Plinio Corrêa de Oliveira
Comentando...
Legionário, 20 de junho de 1937, N. 249, pag. 2 |
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Comemorando o segundo centenário da canonização de São Vicente de Paulo, a Assistência Vicentina inaugurou, no último dia 15, o segundo pavilhão para tuberculosos pobres no Abrigo de Vila Mascotte. A Assistência tem agora recolhidos em Vila Mascotte 309 indigentes e mais 200 na Colônia Agrícola de Bussucaba, socorrendo ainda a domicílio 2984 pessoas. Pode parecer que, para tanta gente e para tantas construções, a Assistência dispõe de inesgotáveis fontes de renda e de avultados capitais. E, entretanto, não é assim. Como todas as obras católicas, a que a Assistência Vicentina de São Paulo desenvolve é mais um prodígio da caridade. Os auxílios recebidos nunca são suficientes para cobrir as despesas sempre crescentes dadas às novas iniciativas e o maior número de pessoas auxiliadas. Apela-se então para novos meios, para os papéis e jornais velhos, para coisas usadas. Tudo a caridade transforma em meios materiais que vão servindo para minorar os sofrimentos da pobreza. A todos os que odeiam a Igreja Católica estas prodigiosas obras de caridade não passam despercebidas. E porque não passam é porque eles são perversos, eles mais A odeiam pois não podem atingir uma elevação igual. Para a Igreja estas obras são sua glória, e para os homens elas são a prova da excelência da doutrina que Ela prega. Só nEla, com efeito, se encontra o amor ao próximo, o amor sem interesse, o amor que vai até o heroísmo máximo do sacrifício extremo, muitas vezes por um pobre e desconhecido homem. |