Revista "Catolicismo", n° 294, de junho de 1975 (www.catolicismo.com.br) / "Folha de S. Paulo", 21, 25 e 30 de maio de 1975

A TFP EM LEGÍTIMA DEFESA

1 – Ante uma agressão polêmica apaixonada, proposta de sereno diálogo

ESTÁ CONCLUÍDA em várias de nossas principais cidades do Brasil a difusão da Carta Pastoral Pelo casamento indissolúvel, do grande Bispo de Campos, D. Antonio de Castro Mayer.

O documento, vasado em linguagem clara e serena, se cinge a expor a doutrina católica sobre a importante matéria. Não contém ele qualquer alusão a problemas políticos ou político-sociais contemporâneos.

Numa atuação pública que, segundo a mais límpida evidência dos fatos – pois a presenciaram incontáveis brasileiros de várias de nossas principais cidades – foi invariavelmente pacífica e cortês, a TFP efetuou a venda de 73.399 exemplares dessa Pastoral em 35 dias. Êxito que constitui expressivo sintoma da simpatia dispensada pela maior parte de nossa população, à doutrina antidivorcista contida no documento.

À vista destes fatos seria natural que a campanha fosse cercada de simpatia e consideração, até mesmo dos divorcistas que, coerentes com o espírito liberal, do qual habitualmente se gloriam, respeitassem nos outros a liberdade de deles divergir.

Infelizmente, pelo contrário, há cerca de quinze dias, e à medida em que o êxito de nossa ação antidivorcista se afirmava, vem-se delineando contra a TFP, e ganhando proporções, um estrondo publicitário, que vai cobrindo aos poucos, de modo sistemático e cadenciado, todo o território nacional.

Como em ocasiões anteriores, a TFP tinha a intenção de deixar sem revide esta ofensiva: não há utilidade em desmentir imputações obviamente carentes de consistência e plausibilidade, às quais nosso público, atilado e sensato, jamais deu importância.

No presente estrondo publicitário, contudo, fizeram-se ouvir contra a TFP, deputados federais e membros da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Por respeito ao mandato de que estão eles investidos, bem como ao alto recinto em que alguns fizeram seus pronunciamentos, a TFP rompe desta vez o silêncio, e procede à apreciação pública das considerações por eles formuladas.

A análise dos pronunciamentos daqueles deputados federais e estaduais pode ser feita por nós num só documento, tanto porque uns e outros mais ou menos coincidem e se completam, quanto porque o método de argumentação neles contido é impressionantemente o mesmo.

* * *

Comecemos pelo método, pois é ele a raiz mesma da argumentação.

Esse método impressiona pelo que tem de anacrônico. Faz lembrar os extremos de ardor polêmico, característicos de tantas controvérsias políticas do século XIX. E destoa singularmente das qualidades que todo polemista moderno timbra em ostentar em suas atitudes.

Há atualmente, de modo geral e bem ao contrário do que acontecia no século passado, certa incompreensão para com a polêmica. O diálogo é hoje em dia o meio largamente preferido para dirimir as pendências. E, mesmo quando surge alguma polêmica, esta procura assumir quanto possível as notas de objetividade e serenidade que devem distinguir o diálogo.

Isto não se nota no caso presente. Os pronunciamentos dos vários deputados contra a TFP não foram precedidos da parte deles de qualquer démarche elucidativa e cordial junto aos dirigentes da entidade. Esta se viu agredida de súbito, através da imprensa ou do alto da tribuna, pelas mais variadas acusações, as quais uma elucidação prévia poderia ter facilmente evitado.

Ditas acusações, dogmaticamente afirmativas e formuladas em tom de invectiva, foram desde logo aproveitadas por certa imprensa, como instrumentos de escol do estrondo publicitário em curso.

A par desse apaixonado modo de proceder, as acusações feitas contra a TFP pelos referidos parlamentares se caracterizaram por uma desembaraçada falta de provas. E sobretudo por uma carência de conteúdo, da qual mais especialmente passaremos a tratar hoje.

* * *

Em todo trabalho polêmico que queira manter-se fiel às exigências intelectuais inerentes à sua própria natureza, têm papel preponderante a exposição, se bem que talvez resumida, e a refutação conscienciosa e respeitosa, do pensamento da outra parte.

Prezam-se de agir assim os polemistas ou dialogantes de todos os centros cultos modernos da Europa e da América, exceção feita, é claro, dos países comunistas. Nestes, a regra da discussão é a invectiva brutal, e a ameaça da chibata, quando não da perseguição policialesca.

Assim, um polemista cioso de si deve começar por mostrar que conhece exaustivamente os livros, artigos de revista e de jornal, em que o adversário exprimiu seu pensamento. E em seguida deve provar para o público que tal pensamento é eivado de erro.

