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Verba Tua manent in aeternum
Grave erro dos que se deixam guiar pela prudência mundana
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A D V E R T Ê N C I A Transcrevemos abaixo matéria tal qual foi publicada pelo mensário de cultura "Catolicismo", conforme indicado no final da citação. "Catolicismo" utilizava, para isso, traduções provenientes de fontes fidedignas, como o serviço de divulgação da Santa Sé para o português ou então sua equipe redatorial se valia da ediçao do "Osservatore Romano" em francês ou ainda - conforme o documento - proporcionava aos leitores versão baseada na própria "Acta Apostolicae Sedis". A utilidade da leitura dessas "Verdades esquecidas" - com as devidas adaptações - encontra-se ressaltada pelo Prof. Plinio em artigo de "Catolicismo" de abril de 1952: "É necessário que se ponham em foco as máximas que o demônio, o mundo e a carne procuram a todo momento relegar para segundo plano". |
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Da Encíclica "Jucunda Sane" de São Pio X, de 12-3-1904: De onde vedes, Veneráveis Irmãos, quão grave é o erro dos que, pensando prestar dessa maneira grandes serviços à Igreja e trabalhar frutuosamente pela salvação eterna dos homens, se permitem, por uma prudência inteiramente mundana, grandes concessões a uma pretensa ciência, na vã esperança de com isso conquistar mais facilmente a benevolência dos amigos do erro; na realidade expoem-se eles mesmos ao perigo de perder a própria alma. A verdade é una e indivisível; eternamente a mesma, não está submetida aos caprichos dos tempos: “O que Jesus era ontem é hoje e será por todos os séculos” (Hebr. XIII, 8). Enganam-se também, e muito, os que na distribuição pública de socorros, principalmente em favor das classes populares, preocupam-se ao mais alto ponto com as necessidades materiais e passam em silêncio a salvação das almas e os deveres gravíssimos da vida cristã. Por vezes mesmo, não se envergonham eles de cobrir como que com um véu os preceitos mais importantes do Evangelho, temerosos de serem ouvidos com má vontade senão mesmo abandonados. Sem dúvida, quando se tratar de esclarecer homens hostis às nossas instituições e completamente afastados de Deus, a prudência poderá autorizar a não propor a verdade senão gradativamente. “Ao curar as feridas, diz São Gregório, apalpai-as primeiro com mão suave” (Registr. v. 44, 18, ao Bispo João). Mas seria transformar uma habilidade legítima numa espécie de prudência carnal, erigi-la em regra de conduta constante e comum, e seria também fazer pouco caso da graça divina, que não é concedida unicamente ao sacerdócio e a seus ministros, mas favorece a todos os fiéis de Cristo, a fim de que nossos atos e palavras impressionem suas almas ("Catolicismo", nº 43, julho de 1954). |