Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 3 de março de 1940, N. 390, 1ª. página

As manifestações promovidas na Rússia e outros países, por ocasião do 60º. aniversário de Stalin, deram motivo para que o “Osservatore Romano” analisasse de novo a técnica do ditador bolchevista, se insurgindo mais uma vez contra as suas pretensões na Europa.

Após recordar a sua carreira política, mostrando seu retrato moral – realçando a sua crueldade e seu cinismo e a sua falta de escrúpulos – o jornal discorre sobre o programa de expansionismo russo.

E diz textualmente:

“Seria errôneo acreditar que na atual campanha contra a Finlândia, a U.R.S.S. esteja possuída dos mesmos sentimentos nacionalistas que animaram o antigo expansionismo dos tzares. Nas mãos de Stalin, o exército russo não é senão um exército a serviço do expansionismo bolchevista. Ele não é senão o núcleo inicial do ‘exército internacional revolucionário’ de que falou Vorochilov no último Congresso do partido comunista”.

Continua ainda comentando cronicamente o telegrama que o sr. Hitler lhe enviou, apresentando-lhe votos de felicidade pessoal e prosperidade do povo russo.

Que a felicidade de Stalin significa a desgraça total de um povo inteiro, que atualmente está privado de sua liberdade, e de todos os bens espirituais e temporais!

Miserável e terrível felicidade a deste homem, que significa a infelicidade de toda Europa!