Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Orar pela Pátria

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 12 de setembro de 1937, N. 261, pag. 2

 

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Diz o edital da cúria Metropolitana de São Paulo referente à data de 7 de Setembro:

“De ordem do Exmo. Sr. Arcebispo, comunico ao Revmo. clero e fiéis que, comemorando-se a 7 de Setembro a data de nossa Independência política, se façam, na quadra atual em que se procura solapar o sentimento da Pátria, preces especiais a Deus pelo nosso caro país”.

É realmente o mais necessário para a vida da nação, esta súplica desejada e ordenada por S. Excia. Revma. o Sr. Arcebispo Metropolitano. Se não recorrermos a Deus, quem nos conservará? De nada valem a força, a violência, a energia. O que importa é que impere a lei divina, que o povo e os governantes observem fielmente os preceitos do Decálogo. Se esta observância fosse rigorosa, escreve Dom Aquino Corrêa em sua Pastoral “Deus e Pátria”, não se precisariam de outras leis, para respeitar a ordem e manter a tranquilidade pública”.

E diz São Tomás referindo-se ao governo dos povos:

Quando, de todo nos falha o socorro humano, deve-se recorrer ao Rei de todos, que é Deus, nosso protetor na oportunidade da tribulação. Está em seu poder o transformar em mansidão a crueldade do coração...

“Para vencer este benefício, continua o Doutor Angélico, deve o povo abster-se de pecar, porque em vingança do pecado, é que Deus permite aos ímpios assumirem o governo, conforme declara o Senhor por Oseas: Dar-te-ei um rei no meu furor; e em Jonas se diz que Ele “faz reinar o hipócrita, por causa dos pecados do povo. Afaste-se, pois, a culpa para que cesse a praga dos tiranos”.

Que não seja, pois, somente no “Dia da Pátria” que nos lembremos de orar pelo Brasil. Nossa Pátria, Terra da Santa Cruz, deve ser diariamente uma das maiores e melhores intenções de nossas preces para que Deus nos dê bons governantes, afaste os perigos que nos ameacem e purifique a nossa gente para que ela, abstendo-se de pecar, seja abençoada e cheia da verdadeira paz.


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