Plinio Corrêa de Oliveira

 

O leão: símbolo da legitimidade

 

 

 

 

Auditório São Miguel, Santo do Dia, 7-2-1987, Sábado

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A D V E R T Ê N C I A

Gravação de conferência do Prof. Plinio com sócios e cooperadores da TFP, não tendo sido revista pelo autor.

Se Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras "Revolução" e "Contra-Revolução", são aqui empregadas no sentido que lhes dá Dr. Plinio em seu livro "Revolução e Contra-Revolução", cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de "Catolicismo", em abril de 1959.



 

Eu escolhi o leão porque o leão sempre me lembrou um princípio de que eu sou muito cioso, do qual eu faço muita questão em todos os assuntos: é o princípio da legitimidade. Que o poder, a influência, a sabedoria, a glória, estejam em mãos de quem de direito. Esse seria um modo muito resumido de definir o princípio da legitimidade.

Ora, é evidente que o leão é, entre os animais, o que a rosa é entre as flores. A rosa é naturalmente rainha. Os Srs. põem uma rosa verdadeiramente bonita no meio de qualquer outra espécie de flores, inclusive entre as nossas orquídeas, tantas vezes lindas, a rosa apaga. Está acabado. É ela, não tem conversa.

Os Srs. põem o leão, e todos os outros animais se eclipsam. O elefante é maior, mas que massa bruta, vil. O camelo anda mais, mas ele anda com um passo de escravo carregado, ele não tem a marcha garbosa. O leão marcha e salta, o camelo anda.

Os Srs. tomem a raposa, ela é esperta, mas ela é frágil, quando a esperteza não lhe dá resultado, ela está perdida. Tomem todos os outros animais, eles têm alguma qualidade eminente, mas não têm aquele conjunto de qualidades por onde o leão é o leão.

Olhem para ele... ele é rei. Ele tem o direito de ser rei, ele manda, ele tem a garra do rei, ele tem a pata do rei. Era normal que ele tivesse a cor do rei. O colorido próprio para as coisas régias é o áureo. Um leão de prata, que frustração! Um leão de ouro, que naturalidade.

Azul, o estandarte... a minha hesitação foi entre o azul e o vermelho. Mas não durou nada. Artisticamente falando, o ouro é mais bonito sobre o azul do que sobre o vermelho. A gente considerando um azul bem escolhido e um ouro bem escolhido, a combinação é lindíssima. Mas, o azul como que repousa da vivacidade do ouro. E eu não queria repouso em nosso estandarte; eu queria a luta.

Aí está! Meus caros, vamos encerrar.


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