Sem esta preliminar, não há invectiva polêmica tida por válida nos grandes centros ocidentais.

A TFP lamenta ter de registrar que – a julgar pelas notícias de imprensa – até o momento os deputados que a ela se opõem procederam ao claro arrepio destas regras da boa polêmica.

Consideradas em conjunto as suas declarações, causa estranheza ver que, em vez de analisar nossas doutrinas e citar nossas obras, eles se restringem a acusações vagas e imprecisas. Tem-se a impressão de que não se deram eles ao trabalho de ler, sequer, nossas publicações, nem de refletir seriamente sobre nosso pensamento.

Entretanto, o material publicado por nós é copioso, claro, e largamente difundido. Não só atingiram vários de nossos livros dezenas de milhares de exemplares, mas, até centenas de milhares. Despertaram a atenção do público culto de várias nações das Américas e da Europa, onde foram traduzidos e editados. Têm sido objeto de apreciações em revistas intelectuais importantes.

Porém nossos ilustres opositores parecem ter se esquivado desembaraçadamente de ler esse tão informativo material.

Compreende-se que, não fosse sua qualidade de representantes do povo, e a dignidade das tribunas das quais alguns falaram, suas apreciações não despertariam qualquer interesse em leitores verdadeiramente imparciais e cultos.

Outra qualidade do dialogante ou do polemista moderno – não formado em universidades de além cortina de ferro – é a preocupação de se mostrar imparcial. Muitos se considerariam desdourados se não reconhecessem no adversário, mesmo o mais censurado e execrando, pelo menos alguma qualidade.

Impressiona-nos a inteira ausência dessa preocupação, nos pronunciamentos dos deputados que nos atacam. Limitam-se à invectiva. E deixam decepcionado o leitor imparcial, a cujo espírito ocorre naturalmente a pergunta: então, a TFP não tem nada, absolutamente nada de bom em sua doutrina, seus métodos e sua atuação pública? Seus jovens militantes, considerados como um todo, não se distinguem por nenhum predicado especial dela recebido? Não haverá na unilateralidade de que assim deram mostras esses deputados, um assomo do fanatismo que tanto parece assustá-los quando julgam vê-lo na TFP?

* * *

Esta reflexão nos leva a outro traço acentuado do estrondo publicitário presente, inclusive nos discursos e declarações à imprensa dos parlamentares que nos atacaram. É a obstinada ausência de serenidade e objetividade na apreciação dos fatos que alegam.

S. Excias. levantam, por exemplo, o espectro, aliás tão digno de execração, dos totalitarismos ditos de direita. E, considerando na TFP este ou aquele aspecto fugaz e secundário, forçam a nota e procuram ver no referido aspecto uma analogia com o espectro. Afirmada gratuitamente essa analogia, partem desde logo para a conclusão apavorante: a TFP é nazista!

Como se vê, o pânico, conjugado com a ânsia de nos denegrir, leva assim a conclusões totalmente alheias à realidade e que não resistem a uma análise crítica feita com seriedade, frieza e objetividade.

Com este método, qualquer pessoa ou qualquer entidade pode ser acusada mais ou menos de qualquer coisa. É bem evidente que, com tais características, as acusações de S. Excias., devidamente analisadas por qualquer leitor mediano, ficam suspensas no ar, à míngua de fundamentos.

A este propósito gostaríamos de perguntar se nossos opositores parlamentares conhecem algo da pregação cívica e da atuação pública da TFP e de seus dirigentes, contra o totalitarismo de direita. Trata-se, no entanto, de uma fonte informativa abundante, quase diríamos torrencial. Preferimos admitir que S. Excias. ignoram esse material. Nesse caso, porém, não compreendemos como se sentem no direito de discorrer e levantar acusações sobre o assunto.

E voltamos assim às considerações iniciais sobre a importância absolutamente óbvia de não se atacar aquilo que não se conhece bem.

Julgar uma entidade, ignorando os seus escritos e baseando-se tão somente na impressão fugaz que se teve passando rápido por um lugar onde ela estava em ação, ou dando crédito ao episódio despido de provas que contou tal ou tal conhecido, não é abaixar o ataque a um nível que é impossível não qualificar de deplorável?

* * *

Estas são as ponderações preliminares que a TFP formula em face das acusações dos referidos deputados.

Em rigor de lógica, já bastariam elas para evidenciar a inconsistência de tais acusações.

Desejamos, em próximo pronunciamento, analisar um por um os fatos concretos alegados por aqueles deputados como fundamento de suas vácuas acusações, e mostrar até que ponto a tais fatos falta realidade precisamente em razão dos defeitos da metodologia acima indicada.

