Plinio Corrêa de Oliveira

 

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A companhia Armour e Valência

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 28 de novembro de 1937, N. 272, pag. 2

 

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Há poucos dias, o capitão comandante do porto de Santos teve que interditar um vapor inglês ou navegando sob bandeira dessa nacionalidade, depois da prisão de dois de seus marinheiros, que faziam propaganda comunista na cidade. Tal navio, diz a notícia publicada pelo “O Estado de S. Paulo”, tinha recebido “um carregamento de carnes que a Armour do Brasil expediu para Valência”.

Queremos assinalar particularmente este último detalhe. A riquíssima Companhia Armour, possuidora de frigoríficos não só no Brasil, como em muitos outros países do mundo, envia carnes para os comunistas espanhóis. Ao mesmo tempo, o preço desse alimento tem subido tanto entre nós, que a Prefeitura de Campinas já criou açougues de emergência, fornecendo a carne a preços mais baratos.

É que a esses milionários interessa apenas o aumento de capital, como se nas riquezas estivesse o fim último da existência humana. Por isso, pouco lhes importa vender aos comunistas, inimigos de Deus e da Moral. Neste terreno, ambos se igualam, pois os comunistas querem todos os bens do mundo para seu uso e gozo material e os ricos que só pensam em suas riquezas, também só as querem para uso e gozo material. Mas elas de nada lhes valerão, diante de Deus.

Deixando, porém, de lado essa questão, queremos acentuar a necessidade de que nossas autoridades tomem as providências que urgem, para que cesse definitivamente a venda de carnes ao governo comunista de Barcelona. E não só para a Espanha, como para qualquer outro país, enquanto não houver produção suficiente para consumo interno a preço barato.

Devemos procurar o bem de nossa população, em sua grande maioria mal alimentada, enquanto os usurários sem Pátria enriquecem, pouco lhes importando o povo. Se por desgraça, se estabelecesse um regime comunista em nossa Pátria, eles saberiam entender-se com os seus chefes, como sabem entender-se com os de Moscou e os de Valência. Na adoração ao bezerro de ouro, usurários e comunistas se encontram.


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