Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Anúncios imorais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 19 de junho de 1938, N. 301, pag. 2

 

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A vida moderna está eivada de comercialismo. Ora, como a concorrência está na base desse comercialismo, segue-se que todas as armas são empregadas nessa luta. Uma das principais, senão a principal, é a propaganda.

A propaganda, em si mesma, é perfeitamente honesta. Acontece, porém, que dado aquele comercialismo, que tudo reduz a cifras, a propaganda envereda por caminhos escusos, procurando lisonjear os instintos, por vezes os mais baixos, da massa consumidora. Trata-se apenas de chamar a atenção do possível comprador. E, como esse possível comprador será provavelmente um obcecado pela mania sexual, que é a psicose mais espalhada em nossos dias, lá vem o anúncio com figuras despidas, ou palavras mais ou menos equívocas.

Nada, porém, iguala em audácia a um certo anúncio, que costuma aparecer de vez quando em nossa imprensa quotidiana. Este anúncio, para recomendar umas pílulas, tece considerações nitidamente bolchevizantes sobre os tais “convencionalismos da civilização” e chega ao extremo de citar a opinião de um certo “doutor”, um infeliz maníaco que pretende, à viva força, desencaminhar a juventude brasileira.

É necessário que os católicos se abstenham o quanto possível de comprar os produtos anunciados por semelhante forma. Do contrário, estarão sendo cúmplices da propaganda imoral.


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