Não queremos, entretanto, encerrar as presentes considerações sem uma última observação. Nosso modo de ver os referidos deputados nós não o ciframos no que nos sugeriria a apreciação dessa sua atitude em relação à TFP. Deputados que são, têm eles direito a que se lhes atribuam a priori as qualidades inerentes à sua alta investidura. Se, num hiato de paixão, tiveram uma atitude que merece os reparos que aqui fazemos em legítima defesa, cremo-los desde logo aptos e propensos a um diálogo cordial e construtivo, escoimado das parcialidades e das demasias a que tão facilmente conduzem as polêmicas.

A tal diálogo os convidamos com a cordialidade que todos os bons brasileiros são sempre sequiosos de introduzir em suas mútuas relações.

* * *

Estava concluído este pronunciamento quando um órgão de imprensa paulista publicou ainda outras declarações de vários deputados, contrárias à TFP. Como a respeito delas cabe dizer em linhas gerais o mesmo que acabamos de afirmar relativamente às declarações dos deputados acima já mencionados, nada temos a acrescentar ao que aqui fica dito.

São Paulo, 21 de maio de 1975

O CONSELHO NACIONAL DA TFP

PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA

Presidente

FERNANDO FURQUIM DE ALMEIDA

Vice-Presidente

PAULO CORRÊA DE BRITO FILHO

Secretário

 

2 – Ante uma agressão polêmica apaixonada, elementos para um sereno diálogo

EM COMUNICADO anterior, publicado no dia 21 do corrente, a TFP propôs um sereno e cordial diálogo a personalidades que, ultimamente, contra ela têm feito invectivas.

Para tal efeito, analisou globalmente, em nível de diálogo, alguns aspectos das referidas críticas. Hoje, e sempre rumo ao diálogo, analisará em concreto dezessete dessas invectivas, merecedoras de especial atenção, ou pelo assunto tratado, ou pelo que deixam transparecer quanto ao clima psicológico no qual nasceram e tiveram curso.

No segundo caso, incluímos críticas contrárias a toda verossimilhança, que a mais ligeira indagação – um telefonema à TFP, por exemplo – teria elucidado de modo simples e imediato. Críticas indicativas, pois, de um estado de espírito efervescente, no qual o boato calunioso, misteriosamente posto em circulação, facilmente se propaga e chega a convencer pessoas dignas de respeito. E isto a tal ponto que, aparentemente sem maior análise, tais pessoas as levam, oralmente ou por escrito, ao conhecimento do grande público.

Claro está que, à vista do enxame de objeções que contra nós vem lançando o estrondo publicitário, é impossível abordar todos os assuntos neste suscitados, pelo que a escolha dos temas aqui tratados é algum tanto arbitrária.

Não raras vezes as questões pessoais são as que mais apaixonam. Para evitar que o presente comunicado desperte susceptibilidades aptas a entravar o diálogo, replicaremos, pois, às objeções sem mencionar o nome dos objetantes.

As acusações de que somos nazistas ou nazi-fascistas têm sido veiculadas com uma tão completa carência de provas, que, para entabular diálogo a tal respeito, tivemos de tentar uma concatenação interpretativa das vaguíssimas indicações de que elas se fazem acompanhar.

Esta concatenação tem, pois, algo de hipotético, que poderá ser objeto de análise no diálogo.

1. OBJEÇÃO – A TFP, como organização de extrema direita que é, e o Partido Comunista constituem os dois extremos do horizonte ideológico brasileiro. Logo, assim como se reprime um extremo, a coerência manda que se coíba o outro.

RESPOSTA – A objeção prescinde de qualquer conceito moral.

Com efeito, não é conforme à moral cristã afirmar que, quando duas doutrinas discordam inteiramente uma da outra, nenhuma delas é boa. Boa é a que contém a verdade. Má é a que contém o erro. E, quando a verdade e o erro entram em polêmica, é injusto condenar a um tempo aquela e este.

Objetará alguém que em tal injustiça está o único meio de abafar as contendas e implantar a paz. Deve-se responder, com Santo Agostinho, que a paz é a tranqüilidade da ordem, e não a estagnação dos pântanos. E não há ordem onde a injustiça impera.

Vejamos uma aplicação prática destes princípios.

A doutrina católica foi ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo e pelos Apóstolos no início de nossa era. A Igreja Católica vem continuando essa pregação até nossos dias, e continuará a fazê-lo até o fim do mundo.

A ninguém passa pela cabeça de considerar a Igreja Católica como extremista, pois Ela é a Mestra infalível da Verdade, a continuadora fidelíssima dAquele que disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo. 14, 6).

Ao longo dessa trajetória de já vinte séculos, um incidente se produziu. Karl Marx enunciou uma doutrina que é o extremo oposto da católica.

Na lógica do nosso objetante, ipso facto a doutrina católica teria passado a ser extremista. E a Igreja de Deus deveria ser tão reprimida quanto o Partido Comunista.

