Plinio Corrêa de Oliveira
Comentando...
Legionário, 5 de dezembro de 1937, N. 273, pag. 2 |
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Foram aprovados os estatutos do Sindicato Universitário Espanhol das Falanges, cujos fins são exaltar a intelectualidade dentro de um pensamento católico e incentivar o reflorescimento da cultura espanhola. Devemos nos alegrar por essa notícia, pois ela é uma garantia de que a Espanha enveredará pelo caminho certo de sua reconstrução, contribuindo ao mesmo tempo para a reconstrução do mundo. Ela chegou à situação atual pelo trabalho de uma intelectualidade demagógica e anárquica que, favorecida pelo liberalismo criminoso dos governos, influenciou as massas, levando-as ao comunismo. Poderia agora a Espanha cair em outro extremo tão perigoso quanto aquele: o de um paganismo semi-hitlerista, devido à influência que a Alemanha teve no movimento nacionalista. Está, porém, a Espanha procurando em toda a sua gloriosa tradição de potência católica, a inspiração para sua nova estrutura. Repelindo o comunismo, ela repele igualmente o endeusamento do Estado ou da raça. E para que se forme uma elite intelectual de real valor e de sólida base espiritual é digna de nota a finalidade do Sindicato Universitário das Falanges de “exaltar a intelectualidade dentro de um pensamento católico”. No catolicismo a inteligência encontra uma expansão ilimitada e as nações uma glória infinita. Quanto aos que temiam uma Espanha atada ao nazismo pagão, o que aliás nos parecia tão impossível como uma Espanha comunista, a decisão do Sindicato Universitário Espanhol, vem dar a segurança de que isso não sucederá. Desejaríamos, por nossa vez, uma atitude semelhante no Brasil. Na nova ordem de coisas, é necessário dar às inteligências uma norma e uma orientação. Por que não ir corajosamente, como se fez na Espanha, às fontes mesmas da nossa Pátria, fontes tão católicas quanto as da Pátria de Santo Inácio e de Santa Tereza? |