Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

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Soberania nazista no Brasil

 

 

 

 

 

Legionário, 17 de abril de 1938, N. 292, pag. 2

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Pois se não sabem, fiquem os nossos leitores sabendo que há no Brasil uma “Associação Teuto-Austríaca Movimento Hitlerista do Brasil”.

Espantaram-se? Pois não é só. Esta associação está fazendo circular listas de um tal “juramento de fidelidade” ao “führer”, que os austríacos aqui residentes devem assinar. Estas listas estão confiadas a pessoas de confiança do nazismo, aqui domiciliadas.

Caíram das nuvens? Pois esperem um pouco e só se deixem cair quando souberem que estas pessoas funcionam sob o comando de um certo sr. Hannuerschimidt, ou coisa que o valha, que se inscreve sob o título de “Inspetor regional”. A “região” é nada mais nada menos que o Brasil.

E todas essas coisas enormes, juntas e somadas, nada são se comparadas a esse último detalhe, de soberana impertinência: a colônia austríaca de São Paulo, que se recusou a participar do plebiscito, está sentindo-se ameaçada, pois teme perseguições atuais ou futuras, caso não adira ao hitlerismo.

Tudo isso depreende-se do manifesto que os srs. José Jamy Frederico Marchi, Fran Sturm e Theodoro Putz, representando a sua colônia, enviaram à imprensa desta capital. Neste manifesto também se pede a proteção das autoridades brasileiras.

É preciso que aqueles que moram em território nacional e estão sob a proteção de nossas leis, obedeçam às nossas autoridades, e somente às nossas autoridades. Se há alguém, seja o sr. Hannuerschimidt ou outro Brederodes qualquer que não as obedeça e induza, sob ameaças, outrem a não obedecê-las, esse alguém é um delinquente vulgar, e como tal deve ser tratado.


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