Plinio Corrêa de Oliveira
Comentando...
Legionário, 6 de março de 1938, N. 286, pag. 2 |
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Dizia-nos há poucos dias um distinto Carmelita, zeloso Diretor da Congregação Mariana, apaixonado pela glória de Deus e pelo bem das almas, que tinha recebido em sua Congregação um moço de quase 20 anos de idade, que entretanto ainda não fizera a Primeira Comunhão, nem ao menos sabia fazer o sinal da cruz. E assinalava que um irmão mais moço era um fervoroso católico, graças ao ensino religioso que recebera no Grupo Escolar que frequenta. Fatos semelhantes a esse serão certamente muitos agora, desde que se estabeleceu o ensino religioso nas escolas públicas. Contra ele batalhavam todos os que, manejados pelas forças ocultas, procuravam e procuram destruir nas almas todo o resquício de Fé. Como se vê conseguiram-no em muitos casos para mal dos alunos formados nas escolas leigas e também para mal do Brasil que teve assim a dirigi-lo uma geração formada nos chamados princípios da neutralidade religiosa, que disfarçavam apenas o anticlericalismo de seus defensores. O mesmo não se dará de agora em diante. É necessário, porém, que os católicos verdadeiramente interessados na defesa de sua Fé e da Igreja e desejosos do maior bem espiritual para a nossa gente, não esmoreçam em seu trabalho pela manutenção desse ensino. Deem eles todo o auxílio aos sacerdotes e aos catequistas, proporcionem-no aos filhos que enviarem às escolas, auxiliem as solenidades religiosas promovidas para os escolares e estarão trabalhando para preparar ao Brasil uma geração que fará de nossa Pátria a grande potência católica do universo. |