Plinio Corrêa de Oliveira
Declarações a rádios francesas sobre tentativas de se formar uma única nação mundial
Novembro de 1992 |
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[tradução do francês] Sem dúvida, existe, em nossos dias, uma forte corrente de opinião que tende para a unificação de grandes blocos de nações. Examinando de uma maneira exata a razão sobre a qual se baseia essa corrente de opinião, chegar-se-á a uma conseqüência extrema, porém inevitável: a mesma razão que impele grupos de povos a se alinhar em um só bloco nacional, ou supra-nacional, conduzirá – mais cedo ou mais tarde – a que esses povos formem uma só nação internacional, uma única nação mundial. Teremos chegado, então, à abolição de toda pátria e de toda nação, sob um conjunto que me parece absolutamente antinatural e indesejável. Esta é a razão pela qual eu me oponho a agrupamentos do tipo de Maastricht para a França e para os demais Países da Europa, como também me oponho ao agrupamento análogo para os Países da América do Sul, comprendendo o Brasil, o Paraguai e a Argentina. Esse bloco que se formará, possivelmente, em nosso Continente, deverá se transformar em um bloco sul-americano. Existe já uma espécie de bloco norte-americano formado pelo México, pelos Estados Unidos e pelo Canadá. Isso acabará, forçosamente, na formação de um só bloco americano.Se se transformar cada continente em um só bloco, nós teremos chegado à formação de um Governo mundial. Aproveito a ocasião dessa pequena exposição para agradecer com toda simpatia essa rádio, pela audiência que benevolamente quis me conceder. * * * [versão original] Sans doute, il existe de nos jours un puissant courant d'opinion qui tend vers l'unification des grands blocs de Nations. Si on arrive à examiner de façon exacte les raisons sur lesquelles se base ce courant d'opinion, on parviendra à une conséquence extrême, mais inévitable: les mêmes raisons qui poussent les groupes de peuples à se ranger dans un seul bloc national, ou supranational, pousseront un jour ou l'autre tous ces peuples à former une seule nation internationale, une seule nation mondiale. Nous serons donc arrivés à l'abolition de toutes les patries et de toutes les nations, ce qui me semble absolument antinaturel et indésirable. Voilà la raison pour laquelle je m'oppose à des groupements du type de Maastricht pour la France, pour les pays d'Europe, comme je m'oppose aussi à un groupe analogue qu'on essaye d'établir en Amérique du Sud, en comprenant le Brésil, le Paraguay, l'Argentine. Ce bloc, qui se formera possiblement dans notre continent, parviendra à devenir un bloc Sud-Américain. Il existe déjà une sorte de bloc Nord-Américain, formé par le Mexique, par les Etats-Unis et par le Canada. Ceci devra aboutir forcément à la formation d'un seul bloc Américain. Si vous transformez chaque continent en un bloc, vous arriverez dans peu de temps à la formation du Gouvernement mondial. Je saisis l'occasion de cette petite exposition, pour remercier le public tellement sympathique de cette radio, pour l'audience qu'elle a bien voulu m'accorder. |