Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Católicos da esquerda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 24 de janeiro de 1937, N. 228, pag. 2

 

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Um telegrama da Agência Havas nos informa do seguinte incidente: O “Populaire”, órgão oficial do Partido Socialista Francês e do Sr. Léon Blum, fez certas afirmações anticlericais. O “Partido da Jovem República”, composto na maioria de católicos, que aderiram à Frente Popular e apoiava, portanto, o governo, protestou contra esse fato. “O Governo fez, por intermédio do “Populaire” e de um ministro, uma retificação imediata e declarou que as velhas questões anticlericais não devem ser recomeçadas e não o serão”.

Essa notícia nos leva a fazer dois reparos.

Em primeiro lugar essa atitude do governo francês não passa de uma manobra política. Ao Partido Socialista não convém assumir no momento uma atitude anticlerical, e isso o levou a fazer a retratação. Isso, entretanto. não deve iludir a ninguém. A Santa Sé já desmascarou o anticatolicismo do governo francês mostrando não existir conciliação possível entre a Igreja e o socialismo francês ou qualquer outro socialismo.

Além disso, essa notícia nos fala em católicos de esquerda.

Existirão realmente católicos esquerdistas?

Os jornais efetivamente todos os dias falam em católicos socialistas na Espanha e na França.

Mas “católico socialista” é coisa que só existe em palavras. Na realidade isso é impossível. Quem for católico não poderá ser socialista. Quem for socialista deixará de ser católico.

É o grande Pontífice Leão XIII quem afirma: “catolicismo e socialismo são termos contraditórios”.

Catolicismo e socialismo se opõem radicalmente nos seus princípios, nas suas conclusões e nos seus métodos.


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