Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Do separatismo basco à realidade brasileira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 20 de junho de 1937, N. 249, pag. 2

 

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O epílogo a que chega a luta travada em Biscaya é um ensinamento para todas as nações. Com a República implantou-se livremente na Espanha o comunismo. Nem todas as regiões daquele país, porém, estavam aptas a recebê-lo como tal. Por isso ele se disfarçou, atacando cada zona com as armas que verificava serem as mais próprias para conseguir seus fins. Foi o que sucedeu em Biscaya.

Das várias partes da Espanha não há nenhuma, talvez, tão católica como a região basco-navarra, e nenhuma talvez tão hispana. Nunca houve tendências separatistas entre os bascos e navarros apesar da língua e dos costumes tão diversos entre eles e os outros espanhóis.

Que fez o comunismo para dominar nessa região de onde sempre saíram os mais valorosos soldados da Espanha? Tomou as roupagens de católico e de separatista. Os agentes de Moscou encontraram em Biscaya quem traísse os seus ideais de catolicismo e de hispanismo, e atrás de si arrastasse precisamente um grande número de católicos que não souberam ter aquele sentido social tão necessário nestes tempos, em que todos devem estar vigilantes, para não caírem nas redes das muitas ideologias políticas que a pretexto de tudo se dizem católicas, mas que na verdade visam a destruição da Igreja.

O que os comunistas conseguiram em Biscaya, não o conseguiram porém em Navarra, onde persiste o mais puro catolicismo que levou por várias vezes os carlistas à luta pela causa de Deus e da Igreja. Bem informados, eles repeliram a ideia de um estranho separatismo que se dizia católico, mas que andava aliado ao comunismo. E foram os navarros os primeiros combatentes da causa nacionalista.

Nós, brasileiros, devemos ter presentes os exemplos da atualidade. Não há para o comunismo presa melhor que a nossa Pátria com sua extensão e suas riquezas e com a destruição por ele visada de uma grande potência católica. Enquanto os políticos se agitam e se destroem, o comunismo age. Alguém há de estar alerta. E este alguém só poderão ser os católicos, colocando acima de tudo a sua fé e logo depois a sua Pátria, sempre como católicos e só como católicos, sem ideologias estranhas sempre destruidoras da Fé e do verdadeiro patriotismo.


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