A TFP pergunta

 

 

 

 

Folha de S. Paulo, 31 de julho de 1976, primeiro caderno, pag. 5

A Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição Família e Propriedade divulgou ontem em São Paulo uma nota em que pede esclarecimentos da Cúria Metropolitana a respeito do pensamento de dom Pedro Casaldaliga, bispo de São Félix do Araguaia (MT) e de um pronunciamento da Regional Sul II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A nota, motivada por um comunicado distribuído anteontem em que a Cúria repudiava afirmações da TFP referentes a membros do episcopado, diz o seguinte:

“Em comunicado hoje dado a público e assinado pelo Emmo. Cardeal Arcebispo e pelos oito Srs. Bispos Auxiliares de São Paulo, encontram-se diversas críticas ao estudo difundido pela TFP “A Igreja ante a escalada da ameaça comunista – Apelo aos Bispos Silenciosos” do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

“Nesse estudo ocupam papel de saliência obras de D. Pedro Casaldáliga, Bispo de São Félix do Araguaia (MT), e um pronunciamento da Regional Sul II da CNBB, organismo que congrega os Bispos do Paraná.

“A fim de proporcionar à TFP os elementos necessários para uma elevada e serena tomada de atitude ante a nota das autoridades eclesiásticas paulopolitanas, pede ela aos reverendos signatários desse documento que esclareçam do modo mais expresso e definido:

“1. Se consideram irrepreensíveis do ponto de vista da doutrina católica as poesias e as reflexões de D. Pedro Casaldáliga, citadas naquele estudo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira;

“2. Se consideram irrepreensíveis do ponto de vista da doutrina católica os textos do pronunciamento da Regional Sul II da CNBB, citados no mesmo livro;

“3. Caso julguem que nas  citações mencionadas nos n.°s 1 e 2 acima, haja qualquer coisa de censurável sob o ponto de vista da doutrina católica, queiram o sr. Cardeal Arcebispo e os oito Srs. Bispos Auxiliares de São Paulo dizer o que reputam censurável e porque.

“A TFP manifesta a sua esperança de que não lhe sejam recusadas essas informações, indispensáveis não só para ela como para o público paulista, no qual o estudo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira vem encontrando tão grande saída e tão viva ressonância”.

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