Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 25 de abril de 1937, N. 241, pag. 2

Chegam por vezes ao nosso conhecimento, observações a respeito de comentários nossos sobre a política interna de vários países estrangeiros. Assim, nos atribuem atitudes italófobas, francófobas, germanófobas etc., por comentarmos com vivacidade os acontecimentos dolorosos desenrolados nestes países, e atitudes censuráveis de alguns seus governantes.

Longe de nós, porque longe do espírito católico a hostilidade contra qualquer país em particular, mormente contra a cristã Itália, quase totalmente católica, contra a heroica França onde a quase maioria, ainda católica, luta com um governo socializante, ou contra a Alemanha onde os católicos não constituindo maioria, sofrem agora as consequências de decisões de seu governo ateu, acristão, e principalmente acatólico, e que neste momento como nunca necessitam do apoio dos católicos de todo o mundo, que com ela sofre.

Aliás, se comentamos com acridade medidas de governantes de qualquer destes países, comentamos também, e com maior frequência, atitudes de governantes nossos, isto, naturalmente, o que é mais compreensível, sem qualquer intenção brasilófoba, porque de maneira alguma poderíamos confundir com o nosso povo grande número de políticos nossos.

Salientada esta identidade de tratamento dispensada a todos os países, o nosso inclusive, fica esclarecida de maneira clara e decisiva a nossa atitude a respeito.