Plinio Corrêa de Oliveira
Comentando...
Legionário, 15 de maio de 1938, N. 296, pag. 2
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O hitlerismo, no afã de tornar-se o partido único e inconteste da Alemanha, combate seus próprios companheiros da direita, perseguindo-os e punindo-os como aos comunistas e socialistas. Assim é que terminou em Munique um processo de alta traição, cercado de tanto sigilo que nem sequer a imprensa tinha ciência dele. A sentença, publicada agora, não cita o nome dos punidos, tocando vagamente em 17 indivíduos presos em Fürth, acusados de crime de alta traição, e condenados aos campos de concentração. Ao contrário de processos do mesmo gênero em que são punidos os socialistas e comunistas, feitos com grande alarde, como que procurando demonstrar a vigilância do nazismo contra os membros da esquerda, esse processo foi sigiloso e lacônico até mesmo na sentença. Essa particularidade faz supor que os criminosos pertencem ao grupo da direita monarquista, cujo nacionalismo ombreava-se com o do partido nazi. Isso bastou para que Hitler o chamasse de “reacionário” colocando-o, por esse simples batismo, sob as garras da Gestapo, cujo chefe Himmler afirmou: “Combateremos as reações por meios cujo conhecimento não interessa ao público.” |