E isto – note-se bem – não porque tenha havido qualquer modificação intrínseca na Igreja, mas tão somente porque, em dado momento, alguém resolveu proclamar o extremo oposto do que Ela ensina!

2. OBJEÇÃO – Como em nosso século o extremo oposto do comunismo foi o nazismo, a posição absolutamente contrária ao comunismo torna a TFP ipso facto suspeita de nazista.

RESPOSTA – Muitos críticos perspicazes do nazismo puseram em evidência que, a despeito de seus estrondosos entrechoques com a Rússia, ele não foi o contrário do comunismo.

Na direção dos assuntos internos da Alemanha, políticos, sociais e econômicos, o nazismo – que se intitulava, oficialmente, socialista – apresentava muitas características que o assemelhavam com o comunismo. E é lícito conjecturar que, se tivesse vencido a Segunda Guerra Mundial, Hitler teria arrastado a Alemanha, e depois a Europa, para formas comunistas de Estado, sociedade e economia.

Assim, nazismo e comunismo absolutamente não constituíram, no plano doutrinário, extremos opostos. E não faz sentido suspeitar a TFP de nazista com base no fato de que ela é inteiramente anticomunista.

3. OBJEÇÃO – Em conseqüência, a TFP pode a priori ser considerada nazista, ou pelo menos nazistóide. Pelo que, é obviamente uma sociedade subversiva.

RESPOSTA – Objeção refutada no item anterior.

Acresce que, antes da Segunda Guerra Mundial e ao longo dela, quando ainda não existia a TFP, os veteranos dentre os dirigentes desta, os quais já tinham idade para tanto, constituíram dentro dos meios católicos, trabalhados pela infiltração nazi-fascista, um dos núcleos de reação mais decididos e corajosos.

Pelas páginas do "Legionário", órgão católico de São Paulo que dirigiam, conduziram durante cerca de dez anos uma luta inflexível contra o nazismo e o fascismo.

Posteriormente, através do mensário de cultura "Catolicismo", da Diocese de Campos, continuaram na mesma luta até o dia de hoje. Esse mensário é dirigido, e difundido em todo o País, por sócios e militantes da TFP.

Não sendo fácil encontrar em bibliotecas públicas as coleções desses órgãos, esta Sociedade se dispõe de bom grado a facilitar aos interessados a consulta deles, em suas sedes.

Acusar a TFP de nazi-fascista é, como se vê, flagrantemente contrário à realidade histórica.

4. OBJEÇÃO – Por seus estandartes e pela ação pública de seus grupos de jovens, a TFP lembra o movimento nazista nascente.

RESPOSTA – Não é cabível suspeitar esta Sociedade de nazista, única e exclusivamente porque exerce sua ação pública através de grupos de jovens e usa estandartes. No século passado e neste século, incontáveis movimentos de índole religiosa, social, política ou caritativa têm utilizado jovens para propaganda em vias públicas e têm desfraldado estandartes.

Para demonstrar que nossos jovens e nossos estandartes têm algo de nazista, seria preciso indicar aspectos de uma concreta e ponderável afinidade deles com formações de juventude e estandartes nazistas. Tais aspectos, ninguém os mencionou. E não existem. Esclareceremos de bom grado alguém que imagine vê-los na atuação de nossos jovens ou em nossos estandartes.

5. OBJEÇÃO – Os elementos da TFP são fanáticos.

RESPOSTA – Que sejam entusiásticos é óbvio. E que há de mais louvável do que entusiasmar-se alguém pela defesa da tradição, da família e da propriedade, ameaçadas por tantos fatores na sociedade contemporânea? Não confundamos, porém, entusiasmo com fanatismo. Ai das civilizações que menosprezam o entusiasmo e dele desconfiam! Sua alma se estiola e elas tendem ao declínio.

Entusiasmo é o amor ardente por ideais verdadeiros e elevados. Ele inspira desprendimento, dedicação, operosidade. Fanatismo é adesão ardente a objetivos falsos. Ele inspira crueldade, falsidade, desordem.

Se alguém imagina ver na TFP algum traço de fanatismo, cumpre que o aponte em concreto e circunstanciadamente. Estamos certos de lhe poder fornecer elucidações inteiramente tranqüilizadoras a respeito.

6. OBJEÇÃO – "A existência de um organismo anticomunista como a TFP poderá ensejar o pretexto para que se forme uma organização de extrema esquerda como reação".

RESPOSTA – Singular objeção, a qual parece pressupor que no Brasil jamais houve, nem há, organizações de extrema esquerda, e que a TFP, a qual seria de extrema direita, cria, por isso mesmo, o risco de que elas apareçam.

