Verba Tua manent in aeternum

 

 

Voltem todos à Igreja, mas pela via que Jesus Cristo mostrou

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A D V E R T Ê N C I A

Transcrevemos abaixo matéria tal qual foi publicada pelo mensário de cultura "Catolicismo", conforme indicado no final da citação. "Catolicismo" utilizava, para isso, traduções provenientes de fontes fidedignas, como o serviço de divulgação da Santa Sé para o português ou então sua equipe redatorial se valia da ediçao do "Osservatore Romano" em francês ou ainda - conforme o documento - proporcionava aos leitores versão baseada na própria "Acta Apostolicae Sedis". 

A utilidade da leitura dessas "Verdades esquecidas" - com as devidas adaptações - encontra-se ressaltada pelo Prof. Plinio em artigo de "Catolicismo" de abril de 1952: "É necessário que se ponham em foco as máximas que o demônio, o mundo e a carne procuram a todo momento relegar para segundo plano".

Carta "Testem Benevolentiae" de Leão XIII, sobre o Americanismo, ao Card. Gibbons, de 22 de janeiro de 1899: 

As opiniões novas de que falamos repousam, em suma, sobre este princípio: a fim de reconduzir mais facilmente à doutrina católica os que dela estão separados, a Igreja deve adaptar-se melhor à civilização de uma época adulta, e, atenuando seu antigo rigor, deve fazer algumas concessões às tendências e aos princípios recentemente introduzidos entre as nações. E isto se há de entender, segundo pensam vários, não só da regra de vida, mas também das doutrinas em que está contido o depósito da fé.

Com efeito, pretendem eles que é oportuno, para conquistar os corações dos dissidentes, passar sob silêncio certos elementos da doutrina, como sendo de menor importância, ou atenuá-los de tal sorte que não conservem mais o sentido a que a Igreja sempre se ateve.

Não são necessários longos discursos, amado Filho Nosso, para mostrar como um tal sistema deve ser reprovado; basta lembrar qual é a natureza e a origem da doutrina que a Igreja ensina. Eis o que diz a este respeito o Concílio do Vaticano:

A doutrina da fé, que Deus revelou, não é como um sistema filosófico susceptível de ser aperfeiçoado pelo espírito humano; mas como um depósito divino, confiado à Esposa de Cristo para que Ela o guarde fielmente e interprete infalivelmente. (...) O sentido que nossa Santa Madre Igreja declarou uma vez ser o dos dogmas sagrados, deve ser perpetuamente conservado, e jamais é permitido afastar-se dele sob pretexto ou aparência de melhor penetrá-lo em profundidade” (Const. de Fide cath., c. IV).

Não se deve crer tampouco que não haja nenhum pecado no fato desse silêncio pelo qual se omitem deliberadamente e se relegam ao esquecimento certos princípios da doutrina católica. Porque todas essas verdades, quaisquer que sejam, que formam o conjunto da doutrina cristã, têm um só e mesmo autor e doutor, “o Filho Unigênito que está no seio do Pai” (Jo. 1, 18). Que estas verdades estejam adaptadas a todas as épocas e a todas as nações, resulta manifestamente das palavras pelas quais o próprio Cristo Se dirigiu a seus Apóstolos: “Ide, ensinai a todas as nações (...), ensinando-as a guardar tudo o que vos mandei; e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt. 28, 19 ss.). É por isto que o Concílio do Vaticano diz ainda: “É preciso crer de fé divina e católica tudo o que está contido na palavra de Deus escrita ou transmitida, e que a Igreja nos propõe – quer por suas definições solenes, quer por seu magistério ordinário e universal – como devendo ser acreditado qual revelação de Deus” (Const. de Fide cath., c. III).

Abstenham-se todos, pois, de suprimir algo da doutrina que nos vem de Deus ou de algo omitir dela, por qualquer motivo que seja; porque quem ousasse fazê-lo tenderia antes a separar os católicos da Igreja, do que a reconduzir à Igreja os dissidentes. Que estes voltem, nada certamente temos Nós mais a peito – que voltem todos aqueles que se acham fora do redil de Cristo, mas não por outra via que não aquela que o próprio Cristo mostrou ("Catolicismo", nº 188, agosto de 1966).


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