Plinio Corrêa de Oliveira

 

Palavras de incentivo aos que rezam o Rosário pelo Brasil, contra o comunismo

 

 

 

 

 

Sede do Reino de Maria, Domingo, 25 de março de 1984

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A D V E R T Ê N C I A

Gravação de conferência do Prof. Plinio com sócios e cooperadores da TFP, não tendo sido revista pelo autor.

Se Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras "Revolução" e "Contra-Revolução", são aqui empregadas no sentido que lhes dá Dr. Plinio em seu livro "Revolução e Contra-Revolução", cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de "Catolicismo", em abril de 1959.


Durante encontro com amigos e simpatizantes da TFP que rezavam o terço em vários bairros de São Paulo, um dos presentes pediu ao Prof. Plinio que tratasse sobre o Rosário. Antes de responder a tão louvável pedido, Dr. Plinio não se omitiu de dizer sobre as dificuldades que se deparam no caminho de quem se dedica a Nossa Senhora, a Deus Nosso Senhor.

 

(...uma das “brigadas” anti-TFP nos visitou nesta semana...)

Essas palavras veem muito a propósito, porque é no dia 25 de Março – estamos na festa da Anunciação de Nossa Senhora. Esta festa deve nos estimular muito na devoção a Nossa Senhora, e a devoção a Nossa Senhora, por outro lado, deve nos estimular muita à confiança, e de outro lado à dedicação.

A confiança no sentido de que, se estamos lutando pela causa d´Ela, pela causa da Civilização Cristã contra o comunismo, por certo Ela nos protegerá, e protegendo teremos a vitória, por maiores que sejam os obstáculos que encontremos diante de nós, a vitória virá.

Agora, a dedicação também. O que faz dentro disso a dedicação? É muito raro a gente combater por Nossa Senhora, por Deus Nosso Senhor, e encontrar um caminho fácil diante de nós; o caminho encontra dificuldades, porque Deus quer de nossa parte dedicação; Ele fez tudo por nós, Ele quer que nós façamos um pouco por Ele.

E fazer por alguém, é dedicar-se a alguém. Fazer por Ele, pela Santa Igreja, por Nossa Senhora, pela Causa da Civilização Cristã é dedicar-se. Então, vamos encontrar os tropeços pela frente, gente que não entende, gente que implica, gente que tem birra, gente que calunia! Nós vamos encontrar a calúnia no nosso caminho.

Não seria o caminho de Nosso Senhor Jesus Cristo se a calúnia não estivesse nesse caminho, porque Nosso Senhor Jesus Cristo encontrou a calúnia no caminho d´Ele, larga, insistente, multiplicada! Chegaram a dizer até que Ele tinha parte com o demônio, Ele que esmagou o demônio, chegaram a dizer que ele tinha parte com o demônio, que Ele era glutão, que Ele gostava dos prazeres da vida... Homem, tudo disseram.

Ele venceu a tudo! Agora, se Ele por amor ao Padre Eterno, enfrentou a calúnia, enfrentemos também, assim, portanto, as “brigadas” não nos devem assustar, nós as devemos enfrentar, achando natural que elas venham, de peito aberto! E quando nós ouvirmos alguma coisa, nós devemos responder com a doutrina verdadeira, com clareza.

Se ouvirmos contar algum fato que nos perturbe, nós devemos perguntar quais as provas, quando foi, o que é que é, conte-me por que, apertar na parede. Porque quem está com a verdade não tem medo de discutir, e não tem medo de prova nenhuma. Vamos lá! Vamos ao caso!

É isso meu caro, o que eu tinha que dizer, aos que com tanto contentamento para mim, rezam o terço juntos em Santo André.

(Em vários bairros.)

É verdade, eu sei que são vários bairros, e sei com muito gosto. E aqui ficam para todos as minhas saudações.

(Pediria para o Sr. falar alguma coisa sobre como devemos continuar a reza do terço e o trabalho lá na VC.)

O senhor sabe que a devoção ao Rosário – o terço não é senão uma terça parte do Rosário – e o que se diz do Rosário, diz-se do terço. A devoção ao Rosário foi revelada por Nossa Senhora a São Domingos. São Domingos viveu no século 13, portanto, há muito tempo atrás, mas ele vivia numa região péssima do sul da França, onde uma heresia chamada dos Albigenses se desenvolvia cada vez mais.

E não havia meio através de argumentações e de outros esforços apostólicos de toda ordem, etc., repelir os Albigenses. Mas ele, rezando, também não conseguia resultados, embora ele fosse um grande santo. Em determinado momento ele resolveu violentar o céu, e rezou três dias consecutivos e três noites, num lugar ermo, pedindo a Nossa Senhora para dar uma graça, para esmagar essa heresia dos Albigenses. E depois de tão cansado de tanto rezar, ele caiu desfalecido, era o fracasso, era a derrota, as orações não tinham sido ouvidas. No momento de ele cair desfalecido – Nossa Senhora espera esses momentos – no momento dele cair desfalecido, Nossa Senhora apareceu a ele, e lhe disse: “Domingos, Eu estou aqui e venho revelar-lhe a devoção do Rosário”. E explicou como era o Rosário.

Ele só em ver Nossa Senhora se refez inteiro, e foi para a igreja onde estava todo o povo reunido fez um sermão, e contou o que Nossa Senhora tinha revelado a ele, e expôs a devoção ao Rosário. Era o povo em grande parte herético, o povo se comoveu, tanto mais que quando ele começou a falar os trovões começaram a ribombar pelo céu, e o que ele dizia da cólera de Deus, era sancionado pela magnífica orquestração dos raios!

Então, compreenderam que a coisa era séria, e desta forma começou a devoção ao Rosário na zona e a decadência e a decrepitude da heresia dos Albigenses. Foi Ela que arrasou isso.

Mas todos sempre entenderam, e o grande São Luís Grignion de Montfort, cuja figura os senhores estão vendo ali, pregou de modo especialmente magnífico, sempre entenderam que a devoção ao Rosário vai durar até o fim do mundo, e vai ajudar a todos que, sendo verdadeiros católicos, querem a Fé verdadeira vencendo no mundo.

Nossa Senhora nos fez essa graça, Ela dispôs que continuássemos fiéis à verdadeira e única Fé Católica Apostólica Romana. Rezemos o terço, rezemos o terço, rezemos o terço, e os senhores verão que a vitória será nossa, a questão é a gente rezar o Rosário.

Eu vou lhes dizer uma coisa que resume numa palavra – e eu sou obrigado a resumir porque tenho amigos em cima que vão para o Rio e para Minas Gerais, e que estão com a hora marcada para tratar de assuntos – mas eu estou me deixando arrastar pelo gosto de ficar!

Numa palavra, eu digo isso: a TFP tem 20 e tantos anos de existência. Antes disso, já constituíamos - os senhores sabem disso - o núcleo de apóstolos leigos que já estavam formados, e que pertenciam à TFP. Bem, pela ajuda de Nossa Senhora muito se conseguiu fazer. Mas se nós não tivéssemos devoção ao Rosário não teríamos feito NADA! Nada, nada, de absolutamente NADA!

Os senhores compreendem em que bom caminho estão rezando o Rosário todos os dias. Quando rezarem o Rosário, lembrem-se de mim, e de toda a TFP. Eu os saúdo e manifesto o gosto de os ter visto aqui.

Para todos, Salve Maria!

Nota: Para consultar e ler muitas outras matérias relativas à devoção à Mãe de Deus, clique https://www.pliniocorreadeoliveira.info/mariologia.asp


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