A verdade histórica óbvia é que o aparecimento das primeiras organizações comunistas no Brasil não foi provocado pela existência de qualquer organização de direita, já que elas começaram a se formar e a provocar agitações pouco depois da Grande Guerra, ou seja, quarenta anos antes de ser fundada a TFP. E de 1918 para cá, o comunismo, muito desenvolvido, não tem cessado de atuar em nosso País.

Segundo a objeção, o número das organizações comunistas crescerá se crescer o número das organizações anticomunistas.

Daí se concluiria que o melhor meio de combater o marxismo está em não constituir associações que o combatam.

– Isso não será, pelo contrário, um excelente meio para retirar obstáculos no caminho dele?

7. OBJEÇÃO – "A TFP é um órgão civil que se arroga o privilégio da salvação nacional das instituições da família, pátria e tradição. Existe estrutura administrava legal para prover à preservação dessas instituições".

RESPOSTA – A TFP se vota à defesa da tradição, da família e da propriedade. Nunca, porém, se arrogou o privilégio – ou seja, a atribuição exclusiva para si mesma – de agir a bem desses nobres ideais. Jamais se poderá apontar qualquer prova que esteie tal acusação contra esta Sociedade.

Seria, aliás, o maior dos absurdos que ela se julgasse em condições de levar a cabo sua tarefa, prescindindo das Forças Armadas, de todo o aparelho político-administrativo do Estado, da Igreja, da família, etc. Segundo a doutrina católica, fielmente seguida pela TFP, a defesa e o incremento da tradição, da família e da propriedade tocam, nas respectivas esferas, e de modo absolutamente primordial, à própria família, à Igreja e ao Estado.

As entidades privadas, das quais a TFP é uma, podem e devem colaborar nessa missão. Mas obviamente em nível subordinado e secundário.

8. OBJEÇÃO – A TFP atua em prol da restauração da monarquia no Brasil.

RESPOSTA – Como é sabido, as formas de governo são três: democracia, aristocracia e monarquia.

Consideradas no plano meramente doutrinário, isto é, da filosofia e da Revelação, as três formas estão de acordo com a moral e a ordem natural das coisas. É o que ensinam São Tomás de Aquino e os Papas, notadamente Leão XIII.

Os católicos, neste plano, são portanto livres de optar entre elas.

Para tal opção, contudo, não basta ficar neste plano. Também é preciso levar em conta as condições culturais, históricas, sócio-econômicas e políticas, essencialmente mutáveis segundo os países e os tempos. Na avaliação de todas essas circunstâncias, a Igreja não intervém, e cada católico deve formar suas convicções pessoais.

Isto posto, e tomando em consideração as circunstâncias do Brasil hodierno, a TFP afirma que a restauração da forma de governo monárquica não é desejável, nem praticável, na presente era histórica.

Em consonância, esta entidade jamais agiu no sentido de influenciar o público para mudar a forma de governo vigente. E ninguém poderá apontar um fato que desminta essa asserção.

9. OBJEÇÃO – Sendo monarquistas, os elementos da TFP se abstêm sistematicamente de exercer o direito de voto, e preferem pagar, em conseqüência, a multa correspondente.

RESPOSTA – Os elementos da TFP exercem sistematicamente seu direito de voto, do que facilmente se pode certificar qualquer objetante, indo às nossas sedes, e rogando que se lhe mostrem os títulos de eleitor competentes.

Exceto num clima de excitação psicológica extraordinária, não é possível compreender como boatos tão inverossímeis quanto este podem circular e ganhar a confiança de pessoas respeitáveis.

Esta objeção caracteriza com eloqüência a atmosfera psicológica criada pela efervescência da campanha de boatos contra a TFP.

10. OBJEÇÃO – A TFP é financiada por organizações econômicas cujos objetivos ainda não é possível identificar.

RESPOSTA – A vida econômica e financeira da TFP nada tem de enigmático, pois ela publica semestralmente seu balanço (com a respectiva demonstração da despesa e da receita) no Diário Oficial e na Imprensa quotidiana, e não tem dúvida em fornecer sobre essa matéria as informações pedidas por quem, com idoneidade e serenidade, queira conhecê-las.

É de espantar que com esses balanços à mão, e com a possibilidade de nos pedir os pormenores competentes, algum objetante levante gratuitamente tal suspeita.

11. OBJEÇÃO – A TFP promove treinamento paramilitar, provoca agitação e conflito nas ruas. Seus elementos, não raras vezes, andam com metralhadoras.

RESPOSTA – A acusação de paramilitar contra a TFP é insistente. Absolutamente tão insistente quanto é o vezo, nos que a veiculam, de não mencionar em abono dela nenhuma prova, ou mesmo indício digno de nota.

A esta acusação, a TFP responde categoricamente: não! E solicita aos acusadores que exijam provas, ou pelo menos indícios sérios, das pessoas que lhes tenham levado tal informação.

