Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Legionário, 7 de março de 1937, N. 234, pag. 2

 

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Repetem-se em toda a Alemanha os incidentes provocados pelas ordens governamentais determinando a retirada dos Crucifixos das escolas e sua substituição pelo retrato do “Führer”. Uma das últimas notícias sobre o assunto é a que relata os incidentes havidos em Frankenholz, no Sarre. Substituído o Crucifixo pela efígie de Adolf Hitler, houve manifestações de protesto da população, quase toda constituída de mineiros. Como termo de tudo, os mineiros “foram sem tardança despedidos das minas e esperam agora comparecer diante do Tribunal correcional como sediciosos”, diz o telegrama.

É apenas mais um dos muitos incidentes provocados pela opressão nazista, opressão que Fr. Pedro Sinzig vem demonstrando nos vários artigos que temos publicados. Agora, porém, trata-se da mais iníqua de todas as leis. É a substituição nas escolas, do reinado de Jesus, Deus verdadeiro, pelo de um homem acidentalmente poderoso e abusando do poder que possui. É um fato semelhante à escolha de Barrabás pelos judeus: no nazismo os aduladores do poder preferem Hitler!...

Não há diferença, portanto, na política religiosa dos Sovietes e dos Nazistas. Ambos querem a destruição da Igreja de Cristo. Suas separações políticas são meros acidentes. Considerados diante do problema máximo do mundo, o da existência de Deus, ambos se aproximam; que um diga claramente que é ateu, que o outro fale em Deus, mas não o queira ver cultuado, ou o compreenda num sentido panteísta, pouco importa. Ambos são igualmente perigosos e ambos levam o mundo para o abismo.


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