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Verba Tua manent in aeternum
As nações que se afastam das virtudes cristãs atraem sobre si um terrível castigo
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A D V E R T Ê N C I A Transcrevemos abaixo matéria tal qual foi publicada pelo mensário de cultura "Catolicismo", conforme indicado no final da citação. "Catolicismo" utilizava, para isso, traduções provenientes de fontes fidedignas, como o serviço de divulgação da Santa Sé para o português ou então sua equipe redatorial se valia da ediçao do "Osservatore Romano" em francês ou ainda - conforme o documento - proporcionava aos leitores versão baseada na própria "Acta Apostolicae Sedis". A utilidade da leitura dessas "Verdades esquecidas" - com as devidas adaptações - encontra-se ressaltada pelo Prof. Plinio em artigo de "Catolicismo" de abril de 1952: "É necessário que se ponham em foco as máximas que o demônio, o mundo e a carne procuram a todo momento relegar para segundo plano". |
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Da Encíclica "Sapientiae Christianae" de Leão XIII, de 10-1-1890: Da nação dos judeus disse a Sagrada Escritura: “Enquanto não pecaram contra o seu Deus, eram felizes; porque o seu Deus aborrece (odeia) a iniquidade (...); mas quando se desviaram do caminho que Deus lhes tinha mostrado (...) foram dispersos em batalhas por diversas nações” (Judit. 5, 21-22). Ora, a nação judaica era como um esboço do povo cristão e as suas vicissitudes passadas prefiguravam muitas vezes a verdade futura, com esta diferença que a Bondade divina nos avantajou e enriqueceu de muito maiores benefícios, e que por isso mesmo os pecados dos cristãos são agravados com o crime de ingratidão. A Igreja, por si, nunca e de modo nenhum é desamparada de Deus, e portanto nada tem que temer da iniquidade dos homens; mas as nações que vão degenerando da virtude cristã, não podem contar com a mesma segurança. “O pecado faz miseráveis os povos” (Prov. 14, 34). E se todas as idades passadas têm experimentado em si a força e verdade desta sentença, por que não havia de experimentá-la a nossa? Antes muitos indícios nos advertem que o merecido castigo está sobre nossas cabeças, e a mesma condição dos Estados modernos o confirma, pois os mais deles nós os vemos consumidos de males intestinos, mas em segurança perfeita não vemos nenhum. Se as facções dos maus continuarem com audácia no caminho encetado, se, como com suas más artes e piores tensões vão grassando, assim chegarem a crescer em poder e influência, muito é de recear que venham a demolir, pelos fundamentos que a natureza assentou, todo o edifício social. Para evitar perigo tão formidável não bastam os recursos humanos por si sós, mormente porque um grande número de homens, por terem repudiado a fé, estão sofrendo o justo castigo de seu orgulho ao andarem cegos das paixões a procurar em vão a verdade (e encontrar) o erro; ao terem-se em conta de sábios, "quando ao mau chamam bom, e ao bom mau", quando "põem trevas por luz e luz por trevas" (cf. Is. 5, 20) ("Catolicismo", nº 158, fevereiro de 1964). |