 

 

 

 

 

 

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Guarda suíça pontifícia 

O exposto no capítulo anterior nos faz compreender facilmente o caráter pacifista, e portanto antimilitarista da Revolução.

1. A ciência abolirá as guerras, as forças armadas e a polícia

No paraíso técnico da Revolução, a paz tem de ser perpétua. Pois a ciência demonstra que a guerra é um mal. E a técnica consegue evitar todas as causas das guerras.

Daí uma incompatibilidade fundamental entre a Revolução e as forças armadas, que deverão ser inteiramente abolidas. Na República Universal haverá apenas uma polícia, enquanto os progressos da ciência e da técnica não acabarem de eliminar o crime.

2. Incompatibilidade doutrinária entre a Revolução e a farda

A farda, por sua simples presença, afirma implicitamente algumas verdades, um tanto genéricas, sem dúvida, mas de índole certamente contra-revolucionária:

- A existência de valores que são mais que a vida e pelos quais se deve morrer - o que é contrário à mentalidade socialista, toda feita de horror ao risco e à dor, de adoração da segurança, e do supremo apego à vida terrena.

- A existência de uma moral, pois a condição militar é toda ela fundada sobre idéias de honra, de força posta ao serviço do bem e voltada contra o mal, etc. 

3. O “temperamento” da revolução é infenso à vida militar

Por fim, entre a Revolução e o espírito militar há uma antipatia “temperamental”. A Revolução, enquanto não tem todas as rédeas na mão, é verbosa, enredadeira, declamatória. Resolver as coisas diretamente, drasticamente, secamente more militari, desagrada o que poderíamos chamar o atual temperamento da Revolução. “Atual”, frisamos, para aludir a esta no estágio em que se encontra entre nós. Pois nada há de mais despótico e cruel do que a Revolução quando é onipotente: a Rússia dá disto um eloqüente exemplo. Mas ainda aí a divergência subsiste, posto que o espírito militar é coisa bem diferente de espírito de carrasco.

* * *

Analisada assim em seus vários aspectos a utopia revolucionária, damos por concluído o estudo da Revolução.

 

ROMA, no cemitério do Verano, junto à Basilica de São Lourenço, encontra-se o monumento que o Bem-aventurado Pio IX ordenou de erguer em honra aos Zuavos pontifícios (soldados de diversas nações) que deram sua vida em defesa do Papado. Aquele Santo Pontífice quis ser enterrado na Basílica acima mencionada, a fim de que seus restos mortais repousassem o mais próximo possível daqueles heróis da Fé, como homenagem de eterna gratidão. No vídeo acima, o hino pontifício é executado pelo coro e pela fanfarra da TFP norte-americana.

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