A partir de 1969, quando os terroristas fizeram explodir uma bomba em nossa sede da Rua Martim Francisco, em São Paulo, e provocadores comunistas começaram a agredir fisicamente os nossos elementos empenhados em campanhas, estes iniciaram curso de Defesa Pessoal, esporte absolutamente legal, praticado igualmente em todo o Brasil por milhares de jovens alheios à nossa entidade.

Nossos elementos adquiriram, também, a partir daquela ocasião, armas legais, obtendo sempre o respectivo porte de arma. Especialmente visados pelos comunistas, era natural que assim procedessem, imitando, também neste caso, milhares de outros brasileiros. Num e outro ponto, uma imaginação normal não poderia ver qualquer prova de militarização.

Quanto ao suposto uso de metralhadoras por nossos elementos, circulam às vezes acusações, sempre absolutamente destituídas de provas.

Na realidade, a TFP jamais teve, nem tem em seu poder, nem metralhadoras, nem quaisquer outras armas ilegais.

Quanto à acusação de que provoca desordens e agressões, a TFP só tem uma resposta: provem-nos nossos acusadores que o fizemos pelo menos uma vez.

12. OBJEÇÃO – A TFP procura coagir os setores de decisão nacional.

RESPOSTA – Ainda neste caso, só num clima de excitação febril pode alguém imaginar-nos dotados de recursos para tentar, sequer, tal operação.

Também aqui, a acusação circula desacompanhada de provas. A TFP lhe responde com um categórico: não!

13. OBJEÇÃO – A TFP exerce atividades privativas dos partidos políticos. E, como tal, infringe a lei.

RESPOSTA – Em termos tão vagos e genéricos, esta objeção não pode ser respondida.

– A objeção inclui todas as nossas atividades? Só algumas? Neste caso quais? No que invadiriam elas a esfera privativa dos partidos políticos? Sem especificações a esse respeito, não é possível dialogar.

14. OBJEÇÃO – "Indiscutivelmente a TFP já tem ramificações internacionais, como no Chile e na Argentina (AAA)".

RESPOSTA – Muitas das obras emanadas da TFP brasileira repercutiram nas três Américas e na Europa, sendo em conseqüência traduzidas e editadas em vários países de ambos os continentes. Despertaram elas interesse sobretudo em jovens. Daí nasceram contactos, visitas à TFP brasileira e posteriormente a formação de TFPs em diversos países. Estas últimas constituem entidades autônomas, ligadas entre si e com a TFP brasileira pelos vínculos de uma fraterna união de ideais, e pela colaboração em diversos pontos, como a participação em Semanas Especializadas de Formação Anticomunista, permuta de publicações, etc.

Tudo isto é perfeitamente legal e normal máxime em nossa época, na qual as entidades congêneres de toda espécie, religiosas, culturais, científicas, esportivas, etc., procuram intensificar e aprimorar sua ação em plano internacional.

Desta colaboração entre as TFPs jamais fez mistério a TFP brasileira, que até, pelo contrário, a tem noticiado em suas publicações.

É injusta e ofensiva a adjunção, ao texto da objeção, da sigla AAA, que designa uma organização terrorista de direita da Argentina. Se o objetante teve o intuito de insinuar por aí que a TFP brasileira tem qualquer forma de relação com aquela organização, está no dever de o afirmar claramente, aduzindo as provas competentes.

Estas nunca serão exibidas, pela simples razão de que a TFP brasileira (e também a TFP argentina, disto estamos seguramente informados) não tem o menor contacto com a AAA, da qual discrepa obviamente, do modo mais categórico.

15. OBJEÇÃO – A TFP constitui uma tentativa ridícula de restaurar nos dias atuais a Igreja medieval e o mundo medieval.

RESPOSTA – Quanto à Igreja, Ela é una, desde Nosso Senhor Jesus Cristo até nossos dias, e de nossos dias até o fim dos tempos. Não tem sentido restaurar uma Igreja medieval, como se tivesse morrido e agora pudesse renascer, substituindo o que se chamaria a Igreja contemporânea.

Quanto à restauração do mundo medieval, que sentido tem essa expressão? Tratar-se-ia, por exemplo, de retroceder do sistema viário ou hospitalar de nossos dias para os daquela época? Quem pode pensar nisto?

É verdade que a Idade Média teve lados admiráveis, que Leão XIII assim descreve: "Tempo houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil. Então a Religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente, graças ao favor dos Príncipes e à proteção legítima dos Magistrados. Então o Sacerdócio e o Império estavam ligados entre si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda expectativa, cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como está em inúmeros documentos que artifício algum dos adversários poderá corromper ou obscurecer" (Encíclica "Immortale Dei", de 1.Ί de novembro de 1885 – "Bonne Presse", Paris, vol. II, p. 39).

