Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

Setecentos dias de heroísmo

 

 

 

 

 

Legionário, 17 de julho de 1938, N. 305, 1ª. Página

  Bookmark and Share

 

Há dois anos, na data de hoje, iniciava-se a revolução nacionalista espanhola. As guarnições da África e diversos grupos isolados de militares da Península, poucos dias depois do assassínio de Calvo Sotelo levantavam-se em armas. Batidos os nacionalistas de Madri, Barcelona, Valencia, São Sebastião, Málaga, Albacete e outras capitais, aniquilada a esquadra pelo assassínio de seus oficiais, a Revolução anticomunista reduzida à África, Cádiz, Sevilha, Salamanca, Galícia, Burgos, Zaragoza e Navarra, parecia fracassar, devido à dispersão e isolamento de seus elementos. E, entretanto, assim não foi.

Hoje, dois anos depois, apesar da terrível resistência dos “vermelhos”, pouco lhes resta do território espanhol e Burgos, capital provisória da nova Espanha, tem maior prestígio internacional do que a Barcelona dos republicanos.

É de Burgos o clichê que hoje publicamos. Representa ele a capela onde repousam o condestável de Castela, Dom Pedro Hernández de Velasco, conde Haro, morto em 1492 e sua esposa. Construída nesse século e tendo uma forma octogonal é a mais esplendida das capelas da Catedral de Burgos, tendo um altar riquíssimo. Os túmulos são de jaspe e as imagens de mármore de Carrara. É um dos muitos tesouros artísticos da Espanha, este preservado graças à posse da cidade pelos nacionalistas desde o dia 17 de julho de 1936.

Na data aniversária da revolução espanhola, esta capela traz muito bem ao espírito a recordação da gloriosa tradição ibérica, de catolicismo e de heroísmo. Viver para a Igreja, lutar pela Igreja, morrer pela Igreja tal é o ideal de todo o verdadeiro espanhol que traz em suas veias o sangue dos soldados da Reconquista. E é isto o que se tem que esperar da nova Espanha, que provada no sangue e no sofrimento retomará o seu caminho de campeã do Catolicismo e da civilização católica.


ROI campagne pubblicitarie