Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Arauto da discórdia

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 18 de setembro de 1938, N. 314, pág. 2

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A colônia armênia de São Paulo já se tornou conhecida pela operosidade e pela colaboração eficiente em nosso progresso, muitos de seus membros são já conhecidos comerciantes e indústrias. O que a tornava, porém, mais apreciável era a facilidade com que se entrosava em nossa sociedade, adquirindo-lhe os hábitos e as tendências. Poder-se-ia estranhar que um povo originário de região tão distante e portador de cultura tão diversa, se adaptasse tão rapidamente ao nosso meio. Entretanto, este fato se explica facilmente, sabendo-se que as religiões cismáticas orientais, como a que existe na Armênia, tem o conteúdo dogmático assaz semelhante ao catolicismo, sendo as divergências mais graves referentes à autoridade universal do Papa. Acontecia, pois, que um grande número de armênios abraçava, sem maiores dificuldades, o catolicismo, ingressando, assim, na corrente de nossa cultura ocidental característica.

Entretanto, a vinda a São Paulo de S. Excia o Sr. Arcebispo Karekin Katchadurian, da igreja cismática armênia poderá alterar essa assimilação tão auspiciosamente iniciada, pois visa agrupar os armênios em torno do mesmo acima, tirando-os da comunidade católica que é própria no Brasil.

Agora que o Governo toma providências relativas à nacionalização dos estrangeiros, seria útil que pensasse em dificultar a entrada no país de elementos, como o Sr. Arcebispo Karekin, que pretendem formar verdadeiros quistos raciais em nosso país.

É também necessário que os católicos apoiem o apostolado dos reverendíssimos Padres maronitas, que foram convidados, por Dom Sebastião Leme, para vir ao Brasil, especialmente para cuidarem das colônias estrangeiras de origem oriental. É preciso também não esquecer a obra benemérita que realiza nesse mesmo sentido, a “Unio”, sociedade fundada em Jundiaí, por d. Bonifácio, O.S.B.


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