Plinio Corrêa de Oliveira
Comentando...
Legionário, 21 de março de 1937, N. 236, pag. 2
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Não há ninguém quem desconheça a lastimável situação da mulher no regime soviético. Dadas ao homem todas as regalias, este é um verdadeiro títere, e ela é uma “coisa”, não uma pessoa. Toda a dignidade que o Cristianismo lhe conferiu foi derrubada e a mulher veio a ser mais uma vez a escrava. É que os comunistas não têm em nenhuma conta a personalidade da mulher, sua honra e o seu pudor. Provam-no exuberantemente os acontecimentos da Espanha: não houve vexames e brutalidades que não fossem prodigalizados com uma fúria verdadeiramente comunista a todas as mulheres, fossem elas nobres ou operárias, religiosas ou não. É, pois, uma verdadeira irrisão a notícia que nos chega de Moscou. Realizou-se, na capital da Rússia vermelha, o “Dia Internacional da Mulher” e os oradores proliferaram por toda a parte exaltando as “numerosas conquistas obtidas pela mulher soviética”. Ainda bem que o telegrama da Havas acrescentou aquele adjetivo “soviética” ao substantivo “mulher”. Porque “mulheres soviéticas” as há em todo os países. Uma “Passionária”, cujos filhos não têm nome, existia na Espanha há muitos anos. Mas ela era uma “mulher soviética” que com a instauração do regime marxista conquistou a liberdade de expandir suas tendências e de degradar-se publicamente. E essas são as conquistas das “mulheres soviéticas”. Não se confundam, porém, essas degeneradas com a mulher no seu nobre papel de mãe, de esposa, de filha e de irmã. Esta sabe que as “conquistas da mulher no regime soviético” representam a destruição de tudo o que há de digno, de puro e de santo no mundo. |