Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 7 de março de 1937, N. 234, pag. 2

É necessário que os nossos políticos coloquem acima de tudo a serenidade e o amor ao Brasil. O momento não é oportuno para lançar mais lenha à grande fogueira que ameaça consumir o mundo.

Na campanha da sucessão presidencial tenham em mira o interesse supremo do Brasil, que exige paz. Qualquer luta burguesa, digamo-lo assim, qualquer revolução liberal constituirá a porta de entrada para o comunismo. E, desta vez irremissivelmente. E como podem deduzir da Rússia de Kerensky e da Espanha de Manoel Azaña, os políticos devem saber que os marxistas não os costumam respeitar!...

Além disso, devem compreender que o Brasil é católico, eminentemente católico. Não podem esquecer esta característica nacional, que é ao mesmo tempo o maior elemento de ordem em nossa Pátria. E os católicos têm o direito de exigir que seus direitos sejam absolutamente respeitados, e os políticos têm a obrigação de, antes de qualquer outra cogitação, dar-lhes a segurança de que as conquistas religiosas da Constituição de 1934 serão sempre acatadas. Eles não perderão nada com isso, pelo contrário, pois os católicos são o melhor elemento de ordem de uma Nação.

É necessário que os políticos não se impressionem com a meia dúzia de inimigos da Igreja que grita muito, mas nada representa. Obedecendo a esses poucos, os políticos destruirão o Brasil; respeitando a Igreja, nossa Pátria será salva.