Plinio Corrêa de Oliveira

 

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“Palavras”?...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 17 de outubro de 1937, N. 266, pag. 4

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Um telegrama de Washington, divulgado aqui pela Agência Havas, noticia que, durante o mês de Setembro, os Estados Unidos venderam 16 milhões de dólares em armamentos e munições. Desses 16 milhões, 12 correspondem a compras feitas pela Rússia em artigos para construções navais, em morteiros e canhões de todos os calibres.

Ao lado dessa notícia podemos colocar uma outra, extraída do “New York Times”, noticiando a organização do Batalhão George Washington, que irá combater na Espanha republicana ao lado do Batalhão Abraham Lincoln, que já se encontra nas linhas de fogo.

O sr. Franklin Roosevelt, Presidente dos Estados Unidos, por muitas vezes tem assinalado os desejos de paz da grande República do norte. Ainda recentemente proferiu S. Excia. um discurso de grande repercussão! Não querendo pôr em dúvida as palavras do sr. Roosevelt, temos então que supor não seja o Presidente dos Estados Unidos capaz de impor sua autoridade aos vendedores de armamentos e, particularmente, aos que os vendem à Rússia soviética, provocadora de guerras e inimiga da civilização.

É preciso, porém, que não nos esqueçamos de que há nos Estados Unidos um Departamento de Estado que controla a exportação de material bélico. Por outro lado, a organização de batalhões para combater ao lado de Valência [governo comunista na Espanha, n.d.c.] é outro assunto, no qual provavelmente o Presidente poderia intervir. Devemos concordar então que as palavras de Roosevelt são apenas... palavras?


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