Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 29 de agosto de 1937, N. 259, pag. 2

Se considerarmos de perto a evolução da ideologia russa veremos que todo o poder da propaganda russa se baseia em uma hábil exploração das fraquezas humanas.

Essa ideologia não é a expressão de um sentimento popular profundo, mas sim o fruto de uma propaganda intensa realizada por alguns demagogos hábeis.

Vejamos alguns exemplos:

Os chefes soviéticos estão evidentemente conscientes de sua fraqueza. Fazem-se atualmente grandes esforços com o fim de estender a todos os campos intelectuais e artísticos o sistema ideológico do marxismo.

O próprio Stalin traçou os princípios da nova ciência histórica marxista. Existem, além do mais, uma geografia marxista, uma estética, uma música, um teatro marxistas.

Para fora da Rússia se estende essa propaganda. Os maometanos que não habitam as fronteiras da Rússia estão, geralmente, sob a autoridade de uma ou outra potência estrangeira. A palavra de ordem dada aos propagandistas bolchevistas é de lutar pela libertação desses povos oprimidos, ao mesmo tempo que procuram fazer crer que o bolchevismo é “a forma mais pura do islamismo primitivo”.

Como vemos, tudo propaganda intensa, barulhenta, capaz de encobrir as descargas dos pelotões de fuzilamento, os saques e a fome de 150 milhões de homens.