Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Literatura, ciência e Estado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 18 de abril de 1937, N. 240, pag. 2

 

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Há pouco noticiamos a repressão da polícia argentina contra a literatura pornográfica, concretizada em medidas como proibição de venda e da leitura destas obras por menores nas bibliotecas públicas etc.

Agora nas vitrines de nossas livrarias estes livros pornográficos em língua castelhana começam a multiplicar-se de maneira espantosa e vergonhosa.

É lícito o querer-se ver aí relação de causa e efeito...

Não é posição nada desdenhável para o nosso país, a de importador de tal mercadoria e refugo. É sabido que propaganda de tais livros obedece a diretrizes comunistas, pois um homem sem moral é o melhor instrumento com que podem contar os vermelhos.

É urgente uma medida radical por parte de nossa polícia, no sentido de coibir este abuso, fazendo extirpar este câncer das nossas livrarias. Não servirá de desculpa o rótulo meio científico de alguns destes livros (outros são de título aberto e cinicamente pornográficos), pois é sabido que aqui em São Paulo há pouco havia um ou dois cinemas exibidores de “filmes científicos”, que a nossa polícia de costume fechou, sem incriminação de um possível conflito entre a ciência e o Estado…


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