Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 28 de fevereiro de 1937, N. 233, pag. 2

Os diretores da Biblioteca Nacional de Buenos Aires resolveram criar um fichário de livros reservados somente para maiores de idade, salvo comprovação de que pela índole de seus estudos necessite consultá-los, a sua idade nunca deve ser muito abaixo à maioridade.

Este fichário abrange somente livros pornográficos, mesmo os fantasiados de ciência.

A atitude destes diretores poderá sem dúvida ser mais radical, com a abolição simplesmente destes livros. Todavia o mal já está minorado com esta limitação. O primeiro passo está dado, e são de esperar medidas mais severas, para o futuro.

Cumpre saber, porém, que já houve iniciativa semelhante no Brasil, iniciativa que não encontrou guarida no seio da Assembleia Legislativa de Minas, que demonstrou tamanha boa vontade declamatória quando da realização do Congresso Eucarístico de Belo Horizonte.

O projeto apresentado ao plenário desta Assembleia e por ele rejeitado, visava os livros comunistas, mas entre literatura pornográfica e comunista, a diferença não é grande. Uma é o caminho, outra é o fim a atingir.

A iniciativa da Argentina, tornando realidade uma boa ideia desaproveitada dos brasileiros, é um exemplo a imitar.