"Agência Boa Imprensa - ABIM", 16 de abril de 1992

A atual estrutura brasileira, baseada no regime de propriedade privada, tem atendido satisfatoriamente às necessidades da produção agro-pecuária do País. A supersafra agrícola de mais de 70 milhões de toneladas, aguardada no presente ano, é a comprovação mais recente dessa tese.

Se nossa estrutura agrária permite a obtenção de tal êxito, por que reformá-la ?

A TFP tem posição tomada sobre o assunto desde 1960, quando foi lançado o best-seller REFORMA AGRÁRIA – QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA, do qual fui co-autor, juntamente com dois Bispos e um economista.

Posteriormente essa entidade publicou diversas obras de valor sobre o tema, alertando a opinião pública contra a injustiça e a nocividade dos planos de Reforma Agrária de caráter socialista e confiscatório, que sucessivamente se têm apresentado no Brasil.

Encontra-se a solução para os problemas do campo na assistência técnica, sanitária e educacional, na eliminação dos entraves criados pela burocracia estatal, numa sábia política de créditos aplicada à produção agro-pecuária e outras medidas destituídas de caráter socialista ou socializante.

A Reforma Agrária socialista e confiscatória, inspirada na doutrina marxista, constitui fator de fracasso e de miséria, como o deixaram patente perante o mundo inteiro a derrocada dos regimes comunistas do Leste europeu, e, especialmente a débâcle política, social e econômica da ex-URSS.