Plinio Corrêa de Oliveira
Comentando...
Legionário, 14 de março de 1937, N. 235, pag. 2
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O caso do vapor “Mar Cantábrico” é característico. Tendo partido do México com um carregamento de armas e munições para o governo [comunista] de Valência, durante a viagem mudou de nome transformando-se de espanhol em inglês. Atacado pelo “Canárias”, emite o S.O.S. dizendo-se britânico, determinando assim o aparecimento de destroieres ingleses em socorro do “vapor inglês que estava sendo bombardeado”. Evidentemente tudo se reduziu a um pequeno trabalho de verificação da nacionalidade real do vapor e os ingleses o deixaram a cargo do “Canárias”!... Assim sucede sempre com os comunistas. Esse exemplo é apenas a repetição do que sucede em geral. O comunismo apresenta-se sempre “camuflado”, envergando as mais lindas ou as mais inocentes roupagens. Ele é sempre o protetor das classes desfavorecidas oprimidas pelo capitalismo feroz, pelo Clericalismo intransigente… Apresenta-se como o oprimido, como o bom perseguido… E nesse sentido irradia os mais angustiados apelos, as mais lúgubres cantilenas. Infelizmente, ao contrário do que se deu com o “Mar Cantábrico”, há os que atendem ingenuamente a esses S.O.S.! Tivesse o “Mar Cantábrico” aportado a Valência e todo o mundo teria conhecimento do estrépito de sua chegada: punhos fechados e clamores ferozes. O “neutro” “Ada” teria despido a capa para surgir o vermelho “Mar Cantábrico”. Deixem também que o comunismo inocente e protetor aporte em qualquer lugar. Verão surgir como por encanto os dentes e as garras mais afiadas!... |