Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Malba Tahan

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 9 de novembro de 1941, N. 478, pag. 2

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O escritor brasileiro Malba Tahan, já tão conhecido pelos seus contos orientais, veio a São Paulo realizar uma série de conferências sobre as lendas árabes. O Oriente sempre despertou a atenção maravilhada dos ocidentais, e, em si mesmo, não há mal nenhum que alguém se interesse pela civilização árabe. Não somos racistas, e o povo árabe, como povo árabe, não deve ser objeto de nenhum sentimento hostil, pois todos os povos são igualmente chamados a louvar a Deus.

Porém o povo árabe não é só o povo árabe. O povo árabe foi e, infelizmente, ainda continua a ser o povo muçulmano, o povo maometano, o povo do Islã, isto é, um povo que professa oficialmente uma doutrina religiosa que, de tão diferente e oposta à doutrina católica nem ao menos pode ser considerada uma heresia, porque é muito mais do que uma heresia: é uma destas religiões que se enumeram entre as religiões dos infiéis, porque nem ao menos têm algo de cristianismo. E a oposição entre o Catolicismo e o Islamismo é tão aguda que, nos tempos em que os povos muçulmanos gozaram do poder e de prestígio, empregaram conscientemente todos os recursos para destruir a Cristandade, o que só não conseguiram por causa do esforço heroico das Cruzadas.

E, assim, a nossa atual civilização, de que até os próprios muçulmanos tiram vantagens não pequenas, quase morreu no nascedouro, e teria morrido certamente não fosse a indefectibilidade da Igreja, por obra desses mesmos muçulmanos, que queriam impor ao mundo a sua civilização maometana.

Portanto, dadas as circunstâncias de fato, só há dois interesses legítimos em relação ao povo árabe: o primeiro é evitar que recuperem o antigo poder; o segundo, que se convertam sinceramente ao Catolicismo, e entrem assim para a Comunhão da Igreja.

Por isso, tudo o que seja propaganda dos árabes enquanto são muçulmanos deve ser evitado como contrário aos interesses dos povos cristãos. E é preciso confessar que as conferências de Malba Tahan aqui em São Paulo constituíram ótima oportunidade para evidenciar o elemento muçulmano, tanto que a Sociedade Beneficente Maometana lhe prestou as mais expressivas homenagens, que o escritor brasileiro recebeu do modo mais efusivo, cordial e comovido, na mais doce confraternização.


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