Plinio Corrêa de Oliveira
Comentando...
Legionário, 2 de maio de 1937, N. 242, pag. 2
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Discutindo a educação religiosa da infância e da juventude, o Príncipe Radziwill, senador polonês, declarou no Parlamento: “A educação religiosa escolar é simbolizada pela presença de um catequista. Mas a só presença do catequista na escola não basta, se depois do seu ensino, um outro professor propaga idéias contrárias, o que acontece infelizmente nas nossas escolas primárias e secundárias.” As palavras do Príncipe Radziwill, obrigam-nos a reflexões sobre o Brasil. Também aqui a Constituição Federal consigna a possibilidade de um ensino religioso escolar, deixando, porém, a critério dos Estados a sua aplicação. Aqueles que já o regulamentaram, parecem tê-lo feito de muito má vontade e talvez apenas por motivos políticos. Pouco, porém, poderá adiantar esse ensino, limitado em São Paulo por exemplo a apenas 1/2 hora semanal, se não se combatem na sociedade todos os elementos de perversão a que as crianças estão sujeitas. E estes são tantos, que é inútil tentar enumerá-los, desde os espetáculos cinematográficos ou teatrais, desde as exibições radiofônicas, desde as competições esportivas nas horas da Missa dominical, até certas publicações para crianças e as muitas tolices a que são levados os progenitores incapazes, para satisfazerem suas próprias vaidades mundanas à custa dos filhos. E o que dizer depois das Escolas Superiores, onde se encontram professores materialistas e comunistas que exigem de quem os queira enfrentar a mais sólida formação religiosa? |