Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Instituto de Serviço Social

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 15 de fevereiro de 1942, N. 492, pag. 2

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As recentes determinações conjuntas dos diretores do Departamento de Serviço Social e do Departamento das Municipalidades, pelas quais foram instituídas várias bolsas de estudo a favor de pessoas residentes no Interior do Estado, que desejem seguir um curso completo de assistente social, vieram incentivar o interesse em torno de assunto tão palpitante.

São Paulo já se vem caracterizando nestes últimos tempos como importante centro de estudos referentes a questões de Serviço Social. Neste sentido, basta dizer que já possuímos dois importantes núcleos destinados à formação de assistentes sociais: o Instituto de Serviço Social, para rapazes, e a Escola de Serviço Social, para moças. A esta última, mais antiga e também por isso mais conhecida, cabe a responsabilidade de haver aberto o caminho. O primeiro, fundado mais recentemente, acaba de vencer as dificuldades inerentes a todas as iniciativas relevantes, graças à dedicação e ao entusiasmo de seus promotores, e se dispõe para ampliar suas atividades.

Será interessante notar que a boa orientação dos estudos sociais entre nós se deve ao Catolicismo. De fato, a Igreja foi a iniciadora das atividades tendentes a consolar, a minorar e, sempre que possível, a sanar os sofrimentos humanos. Só a Igreja é portadora da verdadeira caridade, que faz amar o próximo por amor de Deus. E só este amor do próximo é desinteressado e generoso, porque tem por origem e fim ao próprio Deus, que é infinitamente misericordioso. Fora daí, tudo não passa de um humanitarismo vago ou inoperante; e é preciso não esquecer que foi precisamente em nome deste humanitarismo que se cometeram todas as chacinas, desde a Revolução Francesa até a revolução bolchevista.

À Igreja cabe ainda o mérito de haver aproveitado, em primeiro lugar, os progressos da ciência como instrumentos de sua onímoda caridade, criando assim o moderno Serviço Social. Portanto, em tudo o que se refere ao Serviço Social, a Igreja está, por assim dizer, como em sua própria casa. Não que Ela seja exclusivista; pelo contrário, Ela aceita a colaboração de todas as entidades, com que possa legitimamente colaborar. Mas, neste terreno, a primazia lhe cabe em todo o sentido, porque o assunto lhe pertence em primeiro lugar.

Os católicos de São Paulo, principalmente os que se encontram na direção das obras sociais, em que é tão fértil a Arquidiocese, hão de compreender, certamente, o alcance da formação de técnicos assistentes sociais para a orientação eficiente das mesmas obras, e darão todo o apoio a semelhante iniciativa.


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