Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Dewey proscrito

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 13 de março de 1938, N. 287, pag. 2

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Chega-nos da Espanha uma ótima notícia. O governo nacionalista acaba de proibir a circulação, no território sob seu governo, de numerosas obras de duvidoso valor literário e científico e disseminadoras de doutrinas perniciosas e erradas. Estão nesse caso livros de Blasco Ibañez, de Anatole France e de Alexandre Dumas. Ao lado desses acrescenta o telegrama que “todas as obras de Dewey foram condenadas”.

Apenas uma ressalva poderíamos fazer a esse ato do governo de Salamanca. É a de que ele devia ter adotado imediatamente a proibição de todos os livros já incluídos no “Index Romano”. Teria realizado assim uma obra perfeita, própria a um movimento que, no dizer de seus chefes, é uma cruzada pela civilização católica.

Aplique-se, porém, o fato ao Brasil. Estamos fartos de saber que há sobre muitos educadores brasileiros uma grande influência de Dewey, pedagogo norte-americano, teorizador da escola ativa e particularmente campeão do socialismo educativo; e do socialismo educativo ao comunismo, não há senão um passo. Reconheceu-o o general Franco, com as responsabilidades que tem de chefe do governo da nova Espanha. Esperamos que o Estado Novo brasileiro também o reconheça e que, sem demora, a perniciosa influência de Dewey seja prescrita da pedagogia brasileira.


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