Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Blasfêmia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 4 de dezembro de 1938, N. 325, pag. 2

 

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O cine Odeon, de São Paulo, acaba de ofender grosseiramente não só a consciência católica, como também os sentimentos de pudor de seus frequentadores, pela publicação de seus programas, de uma “poesia” indecorosamente blasfema.

Semelhante gênero de poesias poderá agradar a adolescentes pervertidos, a velhos “blasés”, a uma classe enfim de gente moralmente gasta, animalizada até o cerne, incapaz de uma aspiração mais delicada, gente fundamentalmente pornográfica, e que só encontra prazer no lixo da pornografia. Por isso mesmo esta espécie de literatura só pode merecer o repúdio e o asco do povo de São Paulo, no que tem de mais significativo, deste mesmo povo que enriquece o sr. [Francisco] Serrador.

Não é, portanto, de boa tática comercial que se continue a publicar coisas deste estilo, que apenas podem constranger as famílias, que frequentam as casas de espetáculo. Além do mais, é necessário que o sr. Serrrador se compenetre dos deveres de cortesia, a que está obrigado, para com o país que o recebeu pobre, e onde só tem recebido vantagens.

A blasfêmia e, por conseguinte, o insulto ao nosso povo, foi simplesmente inominável.

É necessário, pois, que o povo católico de São Paulo manifeste o seu desagrado, já não dizemos em nome do catolicismo ou da moralidade, mas em nome de suas tradições de bom gosto.


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