É bem evidente que muitos dos traços deste quadro foram tragados pela imensa Revolução iniciada com o Humanismo, a Renascença e o Protestantismo, a qual em nossos dias desfecha no comunismo, no estruturalismo, no marcusianismo, etc.

Ora, tais traços, que brilharam na Idade Média com fulgor especial, continuam a constituir um ideal permanente da Igreja e de todo coração católico, pois correspondem aos ensinamentos do Evangelho, à ordem natural das coisas, ao normal relacionamento entre as sociedades espiritual e temporal. A TFP de fato deseja a restauração destes valores perenes.

Tem sido muito alegado como indício de nosso pretenso fanatismo medievalista, o uso, em ação pública, das conhecidas capas rubras. Ora, é óbvio que estas nada têm de definidamente medieval, apresentando semelhança também com trajes de outras épocas.

Mais ainda, tem sido apontado como indício de medievalismo fanático (e por que fanático?) o nosso estandarte rubro, timbrado pelo heráldico leão rompante.

Aqui, sem dúvida, é possível notar analogias com a Idade Média. O leão rompante, por exemplo, é um símbolo da heráldica medieval. Mas esta última é um valor da cultura do Ocidente, e como tal continua aceito pelas nações mais modernas.

Por esta forma, grande número, e talvez até a acentuada maioria, dos municípios do Brasil republicano escolheram brasões inspirados na heráldica medieval. O da progressista e superindustrializada São Paulo, por exemplo.

Em nossos dias, o gosto pelas coisas medievais renasce, aliás, nos mais variados países da Europa e da América, inspirando a realização de torneios, festas folclóricas, encontros sociais em estilo medieval, discos de música medieval, etc...

Esta revivescência, que não tem vinculação com qualquer grupo ou corrente doutrinária vem sendo largamente noticiada por múltiplos órgãos de imprensa.

Um dos países em que esse novo surto mais se tem acentuado são os moderníssimos Estados Unidos.

Talvez esses dados ajudem alguns de nossos críticos a ver nosso estandarte sem os arrepios que, provavelmente, não sentem diante de fotografias de certos estruturalistas contemporâneos, os quais advogam a volta ao período da pedra lascada... e se "vestem" "en conséquence".

16. OBJEÇÃO – Os membros da TFP "ofendem os mais elementares princípios da liberdade individual. São espíritos perversos, nostálgicos da Idade Média e da Inquisição".

RESPOSTA – Modelo de acusação vaga, confusa, muito mais própria a uma descompostura do que a uma discussão autêntica. Exemplo característico de um gênero que não encontra lugar num diálogo elevado e conforme os padrões hodiernos.

17. OBJEÇÃO – A TFP adota uma forma de recrutar de aliciar jovens que demonstra fanatismo.

RESPOSTA – O objetante não menciona qual seja esta forma, nem o que nela haja de fanático.

Na realidade, não adotamos forma específica de recrutamento. A exposição franca e cordial de nossas doutrinas, feita pelos sócios ou militantes nos respectivos ambientes, atrai certo número de jovens para se aprofundarem no assunto, ouvindo conferências em nossas sedes e participando de nossas semanas de estudos. Também a larga difusão de nossos livros é própria a atrair novos elementos. Como se vê, nada há de mais corrente e até de mais convencional do que nosso processo de recrutamento.

* * *

Palavras à opinião pública brasileira que não crê no estrondo publicitário nem por ele se interessa

Damos assim por concluída a exposição e análise de muitas das acusações e suspeitas lançadas contra a TFP ao longo do bem articulado e possante estrondo publicitário que começou imediatamente após a campanha por nós promovida contra o divórcio.

Como o leitor poderá verificar em nosso anterior comunicado [item n° 1 acima] e no que hoje publicamos, este estrondo vem criando ambiente, em certos setores, não para uma análise serena e imparcial dos fatos, mas para uma crítica de suspicácia febricitante e agitada, pronta a dar ouvidos aos boatos, paixões e demasias mais variados.

Quanto à acusação lançada sem provas, os mais comezinhos princípios de justiça a condenam. Nosso povo sabe perfeitamente o que pensar a propósito. Dela, portanto, nada mais diremos.

Porém, a par de acusações, fomos também vítimas de suspeitas. Digamos uma palavra a respeito, pois a fermentação das suspeitas é eficacissima em estrondos publicitários como este.

Num clima normal a suspeita só nasce quando há para isso indícios tangíveis e proporcionados. Respeitando o direito de todo homem à sua própria dignidade e reputação, a suspeita ponderada analisa discreta e atentamente os fatos, antes de tomar corpo. Tomando corpo, ela procura o diálogo cordial e sereno com o interessado, antes de passar a outras providências. No campo das providências, a suspeita serena procura como primeiro passo a autoridade competente, a quem comunica sempre discretamente suas apreensões. E só mais tarde, em circunstancias excepcionais, passa a dirigir-se ao público. É que a pessoa de espírito sereno, respeitosa dos direitos de outrem, sabe que a suspeita, por sua própria natureza, talvez vise pessoa inocente. E que da suspeita trombeteada para o público se pode dizer o que Voltaire dizia da mentira: "Menti, menti, qualquer coisa ficará sempre". Assim se pode afirmar também: "Divulgai, divulgai vossas suspeitas, qualquer coisa ficará sempre".

O atual estrondo publicitário percorreu caminho exatamente oposto ao da suspeita serena. Ele começou da tribuna, expandiu-se com surpreendente celeridade nas páginas mais destacadas de certa imprensa, no rádio e na televisão, e criou e vem mantendo um fervilhar incessante das imaginações, próprio a dar corpo a novas suspeitas ainda mais inverossímeis. No momento ele procura lançar uma espécie de moda pela qual seja propagandístico, sobretudo para certos políticos desejosos de popularidade junto a um eleitorado que imaginam esquerdista, ostentar suspeitas contra uma entidade anticomunista como a TFP, e, em conseqüência, pedir contra esta uma investigação.

Abramos um parêntesis para fazer notar aqui que, do estado de espírito – o qual diríamos desvairado – que nasce desses manejos, dá bem idéia este fato. Enquanto diversos pedem contra a TFP uma investigação infundada e de insultantes conotações, outros vão mais longe. E exprimem publicamente o desejo de que, antes mesmo de iniciada a investigação pedida pelos primeiros, o Sr. Governador de São Paulo revogue o decreto estadual de 1965 que declarou a TFP de utilidade pública. Ou seja, ousam pedir ao primeiro Magistrado paulista que reprima o que não está provado, e repreenda quem não foi julgado. Poucos lances manifestam melhor a psicologia despótica e apaixonada do estrondo publicitário que se vem atirando contra esta entidade.

Fechado o parêntesis, voltemos a investigação de âmbito federal que o estrondo publicitário uiva por abrir contra a TFP. Desenvolvendo-se num clima psicológico influenciado por esse processo de preparação da opinião pública, seria tal investigação acompanhada passo a passo pelo crescer do estrondo, cada vez mais apto a obliterar os critérios de julgamento da opinião pública. Tudo com o evidente fruto de inutilizar para o futuro a ação desta Sociedade. Com quanta alegria e com que proveito para os comunistas e esquerdistas de todo o naipe, já tão notavelmente reativados nos dias que correm, nem é preciso dizê-lo!

Em contraste com esses aspectos característicos do estrondo publicitário, a TFP encerra seus comunicados, deixando aqui os elementos para um diálogo sereno, ao longo do qual as suspeitas contra ela levantadas refluam, do atual extravazamento, para o terreno do bom senso e dos bons métodos, e por fim para a elucidação.

Não sabemos se este comunicado terá junto aos corifeus da suspeita, o mesmo resultado que o primeiro: o de ser pura e simplesmente ignorado. De qualquer forma ficam eles publicados, e passarão para a história de toda esta seqüência de fatos.

Só o diálogo pode conduzir ao curso razoável das coisas. E a esta altura dos acontecimentos, só o diálogo escrito: "scripta manent...", o que está escrito permanece.

Na era de onipotência da propaganda que é nosso desvairado fim de século, o processo escolhido, de espalhar propagandisticamente a suspeita e subtrair-se ao diálogo, deixa prever a futura argumentação de nossos contendores: depois de generalizada artificialmente a suspeita, afirmar que ela se tornou geral e por isto se justifica por si mesma.

Isto é, a difamação procurando ganhar consistência não por argumentos, mas pela generalização vitoriosa do boato.

Entidade privada que é, a TFP não dispõe dos recursos materiais para opor à detração, ao boato e à suspeita, uma contrapropaganda que acompanhe as proporções em que aqueles vão crescendo.

Esta Sociedade dirige aqui uma palavra de alerta aos espíritos sensatos e justos.

Queira Deus que esses saibam suspeitar... da objetividade dessa campanha de suspeitas. Há motivos para esperá-lo à vista da total falta de assentimento, da indiferença evidente com que, exceção feita de certos círculos políticos e propagandísticos restritos, a opinião pública nacional vem presenciando essa singular sarabanda da detração e do boato.

Esperamos vivamente que o povo brasileiro, subtil, perspicaz, fundamentalmente moderado, continue, como até aqui, lucidamente infenso ao estrondo que se propaga.

São Paulo, 29 de maio de 1975

O CONSELHO NACIONAL DA TFP

PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA

Presidente

FERNANDO FU1RQUIM DE ALMEIDA

Vice-Presidente

PAULO CORRÊA DE BRITO FILHO

Secretário