Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Coragem apostólica

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 9 de fevereiro de 1941, N. 439, pag. 2

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Acabamos de receber o último volume do “Arquivo da Congregação Mariana da Mocidade Acadêmica” de Recife. Esta Congregação Mariana tem sido algo de muito sério no movimento católico nortista; foi o nervo de muita iniciativa renovadora do ambiente espiritual, e, nos bons tempos das Ligas Eleitorais Católicas, que fizeram ver em todo o Brasil a esmagadora preponderância política do Catolicismo, foi, em Pernambuco, a célula mater, que forneceu homens e idéias para a administração pública.

Este último volume traz um extenso relatório das jornadas épicas realizadas por aquela Congregação em princípios de 1933, quando a maçonaria, prevendo o sucesso da Igreja nas próximas eleições para a Constituinte, se pôs a caluniar torpemente o Diretor daquele sodalício mariano, o Revmo. Pe. Antônio Fernandes, e, com ele, toda a Companhia de Jesus. Evidentemente, não iremos rememorar as imundícies com que os repugnantes maçons de Recife infeccionaram a capital pernambucana. É incrível como o espírito humano, quando desviado das luzes da verdadeira Fé, possa descer tão baixo e tão fundo!

O que deve ser perpetuamente rememorado, para edificação perene das novas gerações brasileiras, é a coragem viril e santamente apostólica com que a Congregação da Mocidade Acadêmica soube reagir em defesa da honra da Igreja. A reação foi tão virtuosamente violenta, que a maçonaria teve de se recolher acovardada, e engoliu todas as injúrias que expelira. Isto é que é pôr em prática aquelas belíssimas palavras de São Jerônimo, que citávamos ainda em nosso último número: “É louvável suportar com paciência as injúrias pessoais; mas é uma grande impiedade suportar com paciência as injúrias feitas a Deus”. Isto é, também, executar uma obra da mais autêntica Ação Católica, tal como a concebeu a inspiração sobrenatural do grande pontífice Pio XI.

Coincidência curiosa! Agora que no Rio de Janeiro, certo jornal instigado não sabemos por quais interesses, se pôs a mover uma campanha injuriosa contra outro ilustre sacerdote jesuíta, o Revmo. Pe. Arlindo Vieira, porque este sacerdote prossegue em sua atividade benemérita em prol das futuras gerações, é agora que o último volume do “Arquivo” nos traz a história dos gloriosos combates que, há mais de sete anos, a Congregação Mariana da Mocidade Acadêmica travou em Recife pelo desagravo da Igreja. Que este exemplo seja um estímulo